Doctor Who (6ª Temporada, 1969) – Arco 049: The Space Pirates

A luta contra piratas espaciais!

Escrito por Robert Holmes e dirigido por Michael Hart, “The Space Pirates” é o sexto arco da sexta temporada de “Doctor Who”, e foi exibido originalmente entre 08 de março e 12 de abril de 1969, em seis partes. Dos seis episódios exibidos na época, apenas um ainda existe na íntegra de vídeo e áudio, mas “The Space Pirates” marca o ÚLTIMO ARCO da série clássica de “Doctor Who” com episódios perdidos… podemos assistir a “The War Games”, o arco final do Segundo Doctor, que sucede esse e conta com 10 episódios, na íntegra e nos despedirmos de personagens tão queridos como o Segundo Doctor e o Jamie como se deve, enquanto nos preparamos para uma mudança importante na série, que terá não apenas um novo Doctor e companions, mas CORES.

Assistir à série clássica de “Doctor Who” é, infelizmente, estar sujeito a muitos episódios que já não existe mais como foram idealizados – algumas reconstruções são mais difíceis que outras. Curiosamente, eu não tenho trauma algum de “Marco Polo”, que é o primeiro episódio em reconstrução, ainda na época do Primeiro Doctor, mas não posso dizer que não foi desanimador em alguns momentos… especialmente quando tínhamos muitos episódios em reconstrução em sequência. O Segundo Doctor é o Doctor mais afetado pela perda de episódios da BBC, mas, felizmente, muitos desses episódios perdidos, cujos áudios sobreviveram, receberam animações que tornaram a experiência muito mais agradável do que meras reconstruções.

Mas falemos sobre “The Space Pirates”. Nesse arco, a TARDIS se materializa em algum ponto do futuro da Terra, em uma nave que está prestes a ser atacada por piratas espaciais (!), e é claro que o Doctor, Jamie e Zoe vão acabar no meio desse conflito todo, tendo que fazer de tudo para garantir a própria segurança e encontrar uma maneira de retornar para a TARDIS, antes de partir para qualquer destino que a nave tiver em mente. Gosto da parte da narrativa que é inicialmente centrada no Doctor e nos companions, enquanto eles ficam presos em um compartimento cujo oxigênio está terminando e eles precisam encontrar uma maneira de aproximar partes de uma explosão para retornar à TARDIS, mas acabam ficando ainda mais perdidos no espaço

O trio, separado da TARDIS e perdido no espaço, é resgatado por Milo Clancey na LIZ-79, e a história conta com sua parcela de ação e diferentes cenários, porque muita coisa está acontecendo em Ta, por exemplo, o planeta habitado mais próximo e que é liderado por Madeleine Issigri, uma mulher que está inicialmente aliada aos piratas liderados por Caven, mas que acaba rompendo essa aliança – e que se revela ser filha de Milo Clancey. Toda a questão de Madeleine ser filha de Milo Clancey é importante para o clímax da história, porque é justamente a informação que Caven utiliza para impedir Madeleine de agir contra ele e o acordo que eles tinham previamente: ela acreditava que o pai estava morto e Caven ameaçá-la matá-lo de verdade agora.

Quando a situação fica ainda mais preocupante, o Doctor faz o que precisa ser feito: ele não é bom apenas em salvar a própria vida, mas ele também é ótimo desarmando bombas – ou, ao menos, sabotando o que desencadearia as explosões. A batalha contra os Piratas Espaciais chega ao fim garantindo a segurança tanto de Ta quanto de Madeleine, que também ganha um reencontro com o pai, o que não quer dizer que ela não vá precisar pagar pelo crime de ter conspirado ao lado dos piratas por tanto tempo… ainda que ela tenha se voltado contra eles no fim das contas. Com tudo resolvido, o Doctor, Jamie e Zoe só precisam encontrar a TARDIS, finalmente, sem saber que eles estão prestes a partir para a sua última aventura juntos. E chegamos às despedidas!

 

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