Doctor Who (2025) 2x07 – Wish World
“Remember:
tables don’t do that”
UM EPISÓDIO
INESPERADO E DE TIRAR O FÔLEGO! Exibido no dia 24 de maio de 2025, “Wish World” é o penúltimo episódio
dessa temporada de “Doctor Who” e o
caminho está sendo preparado para o Season Finale, com a participação da Rani,
o aumento do Panteão dos Deuses e o possível retorno do Ômega… além disso,
somos lembrados de que Susan e Rogue ainda “estão por aí”. Gosto de como tudo
parece grande e impactante, e dessa sensação de que tudo pode acontecer. “Wish
World” é extremamente bem construído, usa bons conceitos para a narrativa e
consegue a façanha de nos deixar apreensivos ao mesmo tempo em que
inusitadamente nos diverte. Com um quê de “WandaVision”,
reencontramos aqui o famoso John Smith.
O episódio
começa em Baviera, em 1865, quando o sétimo filho de um sétimo filho acabou de
ter o seu próprio sétimo filho, e
Rani aparece para buscar essa criança, que é uma fonte inesgotável de poder. Com um beijinho na criança e um
sopro, Rani parece capaz de fazer
qualquer coisa… e ela tem uma missão para ele em 160 anos. Quando chegamos
a Londres em 2025, encontramos o Doctor, que agora se chama “John Smith” e não
pela primeira vez, aparentemente casado com Belinda, e tudo é tão
propositalmente artificial que causa um estranhamento desconfortável conforme
vemos a felicidade do casal, a Poppy (!) como filha dos dois e o “Tio Conrad”
na TV, desejando um “bom dia” para eles e contando histórias sobre o “Doctor
Who”.
Aquele mundo
artificial ao qual estamos confinados, por algum motivo, tem suas
peculiaridades, e tem “deslizes” através dos quais a verdade parece tentar
escapar. Naquela manhã, Ruby Sunday aparece na porta da casa perguntando se ele
é “O Doctor”, mas ele se apresenta como “John Smith” e não reconhece sua antiga
companheira de viagem… porque ele mesmo não se lembra da TARDIS, de outros
planetas, de sua natureza alienígena. É pelos olhos de Ruby que aos poucos vai
se ampliando a nossa visão desse mundo… ela sai correndo, esbarra em Melanie, que
está terminando de encher um lixo com canecas amarelas quebradas, e percebemos
os esqueletos de dinossauros andando pela cidade, com um Palácio de Ossos no
centro.
John Smith
trabalha na “União Nacional Integrada de Títulos”, uma reimaginação meio anos
1950 do cenário da UNIT, e não demoramos para entender o que está acontecendo…
como aquele é um mundo conforme imaginado
e idealizado por Conrad – possível graças ao bebê que Rani trouxera de
1865. Nesse mundo, é um absurdo que um homem ache outro bonito e toda mulher
deve crescer para se tornar esposa e mãe, porque é assim que Conrad pensa. Mas
essa ilusão tem dificuldade para se sustentar… Belinda, por exemplo, fica muito
incomodada com o fato de não se
lembrar do parto de Poppy, supostamente sua filha, e mais do que isso: com nem se lembrar quando isso teria
acontecido. Essa percepção de que aquilo não é real se materializa em cada
caneca quebrada.
Cada dúvida, um “deslize”.
“That’s
what happens you doubt something”
Não é sutil,
mas é inteligente. Eu gosto da constância da caneca amarela quebrada a cada
nova “dúvida”, e de como isso é bem reaproveitado eventualmente pelo episódio…
Ruby é alguém que está experimentando mais dúvidas do que o normal, tanto que
ela é capaz de enxergar uma mulher em uma cadeira de rodas, e é levada para uma
espécie de “acampamento” no qual vivem todas as pessoas com alguma deficiência
ou que são consideradas “diferentes” por alguma maneira – literalmente
invisibilizadas, porque Conrad Clark não as enxerga. E ignorá-las é, talvez, seu
pior erro: porque elas não ficam ali sentadas reclamando o dia inteiro… elas
têm um plano! E Ruby Sunday se une a essas pessoas com pouco questionamento…
ela também não confia em Conrad.
E tem por
quê!
Rani faz a
sua primeira aparição no episódio voando rumo ao Palácio de Ossos no centro da
cidade, com todos olhando pela janela pela “honra de vê-la”, e tem um
comentário constante sobre “o 24 de maio”, que será no dia seguinte. O interior
do Palácio de Ossos é curioso e diferente, com uma estética bizarra que me fez
pensar em Lady Gaga, e parece que o que Rani quer é justamente que as pessoas expressem dúvidas… afinal de contas, ela parece satisfeita com as marcações
número 9 incomuns para essa hora do dia. Conrad, por sua vez, segue ali mantendo esse mundo que ele “criou”,
comentando com a Sra. Flood sobre como às vezes ele se esquece do tempo e faz
com que a África do Sul inunde ou qualquer coisa assim… é trabalhoso, e ele
quer saber se está funcionando.
Aparentemente,
está. Mas o Doctor é um fator importante, e são as dúvidas do Senhor do Tempo
que eles estão aguardando. A Sra. Flood informa a Rani que as dúvidas do Doctor
estão em 30%, mas o sol se põe às 20h58 e é nessa hora que “se intensifica os
seus pensamentos”. Eu AMO o momento em que “John Smith” está assistindo ao
Conrad na TV, com suas histórias sobre Gallifrey e Senhores do Tempo, e temos
um flash rápido de Susan, como vimos
no episódio anterior (!), seguido por uma aparição inesperada DO ROGUE. É tão
bom ver o Jonathan Groff novamente em “Doctor
Who” e perceber que o personagem não foi esquecido… é a primeira notícia
que temos dele desde o seu episódio na temporada anterior, e ele ainda espera
um resgate.
Sua última
fala para o Doctor foi um pedido para que ele o encontrasse quando ele se sacrificou no lugar do Doctor. Agora,
ele está ali para dizer duas coisas: que ele o ama (“I miss you. Well, more than that… I love you”) e que “mesas não
fazem isso”. Toda a coisa de o Doctor buscar e encontrar o Rogue fica para um
outro momento – ele está em uma dimensão infernal, esperando esse resgate –,
mas ele dá um aviso importante sobre as mesas, e então vemos, pela primeira
vez, como os “deslizes” acontecem. As canecas amarelas que caem e se quebram a
cada “dúvida” não caem da ponta da mesa… elas
simplesmente atravessam ao tampo que deveria ser sólido… é mais do que um
deslize, e agora o Doctor tem mais dúvidas do que nunca.
E, por isso,
Belinda liga para denunciá-lo.
Rani QUER
que o Doctor questione, duvide… nós ainda não sabíamos por que, mas sua dúvida
tem muita força. É por isso que o Conrad está na TV contando histórias de
Gallifrey, e é por isso que ela mostra coisas que podem ativar a sua memória,
como o Selo de Rassilon, menciona a TARDIS e “revela” que ele não tem uma
filha… faltam poucos minutos para o dia 24 de maio e o episódio consegue fazer
com que a TENSÃO cresça a cada segundo, quando a Rani dança com o Doctor e
tenta fazê-lo se lembrar da última vez em que dançaram juntos, e tudo vai
explodindo dentro da mente do Doctor… todas as lembranças que o afastam de John
Smith e o aproximam do Doctor. Belinda, por sua vez, está ali quase como
espectadora, também descobrindo tudo.
Esse mundo
imaginado só é possível graças ao “deus mais poderoso de todos”, que conhecemos
nesse episódio na forma daquele bebê que Rani trouxera de 1865: DESIDERIUM, O
DEUS DOS DESEJOS. Agora, Conrad se coloca em frente ao Doctor para dizer que,
da última vez em que se viram, o Doctor dissera que ele não era nada, e agora quer saber o que ele acha dele: agora, Desiderium
é “dele”, e aquele mundo lá embaixo é o mundo que ele desejou. As revelações
são acompanhadas de uma trilha sonora crescente, e Rani explica que o
vindicador criou uma teia de um poder titânico que Rani pôde usar para potencializar o poder do Deus dos
Desejos, e esse vindicador está escondido à plena vista esse tempo todo, como
ponteiro do relógio do Palácio de Ossos.
A dúvida de
um Senhor do Tempo pode ser tão poderosa que causa exatamente o que a Rani
quer: essa instabilidade e esse rasgo no
próprio tecido da realidade, para liberar o que está lá embaixo, no Subverso,
Aquele Que Se Perdeu. Então, pela primeira vez em MUITO tempo, ouvimos
falar sobre o Ômega, que Rani descreve como o
Primeiro Senhor do Tempo, o criador deles, o mais poderoso e mais assustador de
todos. Esse é o momento em que o Doctor verdadeiramente se lembra de quem
é, com todos seus rostos anteriores aparecendo como flashes em sua mente, e então ele cai rumo ao incerto com aquele
mundo desejado por Conrad entrando em colapso… e, enquanto cai em meio ao caos,
o Doctor grita que ele tem uma filha e
que Poppy é real.
“Don’t you
understand what it means?”
O Season
Finale PROMETE.
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