O Coro: Sucesso, Aqui Vou Eu 1x09 – Divino Maravilhoso

“É preciso estar atento e forte / Não temos tempo de temer a morte”

Não é necessariamente o melhor episódio de “O Coro: Sucesso, Aqui vou Eu”, mas que episódio musicalmente FORTE! A série é, mais do que qualquer outra coisa e qualquer plot, um lindo tributo à história da música brasileira, e “Divino Maravilhoso”, como o título sugere, traz uma linda homenagem à TROPICÁLIA, um movimento artístico da cultura brasileira na década de 1960, que, na música, teve representantes como o Caetano Veloso, a Gal Costa e Os Mutantes, e quando Sandra termina o episódio cantando, com os demais, “Divino Maravilhoso”, eu fiquei todo arrepiado e com um sorriso imenso no rosto, além de que a letra dessa canção é uma mensagem muito importante ainda para os dias de hoje: “É preciso estar atento e forte / Não temos tempo de perder a morte”. Certamente, uma das minhas conclusões de episódio favoritas na série.

Naturalmente, o episódio traz a música que dá nome ao movimento: “Tropicália”, de Caetano Veloso, é interpretada de maneira inusitada e interessante durante o episódio, dividida em trechos que são apresentadas em diferentes momentos… primeiro é cantada pelo Jorge, depois pela Nora e, por fim, pelo coro. Falando em Jorge, ele começa o episódio sendo sequestrado por Emídio, e o episódio aproveita para “concluir” essa história de uma maneira muito mais suave do que eu esperava, com a crescente de tensão que vem se formando nos últimos episódios… Emídio liga para Sandra do celular de Jorge e a faz ir até ele, e então a mantém refém – enquanto Jorge procura por Dirce, a mãe de Emídio, para convencê-lo a soltar Sandra, a própria Sandra consegue conversar com Emídio e fazer com que ele mude de ideia e entenda que a história deles terminou

Um pouco utópico e ideal demais? Sim. Mas que bom que Sandra está livre dele!

Em paralelo, vemos a junção de Artur, Marion e Marita – inesperado e maravilhoso! Artur encontra Marion no teatro e a chama para jantar com ele, e quando Marita liga dizendo que vai se separar de Renato naquela noite e pedindo para passar uns dias na casa de Artur, Marion a convida para jantar com eles, porque entende que ela está pedindo socorro. Isso nos proporciona uma breve sequência de flashback do romance de Marita e Artur ao som de “Baby”, e o trio cantando junto no carro… eles terminam em uma grande festa que reúne grande parte dos personagens, como o próprio Reginaldo, que está começando a se afastar de Cristina, a coreógrafa, porque não entende o que está acontecendo entre eles nem o que ela quer, e talvez ele não esteja preparado para esse tipo de relação, porque não é exatamente o que ele tinha esperado.

Me preocupa bastante a relação de Alícia e Leandro, agora – além de tudo ter sido excessivamente rápido, é claro que eles não estão na mesma página sobre o “casamento” no teatro no dia seguinte: para Leandro, é algo real e decisivo; para Alícia, é apenas simbólico e representa o namoro deles. Infelizmente, percebemos traços de um ciúme possessivo e preocupante em Leandro, mas eu sinto que “O Coro” não vai querer se estender nisso… conforme ele assistia à Alícia dançando com Freddie durante “Soy Loco Por Ti, América”, no entanto, eu fiquei incomodado. Felizmente, Alícia é extremamente bem decidida, e eu gosto da maneira como ela dá uma baita lição em Leandro sobre como eles são atores e tudo o mais, embora eu ache que o problema possa ir muito além disso… espero que seja apenas impressão minha.

Gosto de Alícia, quero vê-la feliz.

Também acompanhamos um pouco de Maurício – e ele está mais irritante do que nunca. Quando ele descobre que, embora ele não tenha recebido um telefonema sobre o teste que fizera para aquela novela, ligaram para Antônia, ele fica revoltado com a Antônia, a acusando de “o ter apunhalado pelas costas” ou qualquer coisa assim… o que não faz o menor sentido. Primeiro porque ela claramente não roubou o papel que ele estava tentando conseguir, e depois porque ela não teve culpa de nada: só foi ao teste para ajudá-lo porque ele pediu que ela fosse, não é culpa dela que tenham gostado dela e ligado para ela! Mas o chato do Maurício não entende isso e, bem… eu passei raiva das acusações de que “ela passou uma rasteira nele”. Felizmente, é gostoso assistir à Marita dizendo a Maurício que Artur não vai voltar para casa (porque ele foi embora da festa com Fernando).

Antes de terminar o texto, só preciso dizer mais uma vez: a conclusão com “Divino Maravilhoso” foi… bem, divina e maravilhosa.

 

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