HIStory: Crossing the Line – Part 1

Voleibol!

Com uma estreia envolvente e promissora, “Crossing the Line” é a segunda história da segunda temporada de “HIStory”, e traz à tona um universo escolar e esportivo, em uma premissa que me chamou muito a atenção – primeiro porque eu sou apaixonado por vôlei e sempre fui; depois, porque os personagens já me cativaram, e eu estou babando pelo Zi Xuan. A primeira parte de “HIStory: Crossing the Line” faz uma boa apresentação de seus protagonistas e dos personagens secundários, apresentando conflitos, possíveis interesses e mistérios que conduzirão a trama de agora em diante… de um lado, temos um garoto encrenqueiro que acabou de chegar, transferido da escola da qual foi expulso por brigar, acompanhado de seus dois melhores amigos; de outro, o responsável pelo time de vôlei da escola, que se machucou e não pode mais jogar.

Hsia Yu Hao tem uma pose e uma atitude um pouco difícil de suportar, em um primeiro momento… aos poucos, vamos descobrindo que aquilo é uma espécie de armadura, uma fachada que ele projeta para se proteger e/ou se esconder. Mas isso não quer dizer que não seja difícil, no início. Em parte, Yu Hao parece querer passar despercebido e ficar na dele durante a aula, mas ele também parece caçar encrenca nos corredores da escola, e o fato de que ele foi expulso da escola em que estudava antes imediatamente o coloca “na mira do diretor”. Inusitadamente, então, ele chama a atenção da equipe de vôlei quando ele passa correndo depressa para fugir da direção, e dá um salto que parece digno de um praticante de parkour. Entrar para a equipe de vôlei, no entanto, não parece estar nos seus planos, e ele desdenha do convite.

Qiu Zi Xuan, por sua vez, tem uma energia bem diferente da de Yu Hao. Eu não diria que ele é “certinho” nem nada disso, mas ele tem a disciplina característica de quem leva o esporte a sério, e isso chama a atenção… ao mesmo tempo em que parece sério, concentrado e determinado, Zi Xuan também parece duro – aos poucos, descobrimos que, na verdade, ele foi endurecido pelo fato de ter sido um dos melhores jogadores de vôlei não apenas da escola nos dois últimos anos, mas uma lesão o tirou de quadra, e embora ele continue envolvido com o esporte e com o time, ele não pode jogar, que era a sua grande paixão… eu não esperava me apaixonar tanto e tão depressa por Zi Xuan, mas a verdade é que eu já estou adorando cada uma de suas cenas, sem contar que (e isso precisa ser registrado nesse momento) ele é muito bonito. Nossa.

Quando o potencial de Yu Hao para o vôlei é percebido, Cheng En, o melhor amigo de Zi Xuan, decide convocar Yu Hao para o time de qualquer maneira – e ele é bem inconveniente e abusivo ao fazê-lo, preciso reconhecer… talvez seja para ser uma espécie de “alívio cômico” ou qualquer coisa, mas Cheng En passa de todos os limites atormentando Yu Hao no meio da aula de física, por exemplo, e isso acaba injustamente jogando a seu favor, porque a professora meio que ameaça Yu Hao e o obriga a se juntar ao time. Secretamente, Yu Hao estava curioso e interessado, mas é orgulhoso demais para reconhecer isso, e mantém uma atitude de que “não há nada de difícil em jogar vôlei”, o que é algo que jamais deve ser dito… ainda mais em uma quadra cheia de jogadores de vôlei que treinam exaustivamente e sabem o quanto isso não é fácil.

Rebelde e sempre encrenqueiro, Yu Hao até aparece para o treino – mas não disposto a jogar. Zi Xuan, por sua vez, está disposto a conversar com a professora para que ela o libere, dizendo que ele não será útil para o time se não estiver jogando com o coração, mas Cheng En tem uma última “proposta” antes de abrir mão desse jogador em potencial: ele desafia Yu Hao a escolher qualquer um deles a sacar três vezes, e se ele conseguir pegar o saque, então ele está liberado… como já existe essa conexão, mesmo que desafiadora, entre Yu Hao e Zi Xuan, ele o escolhe para sacar, e esse foi o momento em que eu de fato suspirei, porque, como eu disse, EU ADORO VÔLEI… então, ver o Zi Xuan sacando foi espetacular! Mesmo que aquele último saque o tenha lembrado do machucado no joelho, naqueles segundos em que ele estava no ar, tudo parecia possível.

E que sequência bonita!

Naturalmente, Zi Xuan vence o desafio.

Gosto de como Zi Xuan é justo, e de como “HIStory: Crossing the Line” aproxima os protagonistas – há uma tensão latente quando eles estão em quadra, que eu estou louco para ver se intensificar nos próximos episódios, mas há também uma sequência importante quando Zi Xuan descobre onde Yu Hao trabalha, sem que os pais saibam, e o encontra no meio de uma briga e parte em sua defesa, mesmo que, na verdade, ele não seja bom de briga e tenha o joelho machucado. O momento em que Zi Xuan se coloca na frente de Yu Hao para defendê-lo e o cara contra quem estão brigando chuta o seu joelho machucado é angustiante, mas eu acho que aquilo meio que “sela” uma conexão entre eles… Yu Hao precisa reconhecer a atitude de Zi Xuan, e quando eles se sentam para conversar, depois disso, eles compartilham o primeiro momento verdadeiramente amigável entre eles.

E é lindo.

Naquela noite, os dois já estão com o outro em mente de maneira irrevogável Zi Xuan pensa a respeito do lugar onde Yu Hao trabalha e pesquisa sobre isso, enquanto Yu Hao pesquisa na internet que tipo de lesão deixaria a cicatriz que ele vira no joelho de Zi Xuan, e logo depois ele se pergunta o que ele está fazendo. Ainda que tenha ajudado Yu Hao ou que “tenha descoberto um segredo seu”, Zi Xuan não pretende usar isso como uma moeda de troca, e está disposto a dispensá-lo do treino a partir do dia seguinte, mas Yu Hao quer treinar e de fato se dedica a isso… impressionante como “Crossing the Line” conseguiu fazer com que eu me importasse de verdade com os personagens já nesse primeiro episódio, porque eu fiquei particularmente orgulhoso de Yu Hao ao vê-lo se dedicar aos treinos… ele está realmente empenhado em conseguir!

Um pouco disso tem a ver com a mãe – Yu Hao comenta algo sobre “querer que ela se orgulhe” ou algo assim, mas também existe um quê de vontade de estar perto de Zi Xuan… até quando ele diz, de novo, que “não há nada muito difícil em jogar vôlei”, parece menos como uma afronta e mais como um desafio do que antes. A química entre Yu Hao e Zi Xuan é MARAVILHOSA desde os primeiros momentos, mas esses treinos de vôlei entregam uma interação tão natural, tão envolvente e tão gostosa de se acompanhar, que não tem como não se apaixonar… quando Yu Hao acerta a bola no próprio rosto sem querer e Zi Xuan se aproxima demais para “ver se a bola acertou o seu olho” (?), a tensão sexual entre eles já é tão forte que, como espectador, eu assisti segurando o fôlego e ansiando por mais… um excelente início para “HIStory: Crossing the Line”, certamente!

 

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