His Dark Materials 2x05 – The Scholar

“Impertinent. Intelligent. Free”

COMO ASSIM FICOU MELHOR AINDA?! Como eu sempre comentei, eu amo “A Faca Sutil”, e a segunda temporada de “His Dark Materials” está sendo uma adaptação perfeita desse livro tão incrível… no episódio passado, tivemos um dos momentos mais esperados da adaptação, que é quando Will e Lyra entram na Torre dos Anjos para pegar a Æsahættr, e Will se torna o novo Portador da Faca – agora, parece que as coisas estão crescendo, e eu adorei toda a tensão que o episódio passou com maestria, enquanto se aprofunda em alguns personagens antes do que esperávamos… Marisa Coulter ganha cenas espetaculares em “The Scholar”, por exemplo, o que nos ajuda a entendê-la um pouco melhor, a Dra. Malone já faz a passagem que, no livro, acontece só no encerramento da história, e Lyra tem um momento inédito que mostra uma força impressionante.

O episódio é excelente!

E eu já começo a ficar triste porque estamos chegando ao fim da temporada…

Tendo conseguido a Æsahættr, agora Will e Lyra precisam conseguir de volta o aletiômetro… e é claro que eles não vão fazer isso entregando a Faca Sutil nas mãos de Charles Latrom/Lorde Boreal. Então, assim que consegue fazer bem o que Giácomo o ensinou, Will começa a abrir janelas em Cittàgazze para compará-la com a sua Oxford, até que eles consigam chegar à casa de Charles – no mesmo lugar em que está a Torre dos Anjos. Assim, eles “só” precisam abrir uma janela, passar e recuperar o aletiômetro… eles pretendem esperar até a noite para fazer isso, e eu já fui ficando tenso, porque foi uma das sequências mais ANGUSTIANTES de se ler durante a leitura de “A Faca Sutil”. Enquanto isso, eles precisam enfrentar, por exemplo, a irmã de Tullio, que está horrorizada ao vê-lo depois de ele ter sido “devorado” pelos Espectros e que quer culpar Will e Lyra.

Gosto muito de como “His Dark Materials” equilibra as cenas entre os mundos, e tivemos uma cena interessante no Magisterium, com eles preocupados com a Anomalia e com tudo o que ela representa, falando sobre a Autoridade e sobre mártires, e toda a sequência causa arrepios… durante todo o tempo, fiquei esperando a aparição das feiticeiras, que vimos atravessar a “Anomalia” no fim do episódio passado, mas a sua chegada fica ainda para o próximo episódio, provavelmente – ansioso para ver algumas cenas que eram incríveis no livro e que já pude ver no trailer da temporada! No mundo de Will, o Lorde Boreal apresenta à Sra. Coulter um pouco dessa outra realidade, e eu adorei a maneira como a série conseguiu fazer com que sentíssemos um pouco mais da personalidade de Marisa, que percebêssemos como aquilo tudo mexeu com ela.

Tudo é muito novo, diferente, repleto de possibilidades.

Amei (e estou bem surpreso de estar dizendo isso) as cenas da Sra. Coulter – cada uma delas. Gostei de vermos um pouco mais desse ainda “misterioso” afastamento entre ela e o seu daemon, que acaba ficando para trás na casa de Charles, por exemplo, quando a Sra. Coulter sai para falar com a Dra. Malone – E QUE CENA MARAVILHOSA É ESSA DA SRA. COULTER COM A DRA. MALONE. E aquilo mexe profundamente com ela… é uma cena curta, em que eles falam sobre Lyra, sobre a pesquisa de Mary com a Matéria Escura, o Pó, e sobre as pesquisas de Marisa em teologia experimental. Quando ela volta para casa, ela está mexida, um pouco incomodada, e, de alguma maneira, eu pude compreendê-la – eu pude entender o quanto ela pesquisou e trabalhou em seu mundo sem ser reconhecida por ser mulher, enquanto, ali, as mulheres podem pesquisar, publicar e serem doutoras, como Mary Malone.

Ela fala abertamente sobre “quem poderia ter sido” nesse mundo.

E poderia mesmo! A história poderia ter sido bem diferente!

Foi bem construído e nos fez ter empatia por uma personagem que, até agora, era basicamente apenas má – algo que “A Luneta Âmbar” é que faz na trilogia de livros. Dessa parte, caminhamos para, enfim, o roubo do aletiômetro, que era uma cena aguardadíssima por mim, e que sofreu algumas alterações de sua versão original nas páginas do livro – e, no início, eu estava pronto para criticar. Acho que Philip Pullman guia o momento brilhantemente, causa tensão e nervosismo, e a série “simplificou” a sequência, mas aproveitou para incluir um momento que também é tenso e importante, só que de outra maneira: o momento em que Lyra enfrenta a sua mãe. A cena é fortíssima, um pouco angustiante, mas eu não vou dizer que eu não gostei de ver a Lyra jogando o Pan para cima do maldito macaco dourado… eu não estava esperando por aquilo, fui pego desprevenido, e adorei.

“I am nothing like you”

Assim, a cena do roubo do aletiômetro ganha um pouco mais de ação, e só imagino a dor que o Will sentiu no seu confronto contra Charles/Lorde Boreal… agora, no entanto, estando de volta com o aletiômetro e com a Æsahættr, eles podem empreender sua jornada em busca do pai de Will – e cumprir as missões que nem sabem que têm nessa história toda, que é muito maior que eles. Enquanto isso, a Dra. Malone conversa com os Anjos em seu computador mais uma vez, e eles falam enigmaticamente sobre como “ela deve ser a serpente”, e então lhe dão instruções sobre o que ela tem que fazer a seguir, indicando uma passagem para outro mundo, dizendo que ela estará protegida lá… então, vemos aquele momento que é a última cena da Dra. Malone no livro “A Faca Sutil”, quando ela atravessa uma janela no ar para outro mundo… direto para Cittàgazze.

Mas os Anjos disseram que ela estará protegida…

Estará mesmo?

 

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