The Assassination of Gianni Versace: American Crime Story 2x02 – Manhunt


“I’m not a villain. And he’s not a saint”
E parece que a cada episódio de “The Assassination of Gianni Versace” estaremos aqui para dizer: QUE SÉRIE É ESSA?! Trilha sonora impecável, atuações perfeitas e um visual deslumbrante. Em quesitos técnicos, a série arrasa e é um deleite aos olhos e ouvidos. Em relação à história, que roteiro impressionante. Ele nos guia magistralmente por momentos-chave de Gianni Versace e Andrew Cunanan, os protagonistas desse crime, e é incrível ver tudo se encaixar, ver a série crescer. Continuo achando que a série é de Darren Criss, que está ARRASANDO no papel de Andrew Cunanan, ou Andy, mas os atores estão todos de parabéns! Dessa vez, acompanhamos dois tempos de história. Um em 1994, três anos antes da morte de Gianni Versace, quando ele estava lidando (ou não lidando) com a sua doença, e outro em 1997, bem próximo ao assassinato.
MARÇO DE 1994, Miami, Florida. É uma cena de introdução, e já podemos ver que todas as cenas de introdução de “The Assassination of Gianni Versace” virão poderosas. Aqui, o intuito é mostrar a relação de Versace com a irmã Donatella (“What is Versace without you? Who am I without you?”) e, além disso, mostrar a relação dela com Antonio, o namorado de Versace. O estilista está desistindo, perdeu a gana de viver, de lutar, de desenhar, e Donatella acusa Antonio como o culpado pela doença de Versace, por nunca estar satisfeito. “What have you given him? Stability? Safety? Children? If you had given him anything, I would have given you respect. But you've given him nothing”. Então, mesmo com essas brigas entre Donatella e Antonio, Gianni quer que eles sejam uma “família”, porque ele não poderá seguir adiante se eles não forem. E eles fingem, até a morte.
E então não precisam mais.
He’s gone, Antonio, there’s no need for us to pretend anymore”
Avançamos, então, para MAIO DE 1997, quando Andrew Cunanan chegou a Miami. A cena é eletrizante. Cunanan está em um carro cujas placas ele trocou, cantando entusiasticamente, e ele chega ao hotel sob o nome de “Kurt DeMarrs”, que eu acho que é uma das cenas mais interessantes na composição de Andrew Cunanan. A maneira como ele conversa com a recepcionista, como é sedutor e dissimulado, como a envolve, como soa convincente, como ganha sua confiança depressa. É assim que ele consegue o que quer, sempre. Sendo dissimulado, manipulador, interpretando um bom moço “adorável” cuja ideia todo mundo compra. É assim que ele consegue trocar para um quarto com varanda, por exemplo. Com certa facilidade. Em Miami, ele compra a câmera, compra o boné laranja, compra os óculos escuros… e começa a planejar.
Também é interessante notar as cenas de Andy com Ronnie, que já estava de olho nele desde que ele chegou ao hotel, e Andy é ótimo em usar as pessoas para o que quiser – ele faz um jogo sedutor, distante, mas disponível. Ele envolve Ronnie com facilidade. E em uma cena similar à do primeiro episódio, Andrew conta suas “histórias” sobre Versace, e eu acho que ele realmente chega a acreditar nelas. Enquanto se despe à beira da praia e toma um banho nos chuveiros da rua, ele fala para Ronnie sobre como conhece Gianni Versace, como “o ajudou nos figurinos de uma ópera”, e de como ele “lhe propôs casamento”, mas “as coisas não deram certo, e eles seguem sendo amigos”. Certamente, isso está bem distante da realidade, mas a confiança com que Andrew diz as coisas que diz. Em algum momento, ele quase se entrega na maneira como fala de Versace.
“I don't see something nice. I see the man behind it. A great creator. A man I could have been”
“Been with?”
As coisas não serão fáceis para Cunanan em Miami. Ele está na lista dos 10 MAIS PROCURADOS do FBI, e os policiais estão atrás dele, com cartazes espalhados pela cidade, ele quase é pego ao tentar comprar um sanduíche. Algumas cenas, para mim, ainda parecem desconexas, e estou tentando entender de fato o que significa aquela cena “I can be submissive” com o velho gigolô da praia, se há algo muito mais complexo por trás, ou se é essencial apenas para mostrar o descontrole de Andrew Cunanan, e como ele parece doentio quando dança enquanto o homem quase morre, sem ar. Por um segundo, todos acharam que ele seria a próxima vítima de Cunanan, mas ele está focado em Versace. “All right. Detective... you haven't read the case files, but Cunanan won't be a regular tourist. He's a predatory escort, which means he's going to target closeted, older, wealthy homosexuals”.
Mas o velho cabia no perfil de suas vítimas.
Então o tempo avança mais um pouco, 6 DE JULHO DE 1997, e temos algumas cenas em conjunto. Primeiro, as diferenças criativas de Gianni Versace e Donatella, durante o que deve ter sido o último desfile dele. Também temos uma cena hot com o namorado. Enquanto ele desenha, Antonio está na cama com outro homem, e quando ele o convida para “se juntar a eles”, ele manda que ele vá “se divertir”, e que cena hot, embora rápida. Ricky Martin tirando a cueca e correndo até a cama, com a bunda de fora, virando o outro homem de costas, enquanto Gianni assiste e sorri, uma relação louca. Na manhã seguinte, em contraponto ao que Donatella lhe disse em 1994, ele propõe a Gianni: “I don’t want this anymore. I want you. I wanna marry you”. Mas é Gianni quem, por ora, se recusa a casar-se com ele. E o episódio termina quando eles vão embora de uma boate gay e Cunanan entra, dizendo tudo o que é para um cara aleatório.
“I’m Andrew Cunanan”
Wow!

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