Star Trek: Discovery 1x12 – Vaulting Ambition


“Rules to live by. Rules to die by”
E a cada episódio, as coisas fazem mais sentido em “Star Trek: Discovery”. Eu estou muito satisfeito em explorar o Universo Espelho de “Star Trek”, e na forma como isso esteve presente desde o início da temporada de “Discovery”, agora quase que cobrindo todas as maiores reclamações dos fãs da série que diziam que “não parecia ‘Star Trek’”. Os arquivos que Michael Burnham rouba a respeito da USS Defiant foram alterados e, portanto, não são nem de perto o suficiente, e agora Michael terá que se “infiltrar” na ISS Charon, a Nave-Palácio da Imperatriz Philippa Georgiou, e ela teme por esse encontro… afinal de contas, ela sente como se esse fosse um acerto de contas. Sem as coordenadas do local onde a Defiant cruzou para esse Universo, a única opção da USS Discovery para retornar para casa continua sendo a rede micelial. Mas Paul Stamets não está em condições de operá-la.
“Are you in there, Lieutenant?”
Gostei muito de como se desenvolve a trama de Paul Stamets, em coma na USS Discovery, mas acordado dentro da Rede Micelial, encontrando a sua versão “espelho”. O Mirror Stamets se apresenta, e explica como ele, em seu universo, também ficou preso na rede. “It seems like we share parallel fates”. Se eu já AMO o Paul Stamets, ver dois deles contracenando é extremamente bacana, e eu gosto de como as consciências se encontram, de como o Mirror Stamets tentou alcançar Paul mandando mensagens, visões. As visões que Paul Stamets teve do Palácio, de Tilly como Capitã, todas reais, apenas de outro planeta. “I thought I was going insane but it was only you reaching out”. Entao, os dois Pauls precisam trabalhar juntos para descobrir uma forma de escaper da rede micelial, mas ajudar Mirror Paul Stamets não é necessariamente uma boa opção.
Enquanto isso, Michael entra na ISS Charon com Michael como seu prisioneiro, e a tensão é PALPÁVEL. Kelpianos escravizados, e, mais terrível que tudo, servidos como comida, o que foi traumatizante! Lorca é mantido prisioneiro e torturado constantemente, enquanto Michael Burnham descobre a natureza de sua relação com Philippa Georgiou nesse universo: como se fosse sua filha. “Is ‘Philippa’ now? Not so long ago it was ‘Mother’”. Então, Georgiou decide executar Michael com suas próprias mãos por TRAIÇÃO, na Sala do Trono, mas as coisas mudam drasticamente quando Michael arrisca tudo e conta a verdade: que ela veio de outro universo, onde a Federação trabalha. Esse Universo Espelho é brutal, a forma fria como Georgiou mata uma série de homens é cruel, e foi um tremendo jogo arriscado de Michael apostar no “amor” da Imperatriz pela outra Michael.
As coisas para Ash Tyler também não estão nem um pouco boas. Ele está em um estado deprimente de surto, com gritos arrepiantes em klingon, misturados a pequenos momentos de lucidez em que ele não parece Voq, mas apenas o inocente Ash Tyler por quem Michael se apaixonou – o momento em que ele pergunta por Michael, ou em que pede ajuda a Saru. Mas então ele volta a gritar como Voq, o que é desesperador. Assim, com esperanças de recuperar Ash dentro de Voq, Saru vai até L’Rell em busca de ajuda, e ela não parece muito disposta a ajudar, em um primeiro momento, até que Saru o transfira para a sua cela, e ela veja com os próprios olhos o estado deplorável em que Ash se encontra… então ela nos informa de que é possível reverter o processo, mas apenas ela pode fazê-lo. No entanto, ao tentar salvá-lo, ela não consegue.
Acho que a conexão entre Voq e Ash Tyler é forte demais…
Indissociável demais.
Um dos melhores momentos do episódio é de Paul Stamets, preso na rede, vendo Hugh andar pela sua versão da nave. “Are you caught in the network too?”, ele pergunta. Dolorosamente, Hugh responde: “No. I’m gone”. Como é triste reviver a sua morte, como é triste saber que isso é OFICIAL, e eu não quero que seja. Eles precisam dar um jeito de trazer Hugh de volta… “Paul, I’m so sorry, but I died”. Mas é essa manifestação de Hugh que ajuda Paul Stamets a despertar, em uma despedida triste, mas belíssima. “I don’t wanna say goodbye”. Paul só quer que as coisas sejam como antes, mas isso não é mais possível, então Hugh o manda acordar de seu coma, porque os problemas estão crescendo, e tudo pode ser destruído em breve. Com um belo e triste “I love you”, eles se beijam (e é um beijo DE VERDADE, bonito, com amor!), e Paul Stamets está livre.
Ao menos o Mirror Paul Stamets está.
Michael, por sua vez, pede a ajuda de Georgiou para ir embora de volta ao seu Universo, mas a Imperatriz lhe informa de que os dados da Defiant são inúteis, pois todos os seus passageiros enlouqueceram ao fazer a transição. Como o espaço interfásico não foi a forma como a USS Discovery cruzou para o lado de lá, Georgiou quer informações sobre essa tecnologia para liberar Michael, mas é arriscado demais! Afinal de contas, eles teriam o poder para invadir e tentar conquistar todos os universos. De todo modo, o final do episódio é TENSO, e repleto de revelações. Georgiou e Michael conversam sobre Lorca, sobre como ele foi como um pai para Michael, e depois a seduziu e a usou, e então Michael percebe que é isso o que ele fez, o tempo todo. Nada foi por acaso, nada foi “um acidente”. Ele planejou a ida ao Universo Espelho, ele calculou tudo exatamente… ele a usou para chegar à Imperatriz.
Que também é sensível à luz, por exemplo.
Então a ficha cai, então entendemos algo revelador e angustiante: QUE O CAPITÃO LORCA PERTENCE AO UNIVERSO ESPELHO. Sim, essa era uma teoria que já tinha circulado há algum tempo, mas é excepcional vê-la se concretizar, porque as coisas agora fazem muito mais sentido. Desde a sua sensibilidade à luz, até todas as atitudes suspeitas, suas atitudes contra a Federação, que faziam os fãs questionarem que tipo de “Capitão” era aquele para a USS Discovery. Agora, tudo faz sentido. O tempo todo, Lorca pertenceu a um universo onde essas atitudes seriam consideradas quase “brandas”, e ele buscava uma maneira de retornar para casa e “se vingar” (?) da Imperatriz Philippa Georgiou. Foi angustiante vê-lo assumir a sua verdadeira identidade por fim, deixando de lado a encenação de quem está sofrendo injustamente, atacando um soldado, dizendo o nome da irmã dele, que morreu por sua causa.
Ele sabe de tudo. Ele planejou tudo.
Ansioso pelo que nos espera!

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