“13 Reasons Why” estreia em 31 de Março, na Netflix!


“I’m about to tell you the story of my life. More specifically, why my life ended”
Os 13 Porquês é um livro de Jay Asher publicado em 2007 e que conta a história de Hannah Baker, uma garota que cometeu suicídio. Ou melhor. Conta a história de treze pessoas que, direta ou indiretamente, tiveram relação com a morte dela e os motivos que a levaram a isso. O livro começa quando Clay Jensen encontra, na porta de casa, uma caixa com 7 fitas, e é um choque quando ele escuta a voz de Hannah Baker pela primeira vez. Ela explica, lado a lado de cada fita, as 13 pessoas e os 13 motivos para o seu suicídio… e se ele recebeu aquela caixa, é porque o nome dele vai estar em algum lugar. Depois de terminar de escutá-la, ele precisa passar adiante, para o próximo nome da lista. O livro é construído em cima de uma tensão enquanto queremos e não queremos chegar a Clay e descobrir qual foi o envolvimento DELE, mas também acompanhamos o tom sombrio e a profunda tristeza que a voz de Hannah Baker causam…
Eu comentei o livro em 2015, e você pode ler a minha review clicando aqui. Você vai perceber que eu ADOREI o livro, a história e o estilo, e foi uma leitura que me marcou profundamente. Acredito que o trabalho de Jay Asher é lindíssimo e forte, porque traz à tona um assunto seriíssimo, como o suicídio, através de uma adolescente que inovou completamente no seu último “bilhete”. O livro reflete sobre assuntos polêmicos e serve como material primário para uma série de discussões pertinentes e intensas. Eu fiquei emocionado ao ler o livro. Me comovi, chorei, me angustiei. E guardei a história com todo o carinho que me foi possível. Caminhamos com Clay Jensen e seu walkman pelas ruas da cidade, esperando nossa vez, entendendo e conhecendo Hannah Baker em sua série de culpas, e os eventos em cascata que culminaram em uma overdose proposital de remédio. E agora essa história vai chegar à Netflix…
Há alguns anos foi anunciado o envolvimento de Selena Gomez em uma produção de OS 13 PORQUÊS, uma minissérie para a Netflix – e eles têm produzido séries cada vez melhores, eu estou morrendo de ansiedade para ver como o livro de Jay Asher vai ficar em vídeo. Dividido em 13 episódios, como era de se esperar, teremos um episódio para cada lado de uma fita, para cada pessoa que Hannah nomeia, até chegarmos a Clay Jensen, o nono “personagem” a ser nomeado e culpado por sua morte. Oito pessoas já ouviram essas fitas, já sabem de seu envolvimento na morte de Hannah… mais outras pessoas escutarão depois dele para terem suas vidas igualmente arruinadas. É uma trama forte, traumatizante. E por mais doentia que inegavelmente a seja, intrigante. Eu às vezes me questiono sobre o que pensar a respeito de Hannah Baker. Ela nos comove, nos emociona e nos irrita. Nos causa ódio. É todo um sentimento confuso.
Em uma leitura marcante.
Pego-me curioso e profundamente ANSIOSO para ver como isso ficará em série. Mal posso esperar por isso. Mal posso esperar para conhecer a Hannah Baker de Katherine Langford. Mais do que isso: mal posso esperar para conhecer o Clay Jensen de Dylan Minnette. Para ser brutalmente atacado quando a nona parte da história chegar, quando eu tiver que escutar a sua fita surpreendente ainda que não esteja preparado para isso. Se te interessa e se você leu o livro, sugiro minha postagem sobre ele, mas gostaria de reproduzir um trecho dela aqui, sobre a fatídica fita de Clay:

“Nada do que você acredita que vai ouvir você realmente ouve… a fita mais diferente de todas, provavelmente a mais comovente, e talvez a mais pessoal. Superficialmente a menos agressiva, não é justamente ela que mais nos fere? E não é a com mais capacidade de fazer alguém chorar, surtar e perder a cabeça? Justamente por ‘não ter feito nada’, não pode ser ele mais culpado que os outros?”

Impressionante como mesmo uns 2 anos depois da leitura, pensar no livro e nesses trechos ainda mexe comigo. Eu espero realmente ter essa emoção toda na série que estou prestes a assistir. Eu gosto de acompanhar Clay Jensen enquanto ele olha para pessoas em seu colégio que ele julgava conhecer, mas descobre que não as conhece de fato… que há muito mais a ser descoberto. Conhecemos cada um, em suas características, defeitos e culpas, e é doloroso. E Clay quase desaparece porque se funde a nós, sendo nossa voz, nossas vontades, expressando nossos sentimentos. A Netflix ainda não divulgou um trailer de fato, mas divulgou a data de estreia da série em um vídeo de 43 segundos que apresenta, no corredor da escola, alguns dos “13 culpados”, com os dizeres: TODOS ELES A MATARAM. Alguns estão mais incomodados, outros dizem que Hannah mentiu. E Hannah finaliza:

“Maybe I’ll never know why you did what you did. I can’t make you understand how it felt. If you wanna know the truth, just press ‘play’”

Enquanto isso, Clay Jensen coloca os fones de ouvido, se prepara para começar a escutar… para entrar nesse universo e, possivelmente, ter sua vida destruída. Estou confiante. O material é bom, e os responsáveis pela adaptação também. Dylan Minnette é um ótimo ator que já provou seu talento em pequenos trabalhos, como Awake, e tem tudo a ver com Clay Jensen. Eu quero saber a verdade, Hannah. Eu estou disposto a apertar o play. ENTÃO QUE VENHA DIA 31 DE MARÇO!


Para a review do livro de Jay Asher, clique aqui.


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