Vencer o Desamor – A decisão de Olga

Você acredita em karma?

Olga não é uma boa pessoa… não importa o quanto ela tenha “mudado” depois de descobrir que tinha que escolher entre a vida dela e a da filha que estava esperando, ela continua não sendo uma boa pessoa. Olga tem algumas atitudes acertadas, enfim, e tenta compensar alguns erros que cometeu, mas isso ainda não apaga suas atitudes no casamento com Álvaro e tudo o que ela fez depois. Agindo contra Ariadna, por exemplo, ela pede que uma amiga dela vá a uma conferência na qual Ari está dando uma palestra importante para a sua carreira e com um tema importante também, e acabe com tudo, começando uma confusão chamando Ariadna de “hipócrita” por falar de sororidade, mas “ter acabado com o casamento de uma mulher grávida”…

E, bem, não foi assim que as coisas aconteceram.

Ariadna tem respostas a dar, até porque ela está com a consciência tranquila e sabe o peso da sua fala sobre violência contra a mulher, que é o foco daquela palestra, mas, ainda assim, toda a situação é extremamente desconfortável e um pouco humilhante. E, mais tarde, Ariadna procura Olga só para confirmar o que já sabia: que a mulher que fez aquela cena toda é sua amiga. É horrível olhar para a expressão de nojo e de superioridade de Olga, satisfeita com o estrago que causou, e veementemente acreditando que não fez nada de errado… ela ainda deixa Ariadna ir embora sob suas palavras de que “isso serviu para ela saber que não pode se meter com ela” ou qualquer coisa assim. Olga só começa a repensar suas atitudes quando sua vida corre perigo.

Isso acontece depois de uma visita de Álvaro… as últimas ações nojentas de Olga têm a ver com dizer a Álvaro que vai embora para a Espanha e ele não vai ter notícias da filha, ou acusá-lo de ser “baixo” e estar atrás de “vingança”, o que é uma das coisas mais absurdas para mim, porque ela realmente não se enxerga. Quando o Álvaro está indo embora do escritório de Olga depois de ouvir algumas atrocidades que são rotineiras para Olga, ela passa mal, acaba no hospital, e então ela descobre que está com um problema grave nos rins e possivelmente precisará de um transplante. Mais do que isso, na verdade, manter a gravidez coloca a sua vida em perigo e, se ela escolher fazer isso, as chances de ela morrer no parto são muito altas… ela vai ter que escolher entre ela e a bebê.

É disso que o roteiro se aproveita para mudar a personagem de Olga em seus últimos capítulos e, infelizmente, eu tenho uma dificuldade imensa para me compadecer… Olga está chorando, sofrendo, dizendo para Álvaro que isso tudo é castigo por tudo o que ela fez e pela pessoa que foi, e a maior parte de mim só conseguia pensar: “É mesmo”. Com a vida correndo perigo (e tendendo a não querer tirar o bebê, ainda que isso possa lhe custar a vida), Olga sofre uma “transformação”, passando a tratar bem o Álvaro e, inclusive, indo procurar Ariadna para dizer que não vai seguir essa guerra que ela declarou, e que “quer que elas estejam em paz”. Acaba sendo rápido demais e soando falso, na minha opinião, e eu dei uma risada com a Olga “pedindo perdão”.

Ai, ai.

De todo modo, Olga abençoa a relação de Álvaro e Ariadna (HAHAHA), dizendo que não quer que elas sejam amigas nem nada, e que nunca gostou tanto dela, mas a elogia por como ela lidou com o abandono de Eduardo, e ainda diz que a admira com toda essa investigação importante que ela está fazendo contra um homem que abusa mulheres em série. Sem Olga incomodando, Ariadna ainda precisa lidar com Bárbara, que tem a capacidade de dizer a ela que “ela deve estar feliz por ter tirado esse bebê do caminho” ou algo assim, o que é um comentário totalmente descabido e perverso. Bárbara ainda diz que Álvaro perdeu esse bebê que tanto queria por causa de Ariadna, e que isso é “um castigo de Deus”. Eu tenho uma raiva de gente assim.

Sério.

 

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