Heated Rivalry 1x05 – I’ll Believe in Anything

“It’s not just me, right? You feel it too?”

ABSOLUTAMENTE LINDO E EMOCIONANTE. Exibido em 19 de dezembro de 2025, “I’ll Believe in Anything” é o quinto episódio da primeira temporada de “Heated Rivalry”, e é o meu episódio favorito até o momento – embora eu não possa pensar demais, porque, se o fizer, vou me sentir em dívida com “Hunter”, que é um episódio que eu também amo imensamente. Esse quinto episódio aprofunda a relação de Ilya Rozanov e Shane Hollander, conforme eles finalmente começam a entender que o que eles têm vai além de “encontros casuais para sexo”, embora eles ainda tenham que entender e aceitar o que está acontecendo e tomar decisões… acho, no entanto, que Rozanov e Hollander demoraram demais para evoluir pouco nesses quase 10 anos em que se conhecem.

Se no episódio passado, Shane começara a sair com uma estrela de cinema chamada Rose, esse possível relacionamento romântico adorado pela mídia chega ao fim no início desse episódio, porque Rose não é burra… ela percebeu que Shane provavelmente é gay e ela tenta abordar o assunto em uma conversa, com um quê de dificuldade, até que o faça diretamente – e eu fiquei positivamente surpreso e feliz com como tudo se desenrolou aqui, porque Rose é extremamente compreensiva e a cena se converte fofa. Em parte, Shane está apavorado, mas ele precisa de alguém para falar sobre quem é e o que sente, e conforme ela faz perguntas às quais ele responde com acenos de cabeça e lágrimas nos olhos, ele vai se soltando e percebemos o quanto isso lhe faz bem!

A cena é linda, porque Rose pergunta se “ele já esteve com um homem antes” e se “foi diferente”, e essas perguntas evocam memórias sentimentais que enchem a cena de significado e, consequentemente, as respostas de Shane de sinceridade. Está tudo ali nos seus olhos e, quando eles se despedem, eles o fazem em bons termos, com Rose pedindo que eles sejam amigos, e não como algo que se diz da boca para fora quando se termina com alguém em bons termos, mas como um pedido sincero porque ela realmente gosta dele e o quer como amigo em sua vida… gosto de como isso tudo se junta ao que acontecera da última vez em que ele estivera com Ilya e Shane pode cada vez menos negar que ele está tendo sentimentos por Ilya Rozanov. Não é apenas sexo…

Os dois se encontram em um evento “All Stars” no qual eles vão, pela primeira vez, jogar no mesmo time, e eu gosto muito de como isso permite mais proximidade sem levantar muitas suspeitas… gosto da cena do encontro e conversa no bar, dos olhares repletos de desejo, da sondagem com direito a flerte e compreensão, e é gostoso vê-los poderem compartilhar os mesmos espaços, como quando Ilya está brincando com algumas crianças na piscina e o Shane está olhando despudoradamente para ele. Uma das minhas cenas favoritas acontecem na praia, quando eles estão sentados um do lado do outro olhando para o mar e as mãos buscam uma a do outro incessantemente, de uma maneira que é profundamente romântica… e eles vão ter que falar sobre isso.

E o fazem. Depois de interações e provocações costumeiras durante o jogo e de informação sobre número de quarto, naquela noite Shane não quer continuar fingindo que não está sentindo o que sente, e eu gosto de como ele menciona a última vez que estiveram juntos, como foi diferente, e pergunta: “Não sou só eu, certo? Você também sentiu?”. Ilya tenta escapar, tenta agir como se a única coisa diferente tivesse sido o Shane saindo sem explicações, mas Shane pede que ele não faça isso: já é difícil o suficiente sem ele “ser um cuzão”. Shane diz que é gay, fala sobre eles, sobre como “sentira que eles eram alguma coisa” da última vez, e Ilya se blinda nesse momento e diz que “eles não podem ser alguma coisa”. Basicamente, é isso o que ele tem a dizer

É extremamente complicado par Ilya Rozanov, de uma maneira na qual Shane nunca pensou de fato: não é apenas o pai extremamente conservador e, como descobrimos agora, doente, mas também o fato de que ser homossexual é um crime na Rússia e, se eles tivessem algo um com o outro oficialmente, ele nunca mais poderia voltar para casa… essa é uma conversa extremamente sincera, extremamente íntima e entrega um dos momentos mais bonitos dos dois, quando Ilya está falando do pai e ele acaba chorando, porque é um daqueles momentos em que o personagem se mostra como ele é e não como ele quer ser visto, e quando ele está chorando, Shane senta no seu colo, o beija e então o abraça e o acolhe, como se estivesse cuidando dele.

Lindo!

Pouco depois, o pai de Rozanov morre e ele “desaparece” porque tem que voltar para casa, e Shane fica preocupado com ele e fica ali, disponível, para quando Ilya quiser falar com ele – e ele de fato liga para Shane porque quer ver seu rosto e ouvir sua voz, e fica encantado com o fato de Shane usar óculos para leitura… eu o entendo perfeitamente, porque o Shane fica mesmo muito gato de óculos! A morte do pai de Rozanov é, no entanto, talvez uma libertação para ele… difícil e complicada, mas ainda assim. Muita coisa acontece naquela viagem à Rússia, que funciona como resposta à sua fala anterior sobre “nunca mais poder voltar para casa” se ele e Shane tivessem algo, porque aqui entendemos que talvez Ilya Rozanov não queira mesmo voltar.

Talvez “casa” seja com Shane.

Ele tem uma cena forte com o irmão abusivo, na qual o coloca em seu lugar, e uma cena linda com Svetlana, que entende mais do que ele imaginou que ela entendesse… e, depois, Ilya liga para Shane porque precisa senti-lo um pouco mais perto, mas está difícil falar no momento, até porque ele não consegue expressar tudo o que quer em inglês – Shane pede, então, que ele fale em russo… ele não o entende, mas talvez lhe faça bem falar, e Rozanov o faz. Shane não entende nenhuma de suas palavras, mas ele entende parte do seu sentimento, que está em seu tom de voz, na velocidade de suas palavras, no sentimento colocado em cada vírgula, ainda que não haja entendimento da língua… é um desabafo, existe dor, esperança e dúvida, e Shane entende isso.

Nós, felizmente, somos presenteados com legendas que nos permitem entender mais do que o Shane, e Ilya diz muita coisa que ele não teria coragem, ainda, de dizer se achasse que o Shane o entenderia… ele fala sobre como Svetlana o ama e como ele também a ama, mas não como ele ama o Shane, e sobre como Shane é tudo o que ele quer, sobre como “é sempre ele”. É muito bonito ouvir o Ilya fazendo essa confissão de amor, dizendo com todas as palavras que ele está muito apaixonado e que não sabe o que fazer, e ele sabe que Shane não o está entendendo, mas talvez ele queira, secretamente, que o Shane saiba – e é um primeiro passo importante. Ao fim, Shane diz que “talvez ele possa ensinar-lhe russo um dia”. A cena é linda, sentimental, intensa, sincera!

E outras assim estão por vir, nesse e no próximo episódio… Shane acaba se machucando durante um jogo porque está distraído demais olhando para o Ilya (mas devo dizer que eu amo ver os dois em quadra trocando sorrisinhos e olhares, cada vez mais óbvios sobre o que sentem um pelo outro), e Rozanov permanece por perto, claramente preocupado, porque ele precisa saber se Hollander está bem – os narradores falam sobre a rivalidade dos dois, mas sobre como também existe admiração evidente, demonstrada por atitudes como essa. Shane Hollander, quase desmaiado e deitado em uma maca sendo levado para o hospital, pede que avisem o Ilya que ele está bem, porque “ele vai ficar preocupado”, mas eu não acho que alguém tenha entendido.

Quando Shane acorda no hospital algum tempo depois, claramente dopado (preciso dizer que eu dei risada da sua voz), Ilya aparece para visitá-lo, e eu gosto de ver cada vez mais desse Ilya sem máscara – ele não é o Ilya que finge não se importar do início da série, não é o que brinca de estar distante e “não envolvido”: ele está ali e está por inteiro, disposto a dizer ao Shane que “ele o assustou”, e Shane também está ali por inteiro, talvez parcialmente motivado pelo remédio correndo nas suas veias, mas ele chama o homem da sua vida para sua cabana durante o verão… Ilya age como se ele não pudesse fazer isso, mas diz um “talvez”, porque ele não quer magoar o Shane naquele momento. Eu amo o fato de eles terem feito essa transição para a parte fofa de sua relação…

O episódio culmina, então, em um jogo importantíssimo de Scott Hunter por muitos motivos! É, talvez, o jogo de sua carreira e uma vitória merecida, mas também é um passo gigantesco em sua vida pessoal quando, durante a celebração, ele olha para o Kip na arquibancada e o chama para vir até ele… Scott está absurdamente feliz – além de lindo e gostoso, todo suado daquele jeito e tudo o mais –, e o vemos tomar coragem para fazer o que ele quer fazer. Kip fica perdido inicialmente, mas é incentivado a atender ao chamado de Scott pela melhor amiga, então Scott o ajuda a entrar no ringue de patinação e segura a sua mão enquanto o leva para o centro de tudo, para as câmeras, onde ele O BEIJA NA FRENTE DE TODO MUNDO E DIZ CLARAMENTE QUE O AMA.

“I love you so fucking much”

“I love you too”

O terceiro episódio de “Heated Rivalry” fez com que eu me apaixonasse imensamente por Scott e Kip, e eu fico muitíssimo feliz por esse momento, por esse passo, por esse beijo que demandou coragem e mudará vidas para sempre… muda a vida de Scott e de Kip, e também muda a vida de Ilya e de Shane, de alguma maneira, porque eles assistem a tudo acontecer vidrados à tela da televisão. Gosto de toda a expectativa que Scott cria sem saber, gosto da troca de mensagem de Ilya e de Shane, e gosto de como seus olhos parecem brilhar, incrédulos, quando o beijo acontece – como se eles pudessem se ver ali, como se eles soubessem, finalmente, que não é impossível. É um final de episódio perfeito quando Ilya telefona desesperado para Shane para dizer que vai para a cabana com ele.

Terminei feliz, com o coração disparado.

Episódio muito bom!

 

Para mais postagens de “Heated Rivalry”, clique aqui.
Visite também nossa página: Produções LGBTQIA+

 

Comentários