Percy Jackson e os Olimpianos 2x01 – Eu Jogo Queimada com Canibais

“Welcome to Camp Half-Blood”

A estreia da segunda temporada de “Percy Jackson e os Olimpianos”, adaptando o segundo livro da série de Rick Riordan, “O Mar de Monstros”, estreou no dia 10 de dezembro de 2025 com dois episódios que ainda apresentam alguns problemas que notamos na primeira temporada da série – como transições questionáveis, sequências inteiras exageradamente escuras e cortes rápidos que poderiam ser melhor aproveitados –, mas embora eu ainda acredite que haja espaço para crescimento (e que os problemas da série em nada têm a ver com o tempo de episódio), há uma melhora notável, sim, desde a adaptação de “O Ladrão de Raios”, o que me deixa contente. Espero que a produção ouça as críticas e siga melhorando a adaptação de um material original tão amado por tantas pessoas!

“Eu Jogo Queimada com Canibais” é a abertura de uma nova aventura… Grover, agora com sua licença de buscador, saiu em busca do Grande Deus Pã e acabou caindo em uma armadilha que o tornou prisioneiro do ciclope Polifemo, em uma caverna para lá do Mar de Monstros. E, falando em ciclopes, Percy Jackson está às voltas com Tyson, um ciclope que foi resgatado e acolhido por Sally na casa deles. Não há mistério nem um momento de grande revelação sobre Tyson ser um ciclope, e sinto que talvez haja um pouco de pressa do roteiro em “tirar algumas coisas do caminho”, mas acho, também, que a série consegue se sair bem ao apresentar um diálogo entre Percy e Tyson nas ruas da cidade, antes de eles serem encontrados por Annabeth e um taxi…

O taxi das Irmãs Cinzentas.

Eles precisam chegar depressa ao Acampamento Meio-Sangue: Annabeth, que tentara passar algum tempo com o pai e “viver uma vida normal e não de semideusa”, teve um sonho sobre o acampamento e sabe que eles precisam de ajuda; Percy tivera um sonho com Grover, e talvez as coisas estejam, de alguma maneira, conectadas. A viagem até o acampamento entrega a estranheza das Irmãs Cinzentas e números que “são a localização de Grover”, que Percy apenas mais tarde entenderá como coordenadas para encontrá-lo… nesse momento, chegar ao Acampamento Meio-Sangue e escapar de canibais que jogam bolas de fogo parece ser a prioridade – e Annabeth permite a entrada de Tyson para que, como um “monstro”, ele possa passar pela barreira.

O desconforto de Annabeth com Tyson e a acusação a Percy sobre como “ele não lhe contou tudo” fica como algo a ser explorado em detalhes futuramente, mas ela escolhe dar a ele a autorização para entrar porque percebe que Percy se preocupa com ele e não vai deixá-lo para trás… ele sai para ajudar Tyson depois de ter ele mesmo passado pela barreira… barreira essa que parece estar enfraquecendo, e Annabeth e os demais não demoram a entender o porquê – eles encontram Luke Castellan na Árvore de Thalia, o pinheiro responsável pela proteção do Acampamento, antes de ele fugir em um lindo Pégaso preto e Annabeth perceber que a árvore está envenenada. Ainda é muito difícil, para Annabeth, aceitar o quanto Luke mudou de uns tempos para cá…

A série usa a chegada de Tyson ao Acampamento Meio-Sangue para reintroduzir a história de Thalia, a filha de Zeus cujo sacrifício protege o acampamento dos semideuses até hoje, na forma do pinheiro no qual Zeus a transformara – são bonitas as palavras de Percy sobre como Zeus “não pôde salvá-la, mas a transformou em algo que salvaria os outros”. Logo depois, Tyson é recebido por Tântalo com ordens de morte, e Percy tenta proteger o amigo que viera até ali com ele, e é nesse momento que Tyson recebe uma proteção ainda maior: um tridente iluminado brilhando sobre a sua cabeça no momento em que Poseidon o reclama como seu filho. E, agora, ele dividirá o Chalé de Poseidon com Percy… ninguém se diverte mais com isso do que o Sr. D.

“O Mar de Monstros” não é o meu livro favorito de “Percy Jackson e os Olimpianos” – se eu for ser sincero, é o livro de que menos gosto nos cinco livros da série original de Rick Riordan, mas uma coisa é certa: a relação de Percy e Tyson é um dos pontos altos dele. A adaptação a explora muito bem nesse episódio de estreia, e nos afeiçoamos depressa a Tyson, esse menino grandão com o coração tão grande quanto ele… há alguma resistência inicial de Percy no fato de “Tyson ser seu irmão”, mas a primeira noite começa a contornar isso no momento em que Tyson fala sobre como “dormir é bom porque quer dizer que você está a salvo” – ele não podia fazer muito isso quando estava na rua. Como alguém pode ficar bravo com alguém como o Tyson?!

Naquela noite, Percy Jackson tem um novo sonho com Grover, e a conexão empática deles é visualmente apresentada de uma maneira que me fez lembrar vagamente de “Sense8”. A conversa dos dois é cheia de informações, tanto sobre a conexão que agora compartilham quanto sobre o que está acontecendo: Grover foi capturado por Polifemo, está preso em uma caverna e precisa de resgate… ele passa a Percy as coordenadas, que são os mesmos números anteriormente ditos pelas Irmãs Cinzentas. Além disso, o que fizera com que Grover caísse na armadilha de Polifemo é, também, o que pode salvar o Acampamento Meio-Sangue: O VELOCINO DE OURO, com o poder de curar qualquer coisa ou qualquer pessoa… Percy finalmente tem respostas.

“Eu sei como salvar o Acampamento!”

 

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