[Season Finale] It: Welcome to Derry (It: Bem-Vindos a Derry) 1x08 – Winter Fire
“[…] People
who build their houses in your heart”
ABSOLUTAMENTE
FANTÁSTICO. Exibido em 14 de dezembro de 2025, “Winter Fire” encerra a primeira temporada de “It: Bem-Vindos a Derry” e, com ela, o Ciclo de 1962 – no entanto,
nos revela que a Coisa não vê e vive o tempo de maneira estritamente linear,
com passado, presente e futuro se confundindo e se tornando um só… é como Lilly
e Marge concluem no fim do episódio: essa
será a luta de outra pessoa, mas isso não quer dizer que Pennywise não pode
“voltar no tempo” e tentar impedir, por exemplo, seus pais de nascerem ou de
terem filhos; foi o que ele tentou indo
atrás de Marge, por causa de Richie Tozier. Frenético, eletrizante, com
pitadas de emoção e algumas cenas épicas grandiosas, esse é um bom episódio
para encerrar essa primeira temporada.
E já estou
ansioso pelas próximas duas!
Pennywise, a
Coisa, foi despertado de sua hibernação pela abertura da jaula que o prendia a
Derry, e agora é uma corrida contra o tempo para impedir que ele atravesse os
limites da cidade e conquiste o mundo todo… e ele está basicamente brincando com suas vítimas. Assim como
aconteceu anteriormente na série, esse episódio tem uma introdução impactante:
dessa vez, Pennywise faz um “show” no ginásio da escola, uma apresentação
sangrenta que começa com o diretor como sua
marionete e culmina na geração de medo, desespero e gritos… um verdadeiro banquete para a Coisa.
Todas as crianças da escola, presas dentro do ginásio, são levadas por
Pennywise e o seguem flutuando em uma cena sinistra enquanto ele lidera o que
parece um cortejo.
Enquanto
isso, Derry é tomada por uma estranha névoa,
presenciada por Ronnie, Marge e Lilly. E, no meio da névoa, as garotas
encontram cartazes de todas as crianças da escola desaparecidas, e se perguntam
se isso é real ou se a Coisa só está tentando mexer com a cabeça delas… no meio
dos cartazes, o cartaz de Will. O desaparecimento de Will é recebido com
desespero tanto pelas amigas do garoto quanto por Charlotte, que culpa Leroy
por colocar a família em perigo, e ele busca a ajuda de Dick Hallorann… eles
precisam, no entanto, da ajuda de Rose, que entende mais sobre a criatura do
que quase qualquer pessoa na cidade: localizar Will Hanlon não é o suficiente,
eles precisam de algo que lhes permita ter
uma chance contra a criatura.
Assim, Dick
Hallorann é instruído a usar os seus poderes para encontrar um último artefato:
a adaga que foi perdida por Taniel nos
esgotos e encontrada por Lilly… o plano é substituir o pilar retirado pela
adaga e, com isso, trancar novamente a “gaiola”. Dick localiza depressa a adaga
com as garotas – “Will’s friends. The
girls, they have it. They’re going… they’re going after Will” –, enquanto
as garotas sentem os efeitos da adaga sobre elas, em cenas intensas e bem
construídas. A adaga mexe com a cabeça de quem a empunha, e quanto mais tempo a
pessoa passa em posse da adaga… é mais ou menos a mesma coisa que acontece em “Harry Potter e as Relíquias da Morte”,
quando carregar o Medalhão de Slytherin por muito tempo traz consequências.
Ronnie e
Marge conseguem perceber que há algo
errado com aquela coisa… Lilly, no entanto, acredita que estão cochichando
a seu respeito quando elas olham para ela, como se “acreditassem que ela está
louca”, e tenta fugir com a adaga, o que gera uma perseguição intensa na
floresta, com direito a uma briga generalizada e Marge e Ronnie tentando trazer
Lilly de volta à razão: Marge lhe diz que é essa coisa que a faz pensar isso, e
Ronnie consegue acessar Lilly quando diz que “ela é um bote salva-vidas”, a
remetendo a um discurso anterior. Marge fica com a adaga temporariamente então
e, sem estar em sua posse, Lilly consegue voltar o mais próximo do normal
possível ali… de agora em diante, elas
vão alternar quem carrega a adaga.
É só a
partir dessa decisão que elas conseguem chegar até as crianças que flutuam
seguindo uma carruagem no gelo, e esse é o momento do grande confronto dessas
crianças com A COISAS. Pennywise está, como ele é, assustador, mas ele gosta de brincar com suas vítimas… de
atormentá-las. Ele as nomeia “a tola”, “a esquisita” e “o fracasso”,
deixando que elas decidam quem é quem,
e a adaga não parece o suficiente para garantir a segurança delas, embora lhes
dê alguma pequena vantagem. Ainda assim, Marge é capturada por Pennywise, o que
nos encaminha para a segunda melhor cena
do episódio (a melhor cena ainda estava por vir e seria protagonizada pelo
pequeno Rich), em uma tentativa de Pennywise de impedir sua morte futura.
Pennywise
chama Marge de “Margaret Tozier”, um sobrenome que ela não reconhece, porque é um sobrenome que ela ainda não tem.
Primeiro ela precisa se apaixonar, se casar e então se tornar Tozier… e será a
mãe de Richie Tozier, um dos membros do Clube dos Perdedores que será
responsável pela vitória sobre a Coisa, dois ciclos depois. Inclusive, Pennywise mostra a ela um cartaz
de DESAPARECIDO com a foto de Richie e pergunta se “ela não conhece o seu
menino”. Eu amo entender porque
Richie e Rich compartilham o mesmo nome, e é uma homenagem linda de Marge que
mostra o quanto ela de fato amou Ricardo Santos. Pennywise a teria matado ali
para impedir a existência de Richie Tozier e mudado o futuro, se não fosse pela
interferência de Dick Hallorann…
Dick
Hallorann consegue “prender”, temporariamente, Pennywise dentro do que parece
uma memória de Bob Gray e, enquanto isso, Marge consegue escapar, retornar para
junto das amigas, e as crianças saem do seu transe e despencam no gelo – entre
elas, Will, reunido com os amigos. Tudo é eletrizante, com muita coisa
acontecendo ao mesmo tempo. O reencontro das crianças com seus familiares, a
chegada dos militares, a morte de Taniel, a resistência de Hallorann… Leroy
entrega a adaga para Will e pede que ele faça o que precisa ser feito, o
reconhecendo como diferente dele, e querendo que ele seja assim. A missão das crianças, agora, é levar a
adaga até a árvore morta que marca o limite de Derry e “trancar” novamente a
gaiola.
Naturalmente,
não é fácil… Pennywise consegue entender o jogo de Dick Hallorann e, ao
fazê-lo, se libertar dele, e isso o conduz a uma cena com o estúpido general
responsável pela extensão do Ciclo de 1962, aquele que acreditava que podia
prender a Coisa, e que agora anuncia que “ele está livre” – e ele é devorado
como uma forma de mostrar que ele não está e nunca esteve no controle… o que
era óbvio para todos, menos para o próprio general. Então, Pennywise se prepara
para “estar livre no mundo”, e há um quê de alegria e de deboche na maneira
como ele corre em direção à árvore morta,
enquanto as crianças tentam levar uma adaga resistente até aquele lugar, e os
adultos, liderados por Leroy, tentam fazer a única coisa que podem…
Ganhar tempo.
Aqui, sim,
ganhamos a melhor cena do episódio!
RICARDO SANTOS, NOSSO RICH, É O MEU PERSONAGEM FAVORITO NA TEMPORADA E AMO ELE
TER ESSA POSIÇÃO DE DESTAQUE NO FINALE.
São quatro pares de mãos tentando colocar a adaga como um novo pilar – Marge,
Ronnie, Lilly e Will –, e eles não são fortes o suficiente… então, o espírito
de Rich vem até eles, anunciado como “um milagre” por Dick Hallorann, e em
segundos Rich protagoniza a cena mais marcante do episódio, conforme corre pelo
gelo, mostra o dedo para Pennywise e desliza com estilo até junto dos amigos,
sendo o quinto par de mãos que torna a vitória possível. A cena é grandiosa em
muitos sentidos, os efeitos, as cores, a câmera lenta, as asas da Coisa
tentando chegar até eles…
A vitória no último segundo.
Com a adaga
colocada e fazendo o papel do novo pilar, isso chega ao fim… não é a derrota da
Coisa, o Clube dos Perdedores ainda terão que enfrentá-lo em 1989 e em 2016,
mas é a conclusão de um ciclo que garantirá os próximos 27 anos sem notícias de
Pennywise. Conforme a “jaula” da criatura se torna ativa novamente, a Coisa
passa por formas antes de se desfazer no ar e retornar à sua hibernação, dessa
vez forçada… os quatro amigos se abraçam, e então comentam sobre o que sentiram: como um novo par de mãos que o
ajudavam, como se o Rich estivesse ali com eles, e todos sentiram isso… porque,
de fato, ele estava. Rich é uma parte importante
de “Winter Fire” tanto na batalha
final contra Pennywise quanto na conclusão do episódio…
Após o ciclo
encerrado, é hora de nos despedirmos oficialmente de Ricardo Santos em seu funeral.
Marge faz um discurso sobre amizade e sobre como o conhecia há apenas um mês, e
ela não precisava nos dizer como esse
tempo curto não quer dizer nada, porque o que eles viveram nesse um mês tornou
tudo muito real, muito sincero… Rich
viverá para sempre com eles. Gosto de como Marge tem Lilly, Will e Ronnie com
ela nesse momento, e de como Dick Hallorann vê o espírito de Rich com as mãos
nos ombros de seus pais desamparados e se aproxima deles, para dizer que a mão
que eles estão sentindo no ombro é do filho deles, que está ali com eles nesse
momento e sempre estará. Mais tarde,
Marge vê um aviãozinho de Rich na Rua Principal…
O sorriso dela é como o nosso. CENA
LINDÍSSIMA.
Se o
Pennywise pode mudar as coisas porque não vive o passado, presente e futuro
como coisas separadas, talvez seja uma luta constante para mantê-lo preso – mas
é uma luta que caberá a outras pessoas agora, em 1935, depois em 1908 e em
1989… Rose oferece aos Hanlon a responsabilidade de estarem ali para o próximo
ciclo, porque Derry precisará de alguém
que impeça a Coisa e os militares novamente, e eles estavam prontos para
partir, mas Charlotte escolhe ficar… Will percebe, então, que não se esquecerá
de Ronnie e, se ele escrever o suficiente, talvez ela também não precise
esquecer, mesmo indo embora de Derry. É uma boa conclusão, com direito a um
epílogo em 1988, 26 anos depois, que nos mostra a morte de Elfrida Marsh e
Ingrid conhecendo Beverly…
Primeira
temporada IMPECÁVEL!
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