Rebelde 1x01 – Bienvenides Todes

“¡Y soy rebelde!”

FOI UMA ESTREIA E TANTO! “Rebelde” marcou uma geração. Originalmente escrita por Cris Morena como “Rebelde Way”, a telenovela argentina ficou internacionalmente conhecida por sua famosa versão mexicana que, inclusive, deu origem à RBD, banda formada com o elenco da novela que transcendeu o sucesso das telinhas e lotou estádios no mundo todo e vendeu números expressivos de álbuns… retornar a esse sucesso é interessante e, ao mesmo tempo, arriscado – a Netflix tinha em mãos uma missão difícil, até porque os fãs de “Rebelde” são chatos (ah gente, eu sou muito fã de “Rebelde”, mas eu preciso dizer: os fãs da novela são chatos sim), mas ela se sai incrivelmente bem, brincando com o legado de “Rebelde” e da RBD e criando uma história nova em formato de série e que é uma sequência da novela mexicana: bem-vindos, novamente, ao Elite Way School.

Acompanhar a estreia foi uma experiência inusitada – eu confesso que não sabia bem o que esperar, mas eu gosto de histórias adolescentes que se passam em escolas, e fico muito feliz por “Rebelde” ter conseguido se distanciar, em estilo, de “Elite”, o que era um temor compartilhado por muitas pessoas. Ganhamos uma série com ritmo de série e estilo de novela, e a Netflix usou e abusou do fan service para encher esse primeiro episódio de referências escancaradas que bizarramente funcionam muito bem… a primeira cena é uma alusão à seita, por exemplo, e nos perguntamos se estamos prestes a conhecer uma nova versão da seita (parece que sim, mas com outros propósitos), e a segunda cena já traz um rostinho conhecido dos fãs de “Rebelde”: PILAR. Pilar está ali para tentar convencer a filha, Jana, a não ir para o Elite Way School, mas Jana diz que “só foi ruim para a Pilar porque ela era filha do diretor”.

Grande parte desse primeiro episódio é para apresentar o novo Elite Way School, agora chamado mais de EWS, e os personagens que acompanharemos de agora em diante, e é impossível não fazer associações aos personagens que conhecemos em 2004 – Jana talvez seja uma espécie de Mia, por exemplo, enquanto Esteban pode ser uma espécie de Miguel, embora não saibamos muito da sua história a não ser o fato de que ele é um bolsista. Me diverti com Maria José, MJ, chegando à escola com uma estrela colada na testa, para que Emilia retire a estrela e a aconselhe a deixar para trás o seu “sonho de ser Mia Colucci”, dizendo que “não há nada mais brega ali do que um fã” – ela diz isso, mas a escola tem uma exposição inteira feita à RBD, com direito até aos uniformes usados por eles na novela expostos… conte-me mais sobre breguice.

Emilia, interpretada por Giovanna Grigio, se sente a dona da escola – e eu preciso fazer uma pausa para dizer o quanto eu estou feliz por esse papel da Gi. Como muita gente já comentou pela internet, Giovanna Grigio realizou o sonho de qualquer criança brasileira dos anos 1990 e início dos 2000: ela fez “Chiquititas”, fez “Malhação” e agora está fazendo “Rebelde”. Que currículo invejável! Desejo todo o sucesso do mundo a ela! É ela quem fica responsável por guiar os novatos pela escola e apresentar algumas coisas, como o “Musical Excellence Program (MEP)”, um programa dedicado à música que agora parece ser uma grande parte do EWS… é interessante ver os calouros chegando todos acreditando que têm talento para a música e que vão ser um sucesso, e embora isso não fosse o forte do antigo Elite Way School, acho que faz sentido dentro da trama…

Afinal de contas, foi daquela escola que saiu a grande RBD, não?

Então, sabemos que grande parte da história dessa temporada será para nos levar à “Batalha de Bandas” no fim do semestre e, inclusive, as inscrições já se iniciam. Em paralelo, é claro, acompanharemos aqueles dramas adolescentes e umas confusões amorosas… Jana, por exemplo, já apresentou uma química quase imediata com Esteban (e devo dizer que minha primeira impressão de ambos foi muito boa, gostei deles, espero não me decepcionar), mas ela está namorando Sebas, outro famosinho da internet, e Esteban também está arrasando outros corações, como o de MJ… não bastasse um triângulo amoroso, tudo indica que teremos um quadrado amoroso. Tema típico de novela, resta saber como “Rebelde” vai desenvolver isso, mas eu tendo a gostar, eu acho. Por exemplo, achei muito fofa aquela cena de Esteban e Jana no piano.

Mas fiquei esperando eles cantarem “What I’ve Been Looking For (Reprise)”.

O primeiro dia dos novatos no EWS conta com a divisão de quartos, três alunos por quarto, e um discurso comandado pela incrível diretora da escola: CELINA FERRER. Confesso que meu coraçãozinho deu um salto no peito ao vê-la, mesmo sabendo que ela estaria lá, mas é que É MUITO BOM VER A CELINA! Assim como também foi interessante descobrir que o Luka é um Colucci, e eu acho que é justíssimo termos um Colucci gay (!), mas Luka ainda não conseguiu me conquistar… vamos ver como o seu personagem se desenvolve! De todo modo, a ideia do EWS é justamente que estamos em uma escola cheia de riquinhos mimados e nojentos – grande parte desse elenco de personagens é justamente composto por riquinhos mimados e nojentos. O clima da estreia é bom, amei aquela sequência dos alunos colocando os uniformes pela primeira vez, cada um dando sua cara a ele…

Acho que a série é promissora.

O Piloto termina retornando ao início do episódio, quando a “Seita” ataca todos os calouros – digo que o propósito da Seita, se eles ainda se chamam assim, é diferente do original porque, na novela, ela atacava apenas bolsistas… agora, talvez a Seita esteja mais interessada em caçar pessoas sem talento e enviá-las de volta para casa? A Seita não me parece tão ameaçadora quanto a original, mas eles nos entregam uma cena bizarra e, de algum modo, interessantíssima na qual eles escolhem seis calouros e os fazem vestir os uniformes antigos do Elite Way School, como se eles fossem a RBD (com direito ao icônico chapéu rosa da Mia e tudo!), e os colocam para cantar “Rebelde”. É quase estranho e deslocado, mas, de um jeito ou de outro, funciona – até porque essa música tem uma força imensa. Não teve como… eles começaram a cantar “Rebelde” e eu fiquei todo arrepiado.

Estou confiante! Espero que a versão da Netflix de “Rebelde” faça sucesso!

 

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Comentários

  1. Eu também fiquei todo arrepiado quando eles cantaram "Rebelde". E eu não tinha sacado o quanto Giovanna Grigio realmente tem um currículo invejável: "Chiquititas", "Malhação" e agora "Rebelde". Que sensacional! Definitivamente realizando o sonho de milhares de crianças e adolescentes da década de 90 e início dos anos 2000. Enfim! Eu amei as referências e tudo o mais nesse piloto, e ver a Pilar e a Celina foi demais! Também espero que seja sucesso.

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