Sítio do Picapau Amarelo (2003) – Os Bandeirantes: Parte 1



“Ouro? Aqui no Sítio?”
O “Sítio do Picapau Amarelo” está de volta, e iniciando uma nova fase na Temporada 2003 – acabaram-se as histórias curtas, e iniciamos “Os Bandeirantes”, história de Agosto/2003, que teve um total de 22 capítulos… existem dois tipos de histórias longas no “Sítio do Picapau Amarelo”: algumas desenvolvem o roteiro e os personagens, criam inusitadas situações e se mantém no ar agradando ao público e prendendo sua curiosidade. Outras são histórias fracas que se resolveriam em 5 capítulos, que são exaustivamente esticadas com situações repetitivas. Com a primeira semana de “Os Bandeirantes”, não podemos dar o seu veredito, mas é evidente que os primeiros cinco capítulos têm uma cara de introdução, e acontece muito menos do que em cinco capítulos de “Rapunzel do Sertão”, por exemplo. Mas a proposta é bacana e o elenco é bom!
Em “Os Bandeirantes”, retornamos a uma faceta educativa do “Sítio do Picapau Amarelo”. Dona Benta sempre contou histórias para seus netos, e sempre lhes ensinou muitas coisas… alguns dos livros de Monteiro Lobato são verdadeiras aulas, de geologia, de física, de aritmética… e isso foi transposto à TV em aventuras empolgantes que também são educativas. Aqui, enquanto o Rabicó está andando pela mata e encontrando uma “goiaba madura que brilha” (que, na verdade, é uma pepita de ouro – “Essa goiaba bichada tá acabando comigo! Que dorzinha de barriga, ai ai ai”), alguns bandeirantes estão armando acampamento nas redondezas e a Dona Benta está explicando para os seus netos sobre a história dos Bandeirantes, homens cruéis e duros que foram importantes para a história do Brasil, saindo de São Paulo e explorando o território…
Expandindo terras.
No elenco, temos a participação de Letícia Spiller, como Gavita, e Paulo Goulart, como Bartolomeu, o líder do grupo de bandeirantes que se aproxima do Sítio de Dona Benta. Gavita quase consegue capturar o Rabicó como caça, mas se assusta com o fato de o porco falar (!), e ele tem a chance de escapar… e correr para o Sítio dar a notícia sobre os novos “visitantes”. Em compensação, então, Gavita consegue capturar Piracema, uma índia que carrega um colar de ouro no pescoço: ela pode dizer onde encontrar mais ouro. Ainda se trata de “Sítio do Picapau Amarelo”, então ainda existe um certo alívio nas cenas, mas a verdade é que tudo é bastante cruel – a maneira como os bandeirantes tratam Piracema por causa de sua ganância perturbadora. Enquanto isso, Emília está certa de que a presença de ouro no Sítio significa uma visita dos “bandeirolas”.
Embora Visconde ache impossível… eles viveram há muitos séculos!
Piracema consegue escapar sem contar para ninguém a respeito do ouro, e ainda deixa o pequeno Bartolomeuzinho preso em seu lugar, para que ele não saia gritando e alardeando a sua fuga, mas, infelizmente, Gavita vai logo atrás dela e não demora muito para capturá-la mais uma vez. Fiquei com pena de Piracema, e morrendo de raiva dos bandeirantes, que a torturam em busca de uma resposta, mas tudo o que ela grita é “Anhanguera!”, que significa “diabo velho”. E é exatamente o que Bartolomeu Bueno é, em toda a sua maldade sem tamanho: “Se você não me disser onde ficam essas minas de ouro, eu faço chover fogo sobre a sua tribo, sobre a sua gente!” Felizmente, existe um índio em busca de Piracema, um índio de sua tribo que consegue ajudá-la a fugir novamente… mas, com os bandeirantes na mata, eles não estarão seguros em lugar nenhum.
Apenas, talvez, no Sítio de Dona Benta?
O pessoal do Sítio do Picapau Amarelo, enquanto isso, fica alvoroçado quando o Rabicó toma um remédio e cospe uma pepita de ouro – agora, vira a missão da galerinha encontrar os “bandeirolas”, e o Rabicó é o único que pode ajudá-los, levando Emília e os demais para o lugar onde ele encontrou e comeu aquela pepita de ouro. O pessoal do Sítio roda pela mata sem chegar a lugar nenhum, até que o Visconde, disposto a dar meia volta e ir para casa, esbarra em Piracema e Poti, que estão fugindo, assustados… então, todos retornam, levando os índios para a segurança da casa de Dona Benta: “Eu não sei por que ainda me espanto…” Embora Dona Benta fale que, de certo modo, tanto índios quanto bandeirantes estavam certos e foram importantes, Emília diz que, enquanto eles estiverem ali, nenhum bandeirante vai fazer mal a ninguém…
Dona Benta diz que não quer nenhum deles por perto dos bandeirantes, “eles são muito perigosos”, mas é claro que a Emília não pensa em obedecer essa ordem. Então, ela sai à mata atrás dos bandeirantes, novamente, e leva o Visconde de Sabugosa com ela… de qualquer modo, no entanto, o pessoal do Sítio estaria envolvido… Tia Nastácia convida Piracema para ir com ela lavar roupa no riacho, e elas acabam capturadas pelos bandeirantes. Emília e Visconde não conseguem impedir que ambas sejam levadas até o acampamento, mas veem a captura. Então, Emília manda o Visconde ir ao Sítio avisar as crianças sobre o que está acontecendo, enquanto ela vai sozinha até o acampamento. Então, Visconde volta para o Sítio e recruta a ajuda de Pedrinho, Narizinho e Poti… todos estão prestes a desobedecer a Dona Benta e entrar na mata, para salvar a Tia Nastácia e a Piracema.
Por fim, acompanhamos o Bartolomeuzinho se metendo em confusões na sua incessante tentativa de provar para o pai que é um bom bandeirante… ele consegue capturar o Saci, que rapidamente o convence a soltá-lo, mas o acompanha de volta ao acampamento ao notar que o garoto está perdido – a improvável amizade que surge entre os dois me faz lembrar “O Saci”, uma das primeiras histórias do programa em 2001, quando o Saci e Pedrinho viraram amigos… as cenas dos dois contam com o Saci sendo tratado como rei no acampamento dos bandeirantes, e a teimosia do Bartolomeuzinho o levando até a caverna da Cuca, que pensa em colocá-lo no caldeirão para o jantar… o menino, no entanto, não é tão bobo quanto todos pensam e, com uma sarabatana roubada, consegue colocar a Cuca para dormir e virar o “dono” da caverna, colocando o Pesadelo para trabalhar para ele
Enquanto o Saci se diverte…
“Até que eu tô gostando desse menino!”


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