Glee 5x12 – 100


Pela primeira vez em muito tempo eu gostei bastante de um episódio de Glee. Não vou dizer que não tenha me irritado com problemas graves no roteiro, mas as músicas fizeram o episódio valer a pena – tivemos algumas de minhas músicas favoritas recriadas; duas que eu adorei, o restante ficou meio fraco ou deixou a desejar por um motivo ou outro. Mas no geral foi um episódio muito bom, reunindo praticamente todo o elenco original, como se tivéssemos voltado aos velhos tempos (“velhos”, porque “bons” os de agora também podem ser!), mesmo que às vezes não faça sentido que eles estejam ali.
Afinal Rachel está estudando em período integral em NYADA, trabalhando em período integral na lanchonete (sim, também não sei como isso poderia ser possível) e ainda ensaiando como protagonista de um grande musical da Broadway. Porque o dia dela deve ter umas 48 horas ou algo assim. Mas, como Brittany bem ressalta, ela é imprudente o suficiente para, por uma semana, deixar tudo isso em Nova York e vir para a escola, para poder cantar. Porque nada em Glee parece fazer sentido mesmo, então por que é que eu vou ficar me importando? Dane-se a realidade!
Me arrepiou ter a April de volta, eu amo a Kristin Chenoweth de verdade, e fico orgulhoso por tê-la ali, me lembra primeira temporada. Holly retorna lembrando a segunda temporada, e mesmo que Gwyneth Paltrow não seja nenhuma Kristin, é bom vê-las juntas. Namoros vão se reatando, Quinn e Puck têm uma bonita cena na qual se acertam (como se isso fosse realmente dar certo – mas eu curti o beijo), Brittany agora é um gênio que só pensa em matemática, Santana é Santana em seus momentos maldosos, e Rach e Mercedes têm um terno momento no banheiro [?] e o elenco novo segue sendo totalmente ignorado. Vi um pouco de Jake, nada mais que isso.
As músicas…
Raise Your Glass não foi, nem de longe, tão boa quanto a original. E quando eu digo isso, refiro-me à versão de Blaine nos Warblers, naquela época em que ainda amávamos o personagem, e aqueles lindos da outra escola nos encantavam. Foi sim uma ótima cena pela parte de todos cantando juntos, o coro ficou um máximo, por ter a diversão, todos fofos, a sala tão cheia. Por isso, mas musicalmente a versão de Darren Criss foi bem melhor. Não tem nada a ver com a voz de Kristin, infelizmente. Saudade de quando ela cantava Alone ou Fire, ou a inesquecível A House is Not a Home.
Já para Toxic eu não esperava lá muita coisa, sabem por quê? Por causa da versão original. Esse trio é fantástico, então ver mais um pouco de Santana, Brittany e Quinn é ótimo, e a cena ficou muito linda, muito boa, elas mais lindas do que nunca com aqueles cabelos diferentes para mostrar como o tempo passou desde que a música foi feita originalmente. Mas é que se lembrarmos da original, aquilo foi uma memorável cena épica de Glee, difícil de se igualar. Legal, não tão bom.
Para Defying Gravity, eu preciso expressar a minha revolta. Tivemos um batido diva-off, então a cena não teve basicamente nenhuma novidade quanto à primeira vez em que foi feita na série. E em nenhuma das vezes ela ficou nem de longe tão boa quanto a original, de Kristin e Idina Menzel na Broadway – parece até um ultraje cantar uma versão tão simplória da grande canção com Kristin Chenoweth presente, mas tudo bem. Cadê a reinvenção? Tirando o fato de terem colocado a Mercedes, FOI A MESMA COISA. E a Rachel é a melhor nessa, sem dúvida. Mercedes não combina, e Kurt é menino.
MINHA FAVORITA NO EPISÓDIO: Valerie. Eu adorei a original, mas como foi Santana mesmo, eu estava disposto a aceitar. E ela repetiu a coreografia no começo, o que eu amei. Repetiu também o trecho da dança com Mike, mas agora a Santana interpretando a parte da Brittany, além de cantar. Não teve como não adorar. Maravilhosa demais! E eu amo a música. Foi muito bom ver a Brittany voltando a ser ela mesma indo dançar e cantar, ver as duas mais Mike e Jake dançando também, a coreografia ficou muito legal, muito legal mesmo. Sem contar que agora temos o lindo do Jake dançando, e não é sempre tão bom ver o Jake dançando?
Keep Holding On me deixou com um pé atrás, inicialmente, mas foi uma grata surpresa que, ao lado de Valerie, figura como minha favorita no episódio. Achava que a original era tão clássica a ponto de fazer parte da Mitologia de Glee, e não devia ser um solo de Puck, mas como ele cantou pra Quinn e essa música significa MUITO para ela na época da descoberta da gravidez, achei válido. Lindo o fato de ser no auditório, de estarem todos presentes, e de em parte a cena original ter sido recriada, com toda a emoção do momento – a coreografia novamente, os sorrisos, ficou muito bonito, muito bonito mesmo! E a Quinn conseguiu me emocionar, eu amo aquela música e o que ela representa na série.
Triste foi pensar em como ela já estava se esquecendo, e como com o passar dos anos todos eles se esquecerão. E saber que uma fala triste como essa não passa da pura verdade.
E a única nova do episódio, nunca interpretada antes pelo elenco (isso fez sentido?): Happy. Dois comentários: gostei de estarem todos juntos se divertindo, e… como é bom ver o Jake dançando! Quanto ao futuro do New Directions, talvez nem tudo esteja perdido como acreditei no episódio passado – April quase conseguiu reaver o auditório para o glee club, mas Sue deu seus motivos pelos quais ele seria, de fato, fechado. Mas com a chegada de Holly e um momento emocionante no auditório (que foi mais uma homenagem para Finn – quando é que eles vão parar?), as duas estão dispostas a não deixar o glee club acabar. Assim espero.

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