Glee 5x10 – Trio


O que aconteceu com Glee?
Não, sério, o que aconteceu com Glee? Eu costumava adorar a série, mas hoje… o roteiro fraco e imaturo não me deixa aproveitar nenhum momento. Os personagens me irritam, as situações são absurdas e nada parece fazer sentido algum. Antes ainda achava que as músicas valeriam a pena, mas tendo gostado apenas delas e de mais nada nesse episódio me fazem pensar se baixar o CD não é muito mais proveitoso do que perder esses preciosos 40 minutos da minha vida com tanta babaquice. Um episódio ridículo, repleto de clichês e imaturidades inaceitáveis, não sei para onde caminhamos.
Muita gente reclamou no ano passado quando a série mudou. Não quero realmente julgar essas pessoas, mas eu quero dizer: adoro mudanças, e acho que o mundo precisa delas. Se Glee ainda fosse um grupinho pequeno de losers como o era na primeira temporada, em algum momento desses mais de 4 anos teríamos nos cansado e desistido. Mudanças e pessoas novas são essenciais. Já que os ótimos novos personagens não foram aceitos pela maioria, temos aí um conjunto de coadjuvantes sem NENHUMA fala balançando no fundo de maneira humilhante, e um roteiro terrível para os demais. Esse ano, na “tentativa de arrumar”, estragaram a série de vez… sei lá o que aconteceu, mas nada mais parece se encaixar.
PIOR, muito pior do que antes.
Foi difícil curtir ou aproveitar. Não pude fazer isso. Blaine, Tina e Sam resolvem ter um tempo como formandos, com Tina chorando por qualquer coisa porque vão se separar – eu a entendo, afinal final de colegial é exatamente desse jeito, e a amizade nunca mais é a mesma, mas por favor… eu NÃO acreditei nessa amizade tão “bonita”, e não me pareceu certo deixar Artie de fora. E não, suas indiretas e suas caras fechadas não compensaram sua ausência. Nem sua participação no número final do episódio – acho que o excluíram só para o nome do episódio fazer sentido, e porque queriam que eles pulassem a janela para uma “festa do pijama” na escola. E Artie não poderia pular a janela.
E vamos combinar… festa do pijama? Quando as coisas não pareciam poder ficar mais bizarras, tivemos as despudoradas conversas sobre Sam querendo vídeos de Tina ensaboando seus peitos, e depois todos meio chapados com os remédios de Becky e Tina e Sam se entregando a uma ficada – claro que Blaine faz todo um drama, uma coisa toda. Nada importante, nada legal de se ver. E Becky teve que presenciar um dos momentos mais vergonhosos da série… o que foi Emma indo buscar Will em sua sala de aula para que eles pudessem transar na escola? Quer dizer, sério? Não me parece algo que eles fariam, nem algo apropriado…
Só não.
Nova York… outro centro de coisas ridículas acontecendo. Devo expressar meu total desagrado às histórias que ali acontecem. Além de detestar o fato de Rachel estar em Funny Girl (eu amo a Lea, mas nada é TÃO fácil assim, ela não estaria como protagonista de um show da Broadway com tamanha rapidez! Muito menos Santana), também não suporto esses draminhas infantis tão high school que tanto Rachel quanto Santana estão fazendo. Rachel já foi assim, por muito tempo, mas ela era uma adolescentezinha. A personagem que lutou a amadurecer no ano passado simplesmente regrediu, com birrinhas absurdas, expressões vergonhosas, e showzinhos que nunca deveriam acontecer.
É assim que Elliot é pego no meio dessa briga toda, e se não fosse pelas músicas, eu não sei o que seria dessa história… ainda bem que ele canta. Ah, lembrei: Rachel também “ganhou” uma banda só para ela em NYADA, para ficar na sala (na única sala que ela tem) para tocar para ela quando ela quiser cantar. Porque isso faz muito sentido. Kurt expulsa as duas da banda, Danny faz uma participação tão sem-graça que seria bem menos vergonhoso para Demi se ela simplesmente não tivesse aparecido, e Elliot tenta dar uma lição de moral nas duas, que não funciona… e elas ainda têm uma cena clichê de quase reconciliação.
Fiquei com tanto nojo que não sei explicar.
E pensar que as Nacionais vêm aí… estou temendo muito por esse episódio, e pelos rumos que a série toma com as “mudanças drásticas” prometidas. Parece que vão desandar com ela de vez. E é aquele momento em que você começa a lamentar o fato de uma sexta temporada ter sido confirmada – talvez voltem atrás e a cancelem. Isso já aconteceu antes. Seria melhor pelo bem da série. São quarenta minutos perdidos, uma sequência absurda de estupidez, e um roteiro tão frágil e imaturo que eu chego a rir para não chorar de desespero. Que isso melhore, ou que isso acabe.

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