Arrow 5x08 – Invasion! (MegaCrossover, Part 3)

“We think we’re in some kind of shared hallucination”

Comemorando 100 episódios de Arrow, nós tivemos um episódio lindíssimo que pôde trazer de volta personagens que amamos (embora quiséssemos um pouco mais de Tommy, sempre queremos mais de Tommy) em uma bonita homenagem à série, e no geral me fez lembrar dos motivos de eu gostar tanto de Arrow em seus dois primeiros anos. Adoraria que esse fosse o nível da série atualmente, mas acredito que sejam episódios esporádicos que não valem uma temporada toda. De todo modo, como segunda parte do crossover entre The Flash, Supergirl, Arrow e Legends of Tomorrow, o episódio trouxe pouco das demais séries, mas incrivelmente foi bem melhor que o episódio de The Flash que começou toda a trama. Para dizer a verdade, pareceu mesmo um episódio de ARROW com participações, além de qualquer coisa, e foi excelente. Estamos em uma espécie de Flashpoint para Arrow, ou então uma realidade imaginária criada a partir de uma alucinação compartilhada entre cinco personagens – lembrando um pouco o começo da péssima terceira temporada de Under the Dome. Ah, mas a terceira temporada de Under the Dome não foi ruim por causa disso.

Afinal de contas, EU AMO O TEMA. Os Dominators sequestraram John Diggle, Oliver Queen, Thea Queen, Ray Palmer e Sara Lance e estão, novamente, mexendo com suas mentes, dessa vez de uma forma totalmente nova, jogando-os em uma ilusão onde a vida parece quase perfeita. E os elementos apresentados são excelentes. Começa com uma corrida do Oliver (obrigado, roteiro, por encaixar uma cena do Oliver sem camisa no Episódio 100!) e sua chegada em casa para encontrar Laurel: “Dinah Laurel Lance… will you marry me?” SUA NOIVA. Além disso, a família está reunida, Oliver e Thea juntos são absolutamente fofos, Moira e Robert também estão vivos e chega a ser estranho vê-los ambos vivos e bem com os Queen, porque jamais tivemos isso em Arrow, nesses quase 5 anos. Enquanto Oliver começa a ter reflexos que não compreende (impedindo aquele negócio de ir para o chão), Laurel e Sara também compartilham momentos muito bacanas de irmãs, e é legal ver toda essa leveza das cenas.

Mesmo que seja tudo ilusório.

Foi uma maneira inteligente de trazer parte do elenco de volta, de comemorar os 100 episódios da série. Mas toda a ilusão começa a ruir depressa. Além dos reflexos surpreendentes de Oliver Queen, Sara toca um pingente de canário que Oliver deu a Laurel e flashes também lhe retornam. As coisas ficam mais sérias quando Ollie e Robert quase são assaltados, mas são salvos pelo ARROW desse universo: John Diggle. Quer dizer, só descobrimos que é John Diggle quando Oliver chega até a base, encontra uma desesperada Felicity, com novas roupas, falando sobre uma invasão. “What the hell? We have an unauthorized entry!” E enquanto parece ter sido uma visita desastre, Oliver ajudou Diggle a ter seus próprios flashes. Demais flashes são motivados pelo encontro de Sara com Ray Palmer (“Have we met before?” – AMEI AQUILO!), ou então pelas falas de Robert para o filho, quando Oliver relembra o barco, a ilha, e eu acredito que deva ser verdadeiramente angustiante perceber isso tudo.

A mentira na qual se vive.

É quase Matrix.

Okay, parei.

Enquanto parte da equipe está envolvida nessa alucinação compartilhada, como é chamada, as coisas do lado de cá acontecem paralelamente. Foi bom, para mim que não está vendo essa última temporada de Arrow, perceber algumas mudanças. Curtis trabalhando com Felicity, os novos personagens na forma de Rory Regan e Rene Ramirez – Rory realmente me instigou. E eles tentam descobrir onde estão o pessoal abduzido – “I’m gonna hack alien tech. This is literally the best day of my life!” Tivemos pouquíssimo de Flash e Supergirl, principalmente na sua interação com Rene, que rapidamente passou a aceitar metas e aliens. Mas o importante estava acontecendo DENTRO da alucinação – e estava lindo. Tem Malcolm Merlyn, tem citação a Tommy. Tem o Ray Palmer noivo de Felicity Smoak. Tem o Deathstroke lutando contra Diggle e Oliver e a chegada estonteante de Sara, lutando bravamente em seu vestido de dama de honra, sem entender nada. Comentários irônicos como “You’re lucky I’m not a trained assassin or anything”, de Sara para Oliver. E então a fantasia toda se desintegra e eles precisam voltar embora.

Apenas precisam entender como.

Nesse sentido, temos um último empecilho, que é o fato de a Thea não querer ir embora – mas eu juro que a compreendi. Realmente parecia um mundo preferível ao mundo no qual eles viviam de verdade, onde eles eram felizes, onde as pessoas que amavam estavam vivas, e parecia real. Mas ela resolveu ajudar sua nova família e voltar embora, de todo modo. Assim, a grande sequência de ação do episódio foi quase exclusivamente de Arrow (lembrando que Sara e Ray, membros de Legends, saíram de Arrow!), com o retorno de vários vilões de diferentes temporadas, todos lutando contra os heróis e formando uma barreira que os impedia de chegar ao prédio da SMOAK TECHNOLOGIES e retornar para a nave. Antes de passar pelo portal, Oliver tem um encontro quase Relíquias da Morte com pessoas que o amam e que não estão mais ali – incluindo Tommy e Roy. Para finalizar o episódio, com todos saídos da alucinação mas presos em uma nave alienígena no espaço, a melhor maneira de salvá-los é uma só: A NAVE DE LEGENDS OF TOMORROW.

Com o lindo do Nate Heywood que quase dá vontade de ver a série.

Quase.

Para o episódio de Supergirl no crossover, clique aqui.

Para The Flash, clique aqui.