The Flash 3x02 – Paradox

“I really screwed up, Felicity, and this time I don’t know if I can fix it”

Os sentimentos estavam à flor da pele, mas eu devo dizer que eu fiquei ainda muito mais animado com a temporada depois desse episódio. Acontece que, na estreia, eu lamentei um pouco que o Barry Allen se desse conta de que mexer com a linha do tempo era tão perigoso de forma tão rápida. Então ele voltou no tempo e permitiu que o Flash Reverso matasse sua mãe, na esperança de que tudo voltasse ao normal. Mas não foi bem o que aconteceu e, dessa vez, não há mais nada que possa ser feito. Barry Allen mexeu com a linha temporal, definitivamente. Eu acho que vai ser uma temporada perfeitamente interessante tentando descobrir as semelhanças e diferenças dessa realidade na qual nos encontramos com aquela que costumávamos conhecer nas duas primeiras temporadas, é uma brincadeira legal com todo o Universo, e uma possibilidade assombrosa e perturbadora da viagem no tempo, conforme o Flash explica para Barry em 1998, com o exemplo da xícara. Não importa que ele volte e tente consertar o que fez, a linha temporal nunca poderá voltar a ser exatamente a mesma.

Tipo Efeito Borboleta.

Então Barry precisa aceitar…

Precisa aceitar um mundo que ele não é, ainda, capaz de compreender por completo. Por exemplo, ele não entende porque os ânimos ficam tão agitados quando ele não entende porque Joe e Iris West não estão se falando, e mesmo quando ele tenta extrair essa informação, normalmente é sem sucesso. Achei fraco ser só o motivo de o Joe não ter contado a ela que a mãe dela estava viva (isso também aconteceu na linha do tempo original). As dúvidas de Barry o levam até Felicity Smoak (de Arrow), e por isso temos um episódio que é quase inteiramente narrado por ele, enquanto vemos as cenas. E eu adoro a química de Barry e Felicity, sério. E a mudança que mais me magoou não teve relação nenhuma com a família West, nem com o novo personagem, que eu acho que pode dar um movimento legal à série. Não, foi com Cisco Ramon. Foi difícil assistir enquanto o Barry chegava ao STAR Labs todo leve e divertido, achando que tudo estava como antes, querendo que Cisco desse um nome ao vilão que ele acabou de prender…

…mas o Cisco não estava nada bem.

“You know, Barry, sometimes your jokes just aren’t very funny”

Me doeu bastante ver toda a trajetória e a transformação de Cisco, assustadoramente chateado com o Barry. A amizade dos dois costumava ser tão forte e tão verdadeira que aquilo me doeu de verdade. Cada vez que ele olhava para o Bar cheio de mágoa, que era grosso, que não se envolvia… foi quando o Cisco estava no Grupo de Apoio e o Barry foi até ele que descobrimos o motivo: Dante morreu e o Cisco culpa o Barry por não aceitar voltar no tempo e corrigir isso. É angustiante. Cada “Oh, I see. Now you wanna be there for me” sarcástico e torturante. Eu só posso dizer que isso tudo me machucou profundamente, e eu lamentei quando Barry contou toda a verdade, porque aquilo ia dificultar ainda mais as coisas entre ele e Cisco (“So you think it’s okay to change things when someone of your family dies, but when it’s someone in my family…”), mas foi um alívio perfeitamente verdadeiro quando Cisco colocou as luvas de seu traje, salvou o Barry do Rival e ainda disse: “Stay away from my friend”.

Ufa, CISCO IS BACK. Ele até nomeou o DOCTOR ALCHEMY.

Pude respirar aliviado, finalmente.

E Barry continua contando a Felicity suas impressões e seus desesperos, o episódio é inteiramente sobre Barry aceitar que fez burrada e não tem o que fazer. Gostei de como eles falaram de Iris – “Well, you kissed Iris” “Well, not anymore. I’ve kissed Iris twice and I’ve managed to erase both times from existence” “Man, I hate it when that happens”. E as mudanças em Arrow são sugeridas quando o filho de John é um menino, não mais a Sara. Porque a Sara não morreu. “You are Barry Allen. And sweet, loving kind Barry Allen that everybody likes, the Barry Allen who’s just like pudding, can fix this. So go and fix this. Now!” Mas Barry Allen entende que o processo é gradual, que aos poucos ele vai adequar aquele mundo ao dele, o máximo que conseguir. Não vai ser forçando jantares como aquele em que a tensão era tão palpável que era constrangedora. Ah, e ele vai ter que se adaptar a Julian Albert (interpretado por Tom Felton), um novo cara com quem ele trabalha há um ano e o detesta… o destesta porque ele não confia nele.

“I don’t trust you. And I don’t like things I don’t trust”

Foi uma boa participação do “pai” de Barry (entendo que não é o pai, veja bem), tentando ajudá-lo a entender o Efeito Borboleta e como ele não pode ficar voltando no tempo eternamente, brincando de Deus, porque ele não tem todo o poder que acha que tem, e não pode simplesmente corrigir tudo. O mesmo dilema que Evan precisou entender e aceitar. Central City, 1998. E a escolha é clara: continuamente tentar voltar no tempo e corrigir seus erros ou aceitá-los e seguir em frente? Bastante filosófico. Assim, Barry segue em frente, e The Flash jamais será a mesma. “I need to tell you all something. The truth”. Então ele conta tudo para a equipe da STAR Labs. Tudo. E lamenta, e pede desculpas, e chora e parte o nosso coração. “Bar, that’s a lot to take in”. E todos decidem NÃO saber como eram suas outras vidas. E quando a equipe pensa no que Barry fez, é Iris quem ajuda todos a aceitarem o erro de Barry, um erro humano, e tudo volta quase ao normal. Quase. Sobre a temporada, teremos vilões que não vieram da explosão do Acelerador de Partículas, mas vilões que têm seus poderes do Flashpoint devolvidos por Doctor Alchemy.

E Barry achando que Caitlin está bem, não foi afetada?

Uhm, Killer Frost está NA TERRA-1 AGORA. Wow, isso promete!

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