The Flash 3x01 – Flashpoint

“Now who’s the villain, Flash? Who’s the villain?”

Bem, aqui estamos, finalmente o Flashpoint. Depois de terminarmos a segunda temporada com o Barry Allen fazendo lá as suas confusões com a linha temporal e estragando tudo, nós estávamos curiosos para saber como isso se refletiria na terceira temporada da série e até onde chegaríamos. Eu estava ansioso por Flashpoint. Infelizmente parece que as coisas passaram depressa (trocadilho não-intencional) e isso me faz temer o que ainda veremos no restante da temporada, mas eu fico tranquilo pelo final. Eu fico tranquilo por ver que ainda temos reverberações vindas de tudo o que aconteceu, e que o fato de o Barry ter usado a ajuda de Eobard Thawne para tentar devolver o eixo da História de volta aos trilhos, ainda não vai simplesmente tudo voltar ao normal e pronto. Curioso para retornar no próximo episódio ao que deve ser a “linha temporal oficial” da temporada e perceber que nem tudo está como nós estávamos acostumados, mesmo que já esteja no momento de tudo estar. A que extensão ainda chegaremos?

No início do episódio, Barry Allen está em uma linha do tempo paralela que ele criou ao voltar para o passado e impedir que o Flash Reverso matasse sua mãe. E aparentemente tudo está muito bem. Quer dizer, ele tem de volta tudo o que ele perdeu por causa do Flash Reverso ou por causa do Zoom. Ele tem os pais ao lado dele. Ele tem até outro Flash andando pela cidade e fazendo seu trabalho, para que ele não precise fazê-lo. E ele finalmente teve a coragem de chamar Iris West para sair e recebeu um sim. Aparentemente tudo está muito bem. Maravilhosamente bem. Até eu mesmo estava muito empolgado com tudo o que eu estava vendo, era bom dar uma cara nova à série, perceber novas interações, novas ideias, novas possibilidades. Me diverti com tudo isso. E até mesmo o relacionamento de Barry e Iris, o qual nunca me interessou de verdade na série, me parece legal. Quer dizer, aquele “Barry Allen, you’re very cute, you know that?” não podia ser mais verdadeiro. Quer dizer, ele É MESMO um tremendo dum fofo, e ele chamando ela para sair foi um amorzinho.

Como queríamos um Barry Allen em nossas vidas.

Ou um Grant Gustin.

Mas é bastante estranho, desde o começo, ver que o Barry não tem relação nenhuma com os West, porque nega a base sobre a qual The Flash foi construída nos dois últimos anos. E Eobard Thawne, preso no presente por Barry, parece o único capaz de entender toda a dimensão do problema e colocar isso em palavras simples: “This isn’t your home, Barry, this is a mirage. A fiction that will end us both”. E embora o Barry esteja feliz nessa nova realidade, esteja aproveitando e se recusando a entender o que o Eobard quer dizer sobre o inimigo em comum deles, tudo é muito real. “Yeah, one day soon, Barry, you’ll be begging to kill her again”. É forte, mas é angustiantemente verdade. Mas o Barry tenta, tenta tornar tudo aquilo em verdade. Tenta ajudar o Joe West indo buscá-lo em casa e o levando para o trabalho, mesmo que ele esteja atrasado e de ressaca. Ele sai com Iris (e ele estava extremamente gato naquele encontro!), mas então tudo vai ficando lentamente mais sério. Iris West sai no começo do encontro porque o “Kid Flash” está lutando contra o “Rival”.

E Barry começa a perder suas memórias.

A cada momento, novas coisas passam depressa pela mente de Barry Allen e são brutalmente destruídas. Apagadas. Levadas embora. Então ele precisa fazer alguma coisa. É mais ou menos assim que ele descobre a identidade do Kid Flash (Wally West) e se une a ele e Iris na missão contra o Rival (“That’s why you asked me out, because my brother is The Flash?”). Eu gostei bastante de como Wally West explicou ao Barry sobre como se tornou o Flash – você sabe, as corridas ilegais de carro, o composto químico que usou no motor para aumentar a velocidade, a corrida na tempestade, o raio que o atingiu e o coma de 9 meses. Eu já queria uma versão da abertura com o Kid Flash, só para ver como ficaria! “And when I woke up, I was the fastest man alive. The Flash”. E Barry parece quando foi para a Terra-2 com o Cisco na segunda temporada, turistando e tirando foto. Quer dizer, ele estava obcecado e encantado por tudo. Como aquela versão de Cisco Ramon que era rico e não fazia parte da equipe do Flash…

“There is only one man who can help us now: Cisco Ramon”

Não existe, nessa linha temporal, STAR Labs, mas sim a RAMON Industries. O “Sr. Ramon” naquelas roupas e aquele cabelo lambido… não tem como não amar o Cisco, em qualquer versão. Mas foi extremamente triste quando Barry tenta convencer o Sr. Ramon a ajudar (“I have a feeling we would work pretty well together, as partners”) e vê suas memórias com o amigo se esvaindo também. Barry está se esquecendo de tudo, até o dia em que se esqueceria que era o Flash e então o tempo se assentaria e não haveria mais volta. Aquela realidade se sobreporia à outra. É tenso, é rápido, tudo passa às vezes depressa demais. Barry se revelando o Flash, tentando explicar o Flashpoint, rapidamente conseguindo que a Iris acreditasse nele, trazendo a Dra. Caitlin Snow para a RAMON Industries (não uma cientista, uma oftalmologista de crianças!), lutando com a ajuda de Wally West contra o Rival, ganhando o apoio de Joe… teve até um lance MUITO parecido com o Piloto e o comentário do Cisco: “This guy is like a Weather Wizard or something”.

Foi uma jogada bacana, de referência/releitura ao Piloto.

E então, quando tudo vai desandando brutalmente, Barry Allen se dá conta do que ele precisa fazer: ele precisa devolver o tempo ao seu lugar correto. E para isso ele precisa pedir que Eobard Thawne, o Flash Reverso, mate a sua mãe. “I wanna hear you say it”. Foi triste quando o Barry foi se despedir dos pais (embora ter passado três meses ao lado deles muda as coisas para ele, foi uma despedida bonita) e quando nós revisitamos a cena no passado. Barry achando que tudo deu certo, que ele salvou a mãe, e desaparecendo dando lugar para o Flash Reverso matá-la, enquanto é levado de volta para sua linha do tempo, onde Joe e Wally West estão tomando uma cerveja, ele acabou de perder o pai… mas as coisas não voltaram completamente ao normal de forma tão simples e tão rápida. Talvez nunca voltem. O fato de Barry Allen ter alterado a história vai deixar cicatrizes de toda maneira, só não sabemos quão profundas elas serão. Temos que esperar pelos próximos episódios para entendermos a extensão das mudanças.

Mas, em primeiro lugar: Joe West e Iris West não se falam.

“Oh, God, what did I do?”

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