“A 5ª Onda” Parte II – O País das Maravilhas


Benjamin Thomas Parish.
Eu estava lendo essa segunda parte de A 5ª Onda, de Rick Yancey e estava começando a me sentir incomodado pelo fato de não termos um nome de fato para o personagem que estávamos acompanhando… também pudera, ainda bem que decidiram fazer assim! Depois de mais de 20 páginas o conhecendo (incrível como, num fim do mundo, fica tão mais simples conhecer as pessoas “de verdade”), temos a grata surpresa e estupefação de descobrir quem ele é na realidade! Eu achei fascinante…
Quando comecei a ler O País das Maravilhas, eu fiquei já bastante surpreso por ver que não estávamos mais acompanhando Cassie, e a narrativa continuou de maneira inteligente, acontecendo ao mesmo tempo que a da garota, mas dando uma outra visão a tudo. É assim que vemos novamente os ônibus escolares amarelos repletos de crianças e a figura de Vosch, mas não é como estávamos vendo com Cassie… na verdade nada mais é do que estávamos vendo com Cassie, afinal eles estão com uma visão muito mais ampla de o que e como foi a 4ª Onda.
Começamos com Ben definhando graças à Morte Vermelha – um garoto de 17 anos infestado pelo vírus que matou 97% da população, prestes a morrer. É interessante termos uma visão de alguém contaminado, agindo como um zumbi, totalmente sem forças, muito vermelho por todo lado e alguns princípios de alucinação que também são incríveis de conhecer. Diferentemente de Cassie, ele ainda tem um amigo “humano”, Chris e conhecemos Wright-Patterson, aquela colônia “segura” a qual fomos brevemente apresentados na primeira parte do livro.
E é basicamente uma base militar muito evoluída para os tempos distópicos nos quais estamos vivendo. Ben é resgatado por soldados jovens que comentam algo como “Entendemos tudo errado… eles já estão aqui… eles estão dentro de nós!” – e ele é levado para um “lugar melhor” onde é tratado, com poucas chances de sobreviver, mas sobrevive… comentamos sobre os infestados o tempo todo e temos revelações estranhas que nos colocam a par dos humanos que na verdade não são humanos – é incrível ver os Outros dentro do cérebro da pessoa, o comandando desde sempre, e entender um pouco mais de como os planos funcionaram…
A base não tão secreta se prepara para a guerra, e prepara Benjamin para a guerra também, mas eu quero saber como é ter um Outro dentro de você (começo a achar que Cassie pode ser uma dessas) e como será a guerra nessas condições. O livro começa a se organizar, as coisas crescem, mas o mais palpável é o desejo pela morte; confiar ou não confiar em Vosch? E não é que, talvez, até faça sentido esse “seqüestro” das crianças? Amei a mudança de foco, o fato de Cassie e Benjamin estarem no mesmo momento da história com informações diferentes, e porque as histórias começam a se ligar… curioso pela curtíssima parte III.

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