Zoey’s Extraordinary Playlist 2x06 – Zoey’s Extraordinary Reckoning

Simon e Tobin!

QUE EPISÓDIO INCRÍVEL! E eu estou muito feliz por Simon vir à frente assumindo um protagonismo próprio que não tem a ver com nenhum envolvimento romântico com Zoey – é esse personagem que eu quero ver em “Zoey’s Extraordinary Playlist”. No fim do episódio passado, Simon fez uma declaração a respeito de uma falha que um dos equipamentos da SPRQ Point estava apresentando, e tirando do peito aquilo que estava entalado, expondo o racismo estrutural da empresa… foi corajoso e necessário, e esse sexto episódio traz todas as reverberações desse depoimento, em um episódio muito bem-escrito que levantou uma questão importantíssima, nos fazendo pensar… assim como tudo o que estava acontecendo fez a Zoey pensar. Gostei das músicas, e eu adorei um destaque para Tobin, porque eu acho que ele é um personagem que tem muito mais a oferecer!

Depois de Simon falar abertamente a respeito de como o aplicativo “não reconhece pessoas de cor porque a SPRQ Point não reconhece essas pessoas”, Zoey ficou preocupada com a maneira como o amigo está se sentindo e quis fazer algo a respeito… da maneira mais equivocada possível. É interessante que a série traga toda aquela sequência desconfortável em que a Zoey prepara uma roda de conversa ou algo assim, evidenciando a maneira como, sendo uma mulher branca, Zoey nunca precisou pensar a respeito do racismo – por isso, quando precisa fazer algo, na posição de chefe, ela não tem ideia de como se portar. A cena é repleta de momentos angustiantes em que pessoas brancas falam coisas totalmente sem sentido, e a coroação da cena é ao som de “Black Man in a White World”, cantada por Simon, mas acompanhado de outras pessoas negras da empresa.

As coisas pioram consideravelmente com a maneira como Danny Michael Davis lida com toda a situação – afinal de contas, ele acha que é o suficiente fazer algumas doações (apesar de que Max e Mo aproveitam essa culpa para conseguir o dinheiro que precisam para a inauguração do seu novo restaurante sem comida), e ainda vem uma decisão de cima pedindo que Simon se retrate e diga que o que ele disse naquela entrevista é uma opinião pessoal e não reflete o sentimento das pessoas da SPRQ Point… é profundamente triste que Zoey não se veja na posição de fazer qualquer outra coisa a não ser passar isso a Simon (ela até pede a ajuda de Mo, que lhe dá um tapa na cara metafórico que eu amei, e ainda canta “No More Drama”), mas eu gosto de como ela é constantemente acordada ao longo do episódio… ela se diz apenas a “mensageira”, mas não é o papel que está desempenhando.

E, como Simon diz, se ela veio lhe pedir que ele faça essa retratação, ela é parte do problema.

Simon não pensa em fazê-lo… ele não se arrepende de nada do que disse, e tem medo das represálias caso não o faça, então decide que a sua melhor opção é pedir demissão. Em paralelo, temos uma sequência incrível enquanto Max está na SPQR Point pedindo ajuda dos seus antigos colegas de trabalho para resolver um problema no aplicativo do restaurante, e então Tobin dá alguma ideia que pode solucionar o problema, no meio de um monte de piadas e seu sorrisão no rosto – um sorriso que não é sempre sincero. Eu ADOREI ver o Tobin ter uma música, e “The Tracks of My Tears” foi simplesmente perfeita… ali, Tobin mostra como ele se esconde atrás de suas piadas e ninguém percebe como ele de fato está se sentindo. Kapil Talwalkar estava incrível (eu o acho tão lindo!!!), e ele arrebentou com toda uma carga emotiva quando Zoey o chama pra conversar…

Inicialmente, Tobin tenta esconder como realmente está se sentindo, mas então ele fala do racismo que ele também enfrenta por ser indiano, fala de como as pessoas o tratam quando o veem, ou quando percebem que ele não tem sotaque… é um momento doloroso e poderoso. Zoey, então, o aconselha a falar sobre isso, para apoiar o Simon e mostrar que ele não é o único que se sente assim, e ele diz que não o fará – mas acaba fazendo. É lindo ver o Tobin se posicionar, ver que o seu depoimento traz um monte de compartilhamento de histórias de outras pessoas que trabalham na SPRQ Point, não apenas naquele escritório, e como isso faz com que toda a história mude de figura… Simon não precisa mais pedir demissão e, graças ao seu posicionamento e à ajuda de Tobin, ele pode começar a fazer a diferença. É um longo processo, mas é sensacional que um primeiro passo tão importante tenha sido dado.

“Tightrope” no final, com Simon, Mo e Tatiana foi incrível!

 

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