Cidade Invisível 1x03 – Eles Estão Entre Nós

“Eles estão entre nós, Eric. Desde que o homem é homem”

MEU EPISÓDIO FAVORITO ATÉ AQUI! “Cidade Invisível” tem uma atmosfera incrível e bem construída, além de personagens do nosso querido folclore brasileiro caminhando entre nós – a ideia da série não só é muito boa, como também foi muito bem executada, e eu estou apaixonado, um pouquinho mais a cada episódio. Eric estava incrível nesse episódio! No fim do episódio anterior, Eric foi atraído pelo canto da Iara, ou da Camila, e nos perguntamos o que aconteceria com ele… no início desse episódio, no entanto, o vemos sendo devolvido à margem pelo mar, vivo, enquanto Camila parece ter desaparecido. Quando ela finalmente aparece, ela diz a Inês que não acha que ele tem algo a ver com a morte de Manaus, mas não é isso o que importa de fato agora: o que importa é que, por mais que tenha tentado, Camila não conseguiu matar Eric.

E se ele é imune aos encantos da sereia, existe algo de muito especial nele…

Gosto demais desse tom de mistério, e estou ansioso para saber aonde isso nos levará, além de como isso tudo está interligado com toda a trama da floresta – Eric e Márcia fazem de tudo para avançar na investigação, e conseguem interrogar Inês sobre a morte de Manaus (o que deixa Márcia incomodada, porque Inês parece falar com muita certeza quando diz que Márcia não vê a mãe há muito tempo, e não entende como ela pode saber disso), mas, eventualmente, acabam afastados do caso por causa de um laudo da morte dos peixes do lago e a suposta confirmação de que a construtora não tem nada a ver com isso… então, a comunidade continua em uma eterna discussão a respeito de vender ou não suas terras para a construtora, e o Ivo é, possivelmente, o personagem mais irritante nisso tudo… muito orgulho do seu pai e da sua noiva, que são contra a venda.

Enquanto a comunidade está fazendo uma reunião sobre isso, Eric se aproxima para falar com Ciço, porque ele continua em busca de respostas, e ele sabe que Ciço pode ter algumas delas – ele só não sabe se ele vai compartilhá-las. O que Ciço diz tem a ver com as criaturas do folclore que Eric ainda não entende por completo: “Ciço, eu vi um boto virar homem e uma sereia tentou me afogar. Eu sei que isso está ligado com a morte da Gabriela, eu preciso que você me ajude”. É Ciço quem conta a Eric que “eles estão entre nós”, e agora isso está martelando dentro da cabeça de Eric… em paralelo, acompanhamos um pouco da Luna, a filha de Eric, que parece mais transtornada que nunca, e é chamada a atenção de Eric para o fato de que sua filha precisa dele ali naquele momento, e ele nunca está presente, porque está envolvido demais no trabalho e em investigações que “já não importam”.

[Embora importem]

Uma das minhas cenas favoritas do episódio é quando Eric se encontra com Camila e podemos explorar um pouco da HISTÓRIA DA IARA. A cena evoca a primeira cena do episódio, que era um flashback da época em que Camila ainda era humana, e rápidos flashes ajudam a compor a breve e interessante narrativa de Camila, de como aquele que ela amava o matou e a jogou no mar, e quando o mar lhe devolveu a vida, tornando-a a Mãe d’Água, ela passou a ir atrás dos homens para matá-los – essa é a sua maldição. No outro dia, Camila tentou matar Eric de fato, por ordem de Inês, mas ele sobreviveu… ele é o único homem a sobreviver à sua maldição até o momento. Agora, Camila quer ajudá-lo de alguma maneira, e o aconselha a ficar longe da Inês – afinal de contas, Inês quer matá-lo de qualquer maneira, mas Camila acredita que ele é inocente da morte de Manaus.

Então, Camila lhe dá o seu endereço para que Eric não precise ir até o bar de Inês naquela noite, mas sabendo que Inês não vai cumprir com o combinado de levar Eric até ela, Inês tem um segundo plano em mente, e manda Tutu sequestrar Camila para que ela possa atrair Eric até o bar – e é certeiro. Ele acaba chegando lá em busca da misteriosa sereia. E é então que ele cai em uma armadilha da Cuca e temos uma das melhores cenas da série até aqui (“Você pode até sair daqui, Eric. Mas não vai sair da sua cabeça”). Toda a sequência é incrível, tanto visualmente (a borboleta cobrindo os olhos fechados de Eric!) quanto no que ela representa para a narrativa: em algum momento inquieto de sua infância, Eric foi levado a um benzedor que “fechou seu corpo e sua mente” para as coisas que o atormentavam: para a cidade invisível povoada de criaturas mágicas.

Agora, talvez essa porta tenha sido aberta. O “confronto” de Eric e Inês no final é PERFEITO!

Curioso pelo que vem a seguir!

 

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