The Flash 3x05 – Monster

“Murder on the Titanic! Who did it? Who cares? We’re drowning!”

O último episódio de The Flash nos mostrou um pouco mais do estilo dessa temporada até então: eles estão nos provocando. Porque a minha impressão é de que ainda não sabemos exatamente para onde estamos caminhando. Quer dizer, temos uma realidade alternativa resultado das alterações de Flashpoint e um vilão, o Doctor Alchemy, que está devolvendo poderes a meta-humanos, certo, mas qual é o propósito da temporada? Acho que em parte é o próprio desenvolvimento de personagens da equipe, como a Caitlin Snow assumindo a sua identidade como Killer Frost ao passo que sua transformação se torna, a cada semana, mais irreversível, e o Wally West, que deve procurar o Doutor Alquemia no próximo episódio, então não sei exatamente qual vai ser a proposta dali em diante. Trazer o Kid Flash de volta para ajudar semanalmente, ou transformar Wally West em uma espécie de controverso vilão? Por enquanto, eu devo dizer que independente das suspeitas sobre Julian Albert, eu gostei do personagem mais do que nunca e foi bacana vê-lo ter algum desenvolvimento com Barry Allen, que pareceu uma coisa meio Draco Malfoy e Harry Potter.

Grande parte do episódio girou em torno do novo Harrison Wells, da Terra-19, que quer ser chamado de HR Wells, em uma clara referência ao grande escritor de ficção científica, H. G. Wells. No começo, eu estava disposto a ver como seria. Um novo Harrison/Harry/HR divertido, mas eu não sei se gosto do personagem. Claro, alguns comentários dele sobre a Terra-19 são hilários, como a questão do café que foi destruído por fuligem ou o clássico de Hitchcock, sobre um assassinato no Titanic. Mas ficou evidente, muito cedo, que ele estava escondendo alguma coisa, a partir das gravações que diziam que ninguém parecia se perguntar qual era o motivo de ele estar ali. Depois as coisas foram se desvelando. Descobrimos que HR Wells não era quem dizia ser. “I’m writing a novel. ‘The Tales of HR Wells’. Catchy, I know”. Um novelista e cientista? Não, apenas um novelista mesmo. Não temos um Harry inteligente e importante para a equipe como o Harry da Terra-2, mas um falsificado que não é cientista e gosta de se gabar apenas por dar ideias, mas que ele não torna possível. Vai ficar por umas semanas, talvez retorne para a Terra-19.

Nós já estamos querendo o Harry da Terra-2 de volta.

Mas será que HR ainda está escondendo MAIS alguma coisa?!

Enquanto a equipe tenta se acostumar com o novo HR, Caitlin Snow vai atrás de sua mãe, a Dra. Tannhauser, em busca de ajuda por causa de seu poder crescente. “I’m terrified of what I’m becoming”. E com ela nós temos algumas das cenas mais desconcertantes e importantes do episódio. Por vários momentos eu fiquei me perguntando qual era a relação real entre mãe e filha ali, porque era evidente que não existia amor ou cumplicidade latente entre elas. A Dra. Tannhauser sempre foi muito ausente da vida de Caitlin, e ela só está lá agora porque está buscando ajuda. Mas o quanto a mãe está realmente disposta a ajudar? Você sabe aquele personagem que não te transmite confiança e que parece o tempo todo que está planejando mais alguma coisa, então você fica com um pé atrás. Ou os dois. Mas foi forte e impactante ver Killer Frost se formando, especialmente quando aquele cara tenta prender Caitlin e ela ataca (em legítima defesa e com toda a razão), com brilho nos olhos e mudança na voz. Cada vez mais distante de Caitlin Snow e mais perto de Killer Frost. Ela está se transformando definitivamente.

E é eletrizante!

Aquela cena final do computador congelado!

No caso da semana, acompanhamos um monstro que ataca Central City, por mais bizarro que isso possa parecer. É um caso fraco com uma resolução sem grandes surpresas, mas acho que o grande poder do caso foi trazer uma narrativa para Barry Allen e Julian Albert.               Porque o Julian era o próprio Draco Malfoy, as implicâncias e as brigas dele e de Barry eram quase reconfortantes, e depois daquela cena em que Julian tira a arma contra o “monstro” atacando a cidade, Julian começa a se abrir. Ele fala sobre como não gosta de meta-humanos, nem mesmo do Flash, que deixou a polícia letárgica. “That’s it? You’re mad at them because you weren’t chosen?” É uma simples questão de inveja, um desejo de ter sido escolhido para ajudar as pessoas. E quando o Flash impede Julian de matar um garoto, que projetava o holograma do “monstro”, Julian não pode deixar de agradecer. “Hey, Flash. Thank you”. E já teria sido fofo, mas a cena final dos dois ainda foi mais linda! Há lágrima, sentimento, coração, e eu acho que Barry e Julian estão muito próximos de se conectar, de quem sabe até forjar uma amizade, e eu gostei dessa chance que eles estão se dando!

“I was really wrong about the Flash, so I can be wrong about you too”

“Julian! You wanna get a drink?”

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