Quarto Capítulo de “Carinha de Anjo” (2016)


“Prometeu, mas ainda não chegou… que adianta?”
A Dulce Maria é mesmo adorável, não é? Ah, Gustavo, nem vem com reclamações sobre ela ser mal criada nem nada disso, porque ela só está fazendo o que tem que fazer, e é você quem não está sabendo ler os sinais. Ainda bem que, apesar do pai que tem (que não sabe lidar com a situação nem interpretar os sentimentos da filha), a Dulce Maria tem a adorável Irmã Cecília, além do Padre Gabriel e da Tia Perucas, que também sabem o que estão fazendo! Chegamos àquela parte da história em que a Dulce Maria estraga o jantar na casa do pai com a Nicole, por sugestão da Irmã Fabiana, mas como tudo acaba vindo à tona, Gustavo só ouve a parte de “uma Irmã”, e pensa que se trata da Irmã Cecília… a recriação das cenas clássicas de forma inteligente e nostálgica em paralelo a uma boa construção dos novos personagens (quer dizer, a participação de Juju Almeida, Rosana e Emílio estava fenomenal em todo o caso!), além daquele belíssimo coral emocionante que nos levou de volta a Lindo Balão Azul.
Enquanto na escola a Irmã Cecília chama a atenção da Irmã Fabiana (ela é terrível e eu adoro isso!) por ter dado esses conselhos para a Dulce Maria, a Dulce está cuidando do Frederico, o porquinho da índia do Emílio, se preparando para colocar o plano em ação. Mas antes, ela tem que estar na frente da Nicole e fazer cena. E QUE CENA! Porque a Dulce Maria estava simplesmente INCRÍVEL. Com toda a dor e rancor que está sentindo, ela colocou isso pra fora através de comentários provocantes e bem pensados, especialmente formulados para estragar completamente a noite da Nicole. E isso não podia ser nada menos que lindo! Adoro a destreza com que Lorena Queiroz conduz a personagem por momentos difíceis como esse, ao expressar esse sentimento tão bem, na fisionomia, porque não se trata apenas de falar o texto, que por si só está excelente. Trata-se, sim, de expressar seu descontentamento por completo.
E ela faz isso muito bem!
Astuta, ela começa com um “Até agora estava bem”… e dali caminha.
A noite não poderia ter sido mais perfeita! Ela está visivelmente incomodada com toda a situação, não gosta de nada disso, e ela provoca. Diz coisas como “Mas nessa você não vai entrar, é só pra papais e mamães” em resposta ao comentário de Nicole que diz gostar de festas… quase APLAUDI nesse momento! Mas as respostas foram, em geral, uma melhor do que a outra. Tudo na ponta da língua, garota esperta, determinada. O sorrisinho de satisfação da Tia Perucas, falhando em escondê-lo… é tão relacionável! Adoro o desafio no olhar da Dulce Maria, a carinha de quem está brava! E a inteligência claro… porque quando Tia Perucas interrompe um discurso, ela retorna a ele: “A visita mais velha ia falar futuro o quê?”, mas isso infelizmente só enfatiza como a Dulce Maria, inteligente como é, sofre com isso tudo. Por isso ela insiste (e faz isso conscientemente) em falar da mãe, sobre como ela é melhor, como cozinhava bem… ela é “doce e carinhosa” com quem merece!
Não com quem está tentando roubar o seu papai, que passou 2 ANOS FORA!
“Se não gosta, deixa. Sobra mais!”
Todo o atrevimento à parte, chegou a hora do PLANO. Muito obrigado Irmã Fabiana. Muito obrigado Emílio. “Frederico! Cadê você? Tem visita lá embaixo pra assustar!” – que coisinha mais fofa. E um pouco dissimulada! “Tá bom, titia. Vou dormir mesmo. Estou com muito sono”, fora a parte depois em que finge que estava dormindo durante toda a bagunça. Dulce Maria já me CONQUISTOU, é uma garotinha fofíssima, adorei ela colocando o rato… adorei os gritos das mulheres subindo em cima do sofá (detalhe para o divertimento que é a Tia Perucas jogando almofada no “rato”), enquanto a Dulce Maria ri, divertindo-se. E ela garante à mamãe: “Visitas femininas nunca mais vão aparecer aqui, mamãe”. Ah, e claro, a Rosana Almeida PERFEITA! Bem, tem a Juju Almeida e o Emílio brigando por causa do Fred, que eu já amei, mas e o castigo? E A ROSANA ANDANDO PELA CASA COM O ROTEADOR PENDURADO NO PESCOÇO? Nada melhor! E quando os três correm para a cobertura por causa dos gritos eu sabia que ia ter que ter alguma coisa muito boa vindo disso tudo, e eu estou contente DEMAIS com o acréscimo que a Rosana significa na trama.
Porque ela diz coisas como “A filha mimada aqui, o palmito? Conheço!” (que eu amei), e ela ainda é uma força extra que dá uma ajudinha para estragar o jantar, além de deixar na cara que conhece a família e eles não são coisa boa. [Foi, inclusive, muito fofa a defesa que ela fez a Dulce Maria, dizendo que criança é assim, apronta mesmo] Inclusive já entrou o Flávio pra ajudar a desandar de vez essa família. E eu adoro a Tia Perucas e o Padre Gabriel entendendo a Dulce Maria e se dispondo a conversar com Rosana porque “ela sabe algo”. Falando em “entender” a Dulce Maria, é algo que o Gustavo NÃO sabe, e isso é irritante. Decepcionante, na verdade. Porque eu não gosto de como ele fica bravo, de como ele interpreta tudo como se fosse uma ideia da Irmã Cecília, como se isso ao menos importasse! Importa, na verdade, entender as emoções da filha de 5 anos, que tem todo o motivo para estar como estar, e isso precisa ser levado em consideração. Ele não pode se apegar à sua insensibilidade de quem não sabe ter uma filha – escutar mais o Padre Gabriel e a Tia Perucas, por exemplo.
Deixar de ser tão cabeça dura.
Tem como não amar a Dulce “imitando” a “visita velha” com as “patinhas” pra cima?
A história do momento é essa: o que vai acontecer com as noviças que ficam “colocando coisas na cabeça da Dulce”. A reação da Irmã Cecília quando a Dulce diz que o pai está achando que é tudo culpa dela é de rir, mas é triste. Paradoxal, huh? Mas vamos falar de coral. Gustavo quase falha epicamente com a filha, mas eu não acho que ele já tenha alguma moral para se incomodar com algumas coisas. Foi forte o que a Madre Superiora disse: “Você sabe que se ele não aparecer, esse vai ser o pior dia da vida da Dulce”. E quando a Dulce vê que o papai dela ainda não chegou, a sua carinha triste é de PARTIR O CORAÇÃO, e aquela fala foi quase um tapa na cara: “Prometeu, mas ainda não chegou… que adianta?” Deu muito dó dela no começo da apresentação, paradinha e triste, e a animação dela é contagiante quando o pai chega. E a cena é LINDA. Quer dizer, Lindo Balão Azul é mesmo PERFEITA, não é? Tão nostálgica e gostosa, me faz pensar em família, em infância, em boas memórias. Pode chorar? Ah, que se dane, CHOREI MESMO.
Que cena mais linda. Que música mais linda. Que coral mais lindo! E a dancinha? <3
“Você acha que só porque eu sou uma popstar noviça, eu não fico nervosa?”
Sobre a conversa do Gustavo com a Irmã Cecília? É revoltante. Sua imaturidade me admira. Irmã Cecília, em seus 22 anos, é muito mais inteligente e compreensiva que ele, explicando a ele que a Dulce Maria passou 2 anos sem vê-lo, é natural que queira passar um tempo com ele – e aquele “Mas o senhor tá muito apressado, pode estar errando na sua escolha” foi um baque, porque ele está fazendo tudo pelos motivos errados. Acorda, Gustavo! Cada vez eu amo mais a Irmã Cecília, cada vez menos o Gustavo. Ele precisa entender isso que os demais já entenderam. Enquanto isso, a Madre Superiora tem uma reunião com as noviças que não se confessam, então são castigadas a arrumar uma cerca no sol – eu ri muito das Irmãs. Irmã Fabiana toda animada, achando que ia ser divertido e tal. Irmã Cecília toda sarcástica (irmãs podem ser assim tão sarcásticas?), com um comentário melhor que o outro, fofa. Mas é traumatizante como ela está triste por se sentir injustiçada. Sentimento do qual Dulce Maria compartilha…
“Não vale, não vale, não vale! A Madre vai ver só!”
Então ela vai ter uma “conversa de adulto” com a Madre Superiora.
Afinal de contas, ela sabe que as irmãs estão sendo injustiçadas e não gosta disso!
Falando rapidamente de outra trama que timidamente começa a se desenvolver, tivemos um pouco mais de Zeca e Zé Felipe nesse capítulo, e eu acho que é uma trama delicada que ainda precisa ser cuidadosamente trabalhada. Quer dizer, o assunto é bem sério. A ênfase no termo “meio-irmão” por parte do Zé Felipe é preocupante, e cenas como aquela em que o Inácio dá um rádio para o Zeca e nada para o irmão mais novo são desconcertantes. É uma situação delicada na qual precisamos ter cuidado – não dá para fazer isso, ainda mais com os complexos que o Zé Felipe já parece ter, de todo modo. “Não adianta. Eu quero um quarto só pra mim”. Por isso, o Zé Felipe some com o som do irmão mais velho, coloca em uma bolsa e dá sumiço nele… “Pegaram o Zé Felipe também, eu tô falando!” Vai ser uma trama nova e bacana de acompanhar, mas eu sinto muitos baques dolorosos pela frente…
Agora esperamos a “conversa de adulto” da Madre e da Dulce Maria!

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Comentários

  1. Jefferson, se no capítulo três eu me entristeci com tudo o que aconteceu, no episódio de ontem eu me diverti e muito. A cada dia que passa eu amo mais essa garotinha, Dulce Maria tem se mostrado realmente uma pessoinha muito inteligente, esperta e determinada.
    Quando assistia a versão mexicana de carinha de anjo amava ouvir a Angélica contar histórias para a Dulce Maria e ajudá-la em algumas questões que a incomodava, uma dessas situações era o jantar na casa do pai com as ‘‘visitas femininas de trabalho’’ (Nicole e Haydee) em que a Dulce prendia o guardanapo na gravata do pai para que ele não se sujasse, exatamente como a Angélica fazia, para que assim todos pudessem lembrar-se dela no jantar. No capítulo três percebi que nessa versão não teríamos essa cena, até porque para que isso acontecesse a Dulce precisaria dormir e sonhar com a mãe, e isso era impossível. Ontem ao assistir percebi que essa versão está perfeita, os diálogos são bem construídos e apesar de não ter tido a cena citada logo acima, Dulce lembrou-se da mãe a todo o momento em frases que me fizeram chorar de tanto rir (a Dulce estava super afiada ontem com respostas na ponta da língua, e eu amei isso rsrs). Como você mesmo disse parabéns a Lorena Queiroz pela bela interpretação e a Leonor Corrêa também pela adaptação incrível que ela está desenvolvendo.
    PS: Não estou querendo defender o Gustavo até porque não acho que ele mereça ser defendido, mas achei essa versão do LUCIANO menos severo, e eu gosto disso. Até assisti a versão mexicana no youtube agorinha para ter certeza e comprovei que pelo menos nessa cena ele reagiu um pouco melhor. Só espero que eu não tenha dito isso cedo demais sabe.
    A

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    1. Eu também concordo que ele está sim menos severo, por enquanto. E eu ADOREI, no capítulo de ontem (você vai ler na minha postagem nova haha) como ele falou com a Nicole no jantar... acho que na questão da "culpa da irmã" ele foi mais para a escola (e mesmo assim não foi TÃO absurdo assim) do que se voltar contra a filha, até porque ele não podia estragar aquela apresentação lindíssima do coral pela qual a Dulce esperou tão ansiosamente. Foi lindo!

      Pensei muito na cena do guardanapo também, mas eu realmente não via isso acontecer nessa versão, não sei. Não importa, a memória da Teresa estava lá, marcadíssima... e os comentários, uns melhores do que os outros!

      Até a próxima review!

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