Class 1x06 – Detained


“The truth came clear and had to be said”
Definitivamente, O MELHOR EPISÓDIO DA SÉRIE. Minha impressão no momento, depois de ter visto o episódio e tirado uma pausa para colocar os pensamentos em ordem, é que tivemos um épico de 40 minutos que poderia muito bem ter durado horas. Um episódio excelente, com repercussões importantes que devem durar pelo restante da temporada (de apenas mais dois episódios, infelizmente) e uma ideia lindíssima. Fora a atuação de Greg Austin, que estava melhor do que nunca, e que me arrepiou! Estamos em um lugar fora do tempo e fora do espaço, em uma espécie de prisão claustrofóbica onde um único prisioneiro, cujo cerne está concentrado em uma pedra (asteroide/meteoro), libera o seu sentimento de raiva para todos os ocupantes daquela “sala de aula na detenção”, e lentamente os obriga a dizer as verdades que pensam. As piores coisas uns sobre os outros, gerando consequências que devem ser sentidas, de fato, apenas no Season Finale, mas certamente estarão bem marcadas.
Não dá para ter deixado aquela sala ileso.
O episódio é intenso DEMAIS. Eles criam um suspense impressionante em um cenário único e com bons, mas escassos, efeitos especiais. No começo, você quase acha que pode ser divertido. Quase. “Is detention always like this?” Mas logo depois da abertura, as coisas começam a se intensificar depressa. O clima fica pesado. Charlie tenta lidar com o pavor de sua claustrofobia enquanto os efeitos da radiação de uma “pedra alienígena” começa a fazer efeito depressa. Ram está com muita raiva, dizendo coisas maldosas. April esporadicamente explode em raiva também embora tente controlar-se. Um a um eles se revelam. E Ram é o mais irritante – “Athletes are not normal. You can’t be great and normal”, desabafando sobre a sua perna alienígena que foi presente do Doctor lá no Piloto. Com April, eles começam a entender os efeitos do meteoro. “Why are you being such a dick?”, pergunta ela. “I really don’t know. I really don’t. […] I just feel weirdly angry”, responde ele.
E Tanya completa:
“Aren’t you feeling a little angry when you should be feeling scared?”
Matteusz é o primeiro a tocar na pedra (asteroide/meteoro), na tentativa de jogá-la no espaço e se livrar dela – então ele é tomado por uma memória mais intensa que uma memória normal, porque parece que ele está lá. Então ele começa a dizer verdades. “I’m in Poland. […] I’m afraid of you. I love you and I think of you all the time. […] But I’m also afraid of you. Of what you will do”. E você sabe que independente de qualquer coisa, verdades doem. Doeu. Doeu em mim, imagina no Charlie. Foi quase comovente assistir ao Matteusz colocando isso pra fora, mas foi desesperador vê-lo se arrependendo disso pouco depois, tentando explicar seu sentimento de fato para o Charlie, dizer que ele O AMA, e que aquela coisa do “medo” era apenas uma verdade parcial, apenas a menor parte da verdade. Mas Matteusz não tinha opção a não ser dizê-la, e Charlie não podia se privar de se sentir incomodado, profundamente triste. Porque eu me senti também. Especialmente com o clima tenso que se estabeleceu entre os dois.
Um clima que eu não queria que existisse.
De jeito nenhum. EU AMO AQUELES DOIS!
Em seguida, Tanya pega o meteoro da verdade, em um plano arriscado, mas inteligente, e diz uma verdade dolorosa: “You guys aren’t really my friends. You only… tolerate me”. E me doeu porque foi muito mais doloroso PARA ELA do que para qualquer outro. E soou tão real. Mas ela deixa disso de uma vez, diz que está com o meteoro por uma razão, pede que eles façam perguntas – a jogada parecia questionável inicialmente, uma vez que informação é diferente de verdade, e Tanya não tinha aquelas informações, mas a verdade sobre o prisioneiro fez tudo fazer sentido e revelou, por fim, a genialidade da trama. Porque alguém tinha essas informações, o prisioneiro impregnado na pedra, e a tentativa esperta de Tanya era forçá-lo a dizê-las. Com Matteusz e Tanya já tendo tocado a pedra, e um risco muito grande de pegá-la novamente e terem seus cérebros consumidos, restava aos três restantes tocar a pedra e tentar trazer mais alguma informação importante à tona, além das dolorosas verdades.
É um roteiro INTELIGENTÍSSIMO que mescla o prisioneiro e os personagens tão bem!
Porque o conhecemos mais a fundo DO QUE NUNCA. Os vemos de verdade.
Não sei qual é o consenso sobre Charlie, mas eu vou dizer: EU O AMO. Não, eu não concordo com a maneira como ele trata a Miss Quill nem nada disso, mas fora isso, eu realmente o amo. Ele é diferente, ele é peculiar, e ele é apaixonante. Tenho uma inveja imensa de Matteusz. Por isso foi difícil acompanhá-lo sofrer nesse episódio. E ele sofreu. Com sua claustrofobia. Com seu namorado com medo. Com a verdade de Tanya chamando ele de príncipe estúpido que sempre faz as perguntas óbvias. Mas o Matteusz foi, a cada cena, mais e mais FOFO. O namorado ideal para Charlie, de quem ele precisa. A maneira como Matteusz tentou explicar, tentou falar com ele, e usou As Crônicas de Nárnia como exemplo. Eu me apaixonaria por Matteusz naquele momento se eu já não fosse perdidamente apaixonado por Charlie. Mas eu sou apaixonado pelo casal. Foi uma cena forte, um diálogo impressionante e bem escrito, muito AMOR.
E eu amei.
Charlie é o próximo que se prepara para pegar a pedra (ele se preparando para pegar a pedra e o Ram com o taco se preparando para tirá-la de sua mão foi hilário), mas o lance do braço para o lado “de fora” da porta é genial e muda toda a dinâmica do episódio. O “Whoa” do Ram foi um máximo! E Ram pega a pedra e confessa para April algo desconcertante que vai ganhar a resposta perfeita em seguida: “I love you. More than you love me. More than you’ll ever be able to love me”. Eu achei bizarre, confesso que achei bizarro. Custei a entender, a acreditar – mas acreditei. Acreditei porque sou um romântico incurável que não pode desprezar a ideia de um amor que surge quando você olha pra pessoa ou algo assim. Mas é legal trazer à tona uma coisa que realmente nos incomodou, a rapidez com que o “romance” de April e Ram se desenvolveu. Porque April responde quando toca a pedra e não pode mentir: “I don’t love you as much as you love me. I don’t trust how fast you’ve fallen and I don’t trust that it’ll last”. A verdade que precisa ser dita.
A verdade que muda tudo.
Uma das verdades que mudam tudo.
A prisão o deixa com raiva – raiva suficiente para matar. Os olhares dos quatro é de arrepiar, porque você sabe que chegou a hora de um se virar contra o outro. É o que o Prisioneiro quer. O que quis desde o começo. A raiva de cada um explode, vem à superfície, eles começam a brigar por qualquer coisa, coisas que nem vêm ao caso agora, coisas pequenas intensificadas por uma raiva exterior. Charlie é o único que não é afetado. O único que não sente a raiva do Prisioneiro, o único que consegue pará-los. E eu acho que, mesmo por segundos, Charlie consegue amenizar a situação, como quando ele tem aquele terrível ataque de pânico e o Matteusz é ADORÁVEL cuidando dele, ajudando o namorado. O namorado que ama de verdade. Eu não tenho mais medo em relação a isso. Eu sei que o que o Matteusz sente é real, ele não podia ter mentido depois desse episódio. Mas o presságio de que Charlie vai perdê-lo se solidificou, e agora nós tememos pelo sofrimento dos episódios futuros e eu não sei se estou preparado para isso.
“He wants us to confess each other to death?”
O que April consegue com a pedra é, basicamente: “Here and nowhere. […] You are in no time, no space. You will not escape. You will not escape!”, e então chega a hora de Charlie. Finalmente. A raiva dele explode, sim, mas vem de dentro. É real. Ele diz o que quer dizer, não impulsionado pelos piores pensamentos que tem dos outros como os demais. Primeiro ele explica “I-I don’t feel angry though”, depois ele coloca tudo para fora em um sentimento tão intenso e tão desesperador que me comoveu. A parte de Charlie é a MELHOR do episódio, acredito que, no fundo, o episódio foi sobre ele. Porque seu desenvolvimento é real, não exterior. Ele diz verdades intencionais como “I look forward to seeing you every single day. Or I used to before today” e ele coloca tudo para fora com SENTIMENTO. Foi um episódio sobre isso, sobre sentimentos, bons e ruins, acima de tudo, e eu mal tinha estruturas depois desse episódio para vir aqui comentar. Mas aqui estou. É fofo como Tanya “cuida” dele, tenta dizer as coisas certas, e ele é um amor dizendo coisas como “Does this mean we can be friends again?”, porque é o jeito dele.
É o jeito dele que eu amo.
Tensão, tensão, tensão. Brigas. Matteusz, Ram, April e Tanya se voltam, de fato, uns contra os outros. De verdade. E eu juro que eu desejei ardentemente que Matteusz desse um bom soco em Ram, porque ele mereceu pela maneira como falou com ele, como machucou ele e Charlie, que foi machucado de todos os lados enquanto tentou fervorosamente não machucar ninguém por ele mesmo. Ele, inclusive, tentou impedir todos, enfatizando a forma como o meteoro ou o Prisioneiro estão fazendo com que eles digam as piores coisas que pensam uns dos outros, verdades raivosas que nem são tão verdadeiras assim porque não são toda a verdade. São circunstanciais. Então Charlie diz as suas verdades. Também porque quer. Fala sobre como pensa em matar todos os Shadow Kins por terem matado os Rhodias, usar o Cabinet of Souls para isso, mas ao fazê-lo ele perderia Matteusz, e ele é a única pessoa que o impede de fazer isso no momento. E às vezes ele o odeia por isso. foi forte, mas não poderia ter sido mais profundo.
Ou mais verdadeiro.
“And that’s who I am. You think you know me but you don’t”
Então Charlie também tocou a pedra, foi o último a fazê-lo. Foi uma cena angustiante com uma BELÍSSIMA interpretação de Greg Austin, uma intensidade que me arrepiou todo, efeitos desconcertantes, tudo maravilhoso. Impecável. Admiro a determinação e força de Charlie. E quando ele segurou com toda sua força, com sangue saindo do nariz e dos olhos, e fez o Prisioneiro confessar, eu me arrepiei novamente: “You. Are. My murderer”. “Yes, I am”, ele respondeu simplesmente. E era. Belíssima finalização, intensa como todo o episódio. “He was looking for death. He wanted someone guiltier than him to end his suffering”. E então o desespero bateu NOVAMENTE quando a Prisão tentou levá-lo, e eu mal aguentei ver aquelas lágrimas e aquele desespero. Tão real e tão profundo. “Oh no. I think I may have done something stupid. The prison still needs a prisoner… and I’m the guiltiest”. Acho que eu nunca fiquei tão feliz por ver a Miss Quill, e tão contente por ela ter conseguido salvar o Charlie, uma última vez, como um último favor.
Porque agora ela tem cabelo grande, cicatriz no olho, o arn fora dela, e livre arbítrio.
Agora Miss Quill é OUTRA, e as coisas mudaram.
Vamos descobrir como no próximo!

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