Anne with an E 3x05 – I Am Fearless and Therefore Powerful

Ai que lindo esse “ritual” na floresta!

CERTAMENTE, UM DOS MELHORES EPISÓDIOS DA SÉRIE. E, como eu já comentei várias vezes, é um máximo poder vir, episódio a episódio, falar sobre como eu amo essa série – ela nos fascinou cada vez a cada temporada, e é realmente uma pena que a terceira temporada seja a última… “Anne with an E” vai deixar saudades. Tem um visual incrível, um elenco talentosíssimo, um clima gostoso e aconchegante e temas pertinentes sendo tratados da forma mais delicada possível! “I Am Fearless and Therefore Powerful”, por exemplo, traz algumas discussões importantes a respeito do que é ser mulher e a importância da educação sexual para todos, no meio de uma série de cenas que são memoráveis e devem entrar para a história de “Anne with an E” – cenas como as de Diana e Jerry, a dança perfeita de Anne e Gilbert e, é claro, o ritual na floresta.

O episódio começa com uma aula ao ar livre, enquanto a Srta. Stacy tenta ensinar e os adolescentes estão mais preocupados em rir ou flertar… a sequência inicial do episódio é perfeita, porque introduz brilhantemente uma série de histórias que se desenvolverão ao longo do episódio. Aqui, no meio de risadinhas e curiosidades, também vemos Moody se acidentar, e quando ele ganha um corte imenso na perna, quem está mais perto e pode ajudar é a tribo indígena da qual Ka’kwet veio. A parte da perna do Moody sendo costurada é angustiante e difícil de acompanhar, mas adorei ver o fascínio curioso de Gilbert Blythe, enquanto isso, de alguma maneira, o motivava de volta à carreira de médico, depois de ele ter duvidado no episódio anterior. E ele também está fascinado com tudo o que os índios sabem e seus livros de medicina não dizem!

Os poderes do mel, por exemplo!

E eu adoro ver o Gilbert empolgado assim

Bash, por sua vez, continua tendo que aprender a levar a vida depois da morte de Mary, e as coisas não estão fáceis, tampouco ficarão nos próximos dias… Rachel e Marilla, que estão ajudando a cuidar da pequena Delphine, por exemplo, são velhas, estão cansadas e sabem que isso não vai poder durar por muito tempo – ainda mais que junho está chegando e será época de plantações. Por isso, Rachel decide que é hora de Bash encontrar uma nova esposa – ele, em contrapartida, escreve uma carta pedindo socorro para a mãe. E, falando sobre a morte de Mary e sobre escrever coisas, Anne tem a ideia de escreverem algo para publicarem no jornal em homenagem a Mary, porque pode ser importante para Delphine quando ela crescer, e Gilbert escreve algo lindíssimo e emocionante que é eventualmente publicado no jornal de Avonlea, com a aprovação de Bash.

É LINDO!

Precisamos comentar, nesse episódio, sobre as cenas de Diana e Jerry! Todo dia, depois da aula, Diana vai embora com Anne, enquanto elas fazem a contagem regressiva até o momento em que terão que se separar, sempre da forma mais dramática e emotiva possível, e a amizade delas é linda… em um desses dias, depois que elas se despedem, Diana é surpreendida por Jerry, que está ali para acompanhá-la até em casa – e ela até faz cena e se faz de durona, mas a verdade é que ela adora a companhia, até pede que ele continue. JERRY E DIANA SÃO UM DOS CASAIS MAIS FOFOS DA SÉRIE! Sempre achei o Jerry um fofo, e amei vê-lo recitar um trecho de “Frankenstein” para Diana (!), quando lhe indica e empresta o livro para que ela leia… também gostei do presentinho que Diana deixou a Jerry no celeiro dos Cuthbert – uma pena que, na frente de Anne, ela o tenha dispensado.

Sacanagem, Diana!

Esperando que isso se conserte nos próximos episódios!

Mas a felicidade do Jerry indo embora com o lencinho que ela bordou pra ele! QUE PUREZA!

Uma parte importantíssima do episódio e que traz discussões importantes com bastante bom-humor, mas sem deixar de ser sério, é a parte da festa vindoura para a qual os estudantes do colégio são convidados a ensaiar uma dança… a Srta. Stacy pede a ajuda de Rachel (que aproveita a oportunidade para tentar empurrá-la novamente para um de seus filhos), e elas tentam ensaiar os jovens em uma dança elaborada – e os adolescentes estão empolgados porque, enfim, toques serão permitidos. Ruby consegue tornar a cena engraçada, mas eu acho um pouco perturbador ver a maneira como ela está desesperada, depois de alguns segundos de dança, com medo de estar grávida… afinal de contas, sua mãe lhe disse que se ela ficar perto de um garoto e deixar que ele a toque, ela pode engravidar. O desespero toma conta de todas rapidamente, e a Srta. Stacy precisa explicar que não é assim que acontece.

Mesmo assim, a Srta. Stacy não é clara o suficiente.

As garotas continuam cheias de dúvidas.

Mas a dança continua – e é então que ganhamos uma das cenas mais esperadas e mais incríveis de “Anne with an E”: o momento em que Anne Shirley-Cuthbert e Gilbert Blythe dançam juntos, e os olhares são cada vez mais intensos! O CLIMA QUE ROLA ENTRE OS DOIS DURANTE AQUELA DANÇA! É uma cena perfeita, daquelas de esquentar nossos coraçõezinhos, e eu gostei muito de como a série apostou nela durante um longo tempo. Amei ver a Anne tomando consciência do que estava sentindo, assim como amei o Gilbert cheio de graça ao agir de uma maneira que é tanto sedutora quanto divertida, porque, na verdade, ele também está confuso… sempre achei que ele tivesse mais consciência do que sentia por Anne, mas, nessa temporada, ele acabou se distraindo, fingindo que não entendia, e é bom vermos esse momento em que a ficha volta a cair.

São vários momentos dos dois, até depois da dança!

As meninas, no entanto, querem entender algumas coisas… a Srta. Stacy disse que elas não podiam engravidar dançando, mas tampouco disse como isso aconteceria, e elas ainda são atormentadas por boatos de que mulheres intelectuais ou emotivas estão fadadas a esterilidade – aqui, as meninas protagonizam um momento divertidíssimo no qual jogam Anne na frente delas para conversar com Gilbert e perguntar se isso é verdade, e tudo o que ele diz, confuso e um pouco desconfortável, é que nada que ele tenha lido em seus estudos indica qualquer coisa desse tipo. Ufa. No fim, do episódio, Anne organiza e lidera um ritual lindíssimo no meio da floresta durante a noite, acompanhada das meninas. De camisola e flores na cabeça, elas acendem uma fogueira, dançam, riem e falam sobre como seus corpos são seus e elas escolherão quem amar.

É um discurso lindíssimo, que termina com o momento emocionante em que Ruby diz que adora ser mulher. Eu AMO esses momentos que as garotas compartilham, e acho que eles são importantíssimos – acredito que não são coisas muito trabalhadas nos livros originais sobre a Anne, mas é algo que a série trouxe à tona de forma poderosa, e é um dos motivos pelos quais nós a amamos tanto! ESSA SÉRIE É INCRÍVEL, E CERTAMENTE MERECIA CONTINUAR POR MAIS ALGUMAS TEMPORADAS! Ainda havia tanta história para contar, tantos assuntos importantes que discutir… essa cena em particular me lembrou uma da temporada passada, quando Prissy resolve não se casar e sai correndo da igreja, seguida pelas garotas, que correm ao seu redor na neve, simbolizando toda essa liberdade de decisão e de ser dona da própria vida. Aqui, a mensagem foi acompanhada por uma fala.

E A ANNE ARRASOU!

 

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