The 100 6x07 – Nevermind



“Clarke is alive”
WARNING, COLLISION ALERT. No fim do episódio passado, tivemos a confirmação de que Clarke estava, sim, viva dentro de sua mente – ela só precisa encontrar uma maneira de retomar o controle sobre o próprio corpo. O episódio é verdadeiramente INTENSO, e mostra Clarke e Josephine brigando pelo controle do corpo, com direito a reaparições surpreendentes, alguns flashes de memórias de Clarke que foram o suficiente para nos deixar nostálgicos, e até uma sequência de Josephine que nos mostra um pouquinho da Terra antes de todas as bombas… é um episódio cheio de informação, e que se passa quase inteiramente dentro da mente de Clarke, e eu lembrei muito do Dumbledore explicando para o Harry sobre a cena deles em King’s Cross: “É claro que está acontecendo na sua cabeça, Harry. Mas por que isso significaria que não é real?”
O quarto em que Clarke está trancada está cheio de desenhos na parede, desenhos muito bonitos, por sinal, e cada desenho guarda uma memória – são representações básicas de momentos importantes que Clarke viveu, como os frascos que Dumbledore guarda em sua sala para jogar na Penseira. E, ao tocar cada um dos desenhos, Clarke pode “reviver” cada um daqueles momentos, como se os desenhos fossem apenas ícones que a levam de volta às memórias. Inicialmente, Clarke só se lembra de ter morrido, mas o pai, que aparece para ela na representação da casa em que Clarke morou com Madi, a faz escutar através da chuva algo mais importante: as batidas de seu coração, o que quer dizer que ela está viva, apenas perdida em alguma parte de seu subconsciente, enquanto Josephine anda por Sanctum com o corpo que roubou.
Gostei DEMAIS de todo o conceito do episódio – além dos desenhos, há bastante troca de cenários e de figurinos, que condigam com o cenário em questão, seja ele da casa de Clarke ou de Mount Weather, por exemplo. Antes que Josephine invada o “mindspace” de Clarke para tentar apagá-la de uma vez por outra, revemos um pouco de A.L.I.E., que pode ter algo a ver com a Clarke ainda estar viva, e ela entrega a Clarke uma memória, pedindo que ela a guarde, porque Josephine não devia poder vê-la… pouco depois de guardar consigo a memória, Josephine aparece, dizendo que “o corpo não é grande o suficiente para as duas mentes”, e que, por isso, ela está ali para se desfazer de Clarke, e eu acho aterrador como Josephine se sente no direito de fazer isso tudo, e como ela ainda tem a capacidade de chamar Clarke de “egoísta” por não abrir mão de sua vida, de seu corpo.
Oi?
Josephine invade o quarto de Clarke com as memórias, e a cena é de um SUSPENSE terrível – mas Josephine não tarda a perceber que existe uma memória faltando, e essa deve ser a memória que lhe interessa… quando as duas brigam, Clarke acaba “matando” Josephine, mas é óbvio que jamais seria assim tão fácil. Segundos depois, Josephine retorna (“We’re back, bitches”), contando que não pode morrer ali dentro, mas o mesmo não pode ser dito sobre Clarke. Por isso, Clarke precisa pensar em algo, e enquanto ela tenta proteger a memória que A.L.I.E. lhe deu de Josephine, Clarke revisita momentos e personagens de seu passado, como a Octavia na época do Conclave, e a Maya, lá de Mount Weather. Os seus piores pesadelos, as suas culpas… os seus infernos pessoais. “You killed more people than you saved. Do you realize that?”
Como sempre, Clarke é INTELIGENTÍSSIMA, e eu gosto de como ela interpreta enquanto Maya, apenas uma projeção de seu subconsciente, “a entrega”, dizendo onde ela escondeu a memória, e Josephine cai direitinho, mas cai em uma armadilha: “You have no controle here. This is my mindspace. I can create whatever I want, including her”. Depois que Josephine passa, então, por mais uns problemas e outra “morte”, ela retorna trazendo com ela o pai, dessa vez, e os dois tentam encurralar Clarke pela memória que ela esconde, e Josephine a encontra escondida no meio da floresta, à noite, num lugar que Clarke estava propositalmente evitando, um lugar onde ela nunca iria… o lugar onde Finn morreu. E Josephine tenta fazê-la entregar a memória, então, dizendo que talvez seja o momento de ela se sacrificar, para “proteger o seu povo”.
Não é isso o que sempre quis?
Josephine diz a Clarke que, caso ela continue lutando e, por ventura, vença, ela estaria condenando o seu povo, porque Bellamy já fizera um acordo com o seu pai, e eles estão à salvo. Clarke não quer acreditar que Bellamy tenha de fato feito um acordo, mas Josephine prova lhe mostrando a memória através de um livro, e então Clarke momentaneamente desiste, para protegê-los: “I need them to be okay”. Segundo Josephine, eles têm a chance de ganhar um complexo só deles, uma nova vida, e Clarke pede que Josephine diga a Madi que a ama, e então entrega o que Josephine estava buscando: a memória que lhe mostraria como apagar Clarke de sua mente de uma vez por todas. E por alguns segundos eu SURTEI, incapaz de crer que Clarke estava mesmo desistindo, me perguntando como é que aquele jogo ainda viraria para que ela voltasse a lutar.
E ENTÃO VEM O MONTY! \o/
Como é bom ver o Monty de volta, ainda que apenas uma projeção do subconsciente de Clarke, porque eu senti falta de Monty. “You call this doing better? Giving up isn’t better”. Clarke tenta argumentar com “Monty”, dizer que ele mesmo lhe dissera que ela não podia brincar de Deus e escolher quem vivia e quem morria, mas ele fala de Madi e diz que ela não pode deixar que Josephine vença… Clarke não sabe o que fazer, no entanto, e Monty tem uma ideia: leva Clarke até O MINDSPACE DE JOSEPHINE. Ali, em uma imensa Biblioteca de 230 anos de memórias arquivadas, Monty e Clarke podem descobrir um pouco mais sobre quem é Josephine, além de acessar o lugar de memórias mais especiais, aquelas que têm controle sobre o nosso corpo (“É por isso que você chora toda vez que pensa em Lexa”), porque assim podem fazer algo.
Retomar o controle.
Ou só mandar um recado.
Clarke, então, assiste a algumas memórias de Josephine, e duas de seu último corpo são muito importantes: em uma delas, Josephine é morta por uma “amiga”, um assassinato sobre o qual apenas ouvimos falar, e que aconteceu por causa de um homem chamado Isaac. Na memória seguinte, conhecemos Isaac, e conhecemos mais da frieza e da mente doente de Josephine, falando, basicamente, sobre “sangue puro”, e proibindo que “pessoas como ele” se relacionassem com pessoas que tivessem o tipo sanguíneo dos Primes, aqueles que são compatíveis como hospedeiros – segundo ela, eles são “menos do que inúteis”, porque não apenas não servem de nada, como ainda fazem com que cada vez exista menos “nightbloods”, e isso detém a imortalidade dos Primes. Então, Josephine MATA Isaac para “tirá-lo do caminho”, e é assustador.
Que tipo de mente doentia!
Então, Clarke se dá conta de que precisa seguir lutando…
“You were right. We can’t let her win”
Então, “Monty” consegue abrir a porta até as memórias especiais, e isso as leva até uma memória na TERRA ANTES DAS BOMBAS (é horrível pensar que Josephine está viva desde então, simplesmente não é justo!), o momento com o qual Josephine nunca conseguiu lidar. Estamos de volta ao primeiro corpo e à primeira vida de Josephine, em uma lanchonete, falando sobre faculdade e sobre protestos por água, e então vemos um rapaz bastante obcecado “perseguindo” Josephine, e quando ela o dispensa novamente, ele fica louco, diz que “ela acha que ele não é bom o suficiente para ela”, e revela uma arma, se matando na frente dela e das amigas, na mesma mesa que elas – isso me lembrou um pouco o primeiro “A Mediadora”. Depois que Clarke vê essa memória, ela chama a atenção de Josephine, que fica ENFURECIDA ao encontrá-la ali.
“You never should have come here. GET OUT!”
Mas Clarke precisava apenas dessa abertura, desse descontrole, do “momento com o quale la não soube lidar”. Em um momento intenso, Josephine e Clarke voltam a lutar, e Josephine acorda com o nariz sangrando, mas contente, achando que tudo está a seu favor, e que finalmente ela via poder se livrar de Clarke… mas Clarke é mais inteligente que isso. Ela deixou Monty para trás, escondido na lanchonete, e agora ele meio que faz como o Will em “Stranger Things”, passando uma mensagem através das luzes de Natal, mas em Código Morse, dessa vez… enquanto Bellamy se encontra com os Primes para definir os termos do “acordo” deles para ignorar o fato de que eles assassinaram Clarke, pelo bem de seu povo, Josephine aparece, mas existe algo que ela não previu: os seus dedos discretamente batendo no braço, de acordo com as luzes da lanchonete, passando uma mensagem bem simples e importante a Bellamy:
“ALIVE”
<3

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