Remake de “Footloose” – Vale a pena ou não?


Contra todas as possibilidades, tenho que admitir que sim! Sempre fui bastante contra as pessoas que assistem a um filme pré-disposto a não gostar dele e procurar todo e qualquer defeito que ele apresentar. Com vergonha, assumo que foi assim que fui assistir à nova versão de Footloose. Afinal, remakes não costumam ser bons, e Footloose faz parte da história do cinema, é um dos maiores clássicos de todos os tempos, e tem um lugar mais do que especial em meu coração… eu amo Footloose e não via como um remake poderia ser bom… e eu tive que gostar essa grande produção.
Eles passaram o filme todo tentando agradar tanto antigos fãs de Footloose (lá do impecável original, de 1984) quanto novos admiradores – e fizeram isso bastante bem. A história, trilha sonora e estrutura do filme estavam muito fiéis ao original; várias cenas e diálogos eram quase cópias idênticas, as atuações foram interessantes e convincentes, o espírito original de Footloose conseguiu sobreviver. Enquanto isso, elementos para agradar ao novo público, ao “público atual” foram acrescentados – mas nada tão grandioso que maculasse esse filme. Embora ainda não deva ser escolhido em detrimento do original, o novo Footloose é bastante bom, sim.
Ainda estou abismado com o bom trabalho que conseguiu ser feito. Terminei o filme com a sensação de ter visto algo digno do título, embora o fato de se passar na atualidade me desse bastante medo. O filme se situou perfeitamente nos dias atuais sem perder o estilo dos anos 1980… o que foi acrescentado só o tornou ainda mais atraente. E o vejo quase como uma grande homenagem ao original de 1984, com várias cenas idênticas que chegavam a me emocionar… algumas cenas fizeram lágrimas se juntar nos meus olhos pela fidelidade e respeito à Footloose
Ridículo. Mas verdade.
Cenas fiéis vão desde o começo com Footloose tocando e os pés dançando até o encerramento com o baile (e briga final com Chuck, extremamente parecida com o outro, e muito bem-feita, sempre boa de se assistir) e Kenny Wormald (o Ren dessa versão) gritando “Let’s dance!” numa representação incrível que me lembrou muito Kevin Bacon… cena final do baile foi praticamente idêntica, mesma coreografia, e me emocionou… no meio do filme, passamos por inúmeras cenas fiéis, como a chegada de Ren à cidade, sua conversa com Willard sobre as garotas que supostamente tinham lhe dado mole na Rússia, sua descoberta sobre a lei que proíbe a dança, Ariel e Ren no galpão, droga na escola, Willard aprendendo a dançar ao som de Let’s Hear it From the Boy, dança dele e Ren no corredor da escola, Ariel apanhando… e assim por diante.
Algumas mudanças ocorreram, mas várias interessantes. Como o acidente para iniciar o filme – acho que tirou um pouco da magia de entender isso depois, que fazia parte do original, mas foi uma jogada para prender telespectadores “atuais”; tivemos a corrida de ônibus, que não havia antes, mas que foi legal e combinou com o filme; cena clássica de Ren McCormack no galpão, dançando e extravasando a raiva – difícil ser tão épico quanto Kevin Bacon, mas Kenny fez um trabalho legal, com sua cara…
As danças estavam fantásticas. Parabéns aos coreógrafos, que conseguiram captar o espírito do original, reproduzindo danças icônicas e criando novas envolventes… cenas como da lanchonete (em que o reverendo vê a filha dançando e a repreende) me encantaram, especialmente pela dança Ren/Ariel… Kenny como Ren e Julianne Hough como Ariel conseguiram criar danças extremamente sensuais, provocantes, hot, sem serem vulgais… cenas lindas. Festa na cidade, há duas horas de distância: coreografia em conjunto impecável!
E a épica cena de Ren no conselho, conseguindo a palavra e fazendo um dos discursos mais memoráveis da história do cinema. Para o telespectador, é uma vitória indiscutível, algo grandioso. E é o momento do personagem, é a revolução na cidade… essa cena não tem como não ser memorável, e aqui está, tão boa quanto sempre… embora Kevin Bacon tenha feito algo realmente épico… ele foi o primeiro, tem como se igualar a ele?
Elogiando um pouco os atores que deram vida a esses personagens – eles fizeram um trabalho brilhante reconstruindo personagens consagrados sem destruí-los, e conseguindo a aprovação. Kenny Wormald captou o que é ser Ren inquestionavelmente – em nenhum momento duvidei dele, ele foi o Ren quase tão bom quanto o de Kevin Bacon, em 1984, ótima atuação. E Julianne Hough como Ariel se saiu bem, fazendo uma Ariel mais futurística do que a original, mas ainda assim marcante e com as mesmas características. Ambos conduziram o filme muito bem…
O filme está impecável. Não vem para substituir o original nem nada assim, mas principalmente para homenageá-lo… o Footloose de 2011 é um grande tributo ao Footloose de 1984, não consigo vê-lo como nada além disso, então está aprovadíssimo. É emocionante, conserva o mesmo estilo, história, músicas e estruturas… é quase o mesmo filme depois de passar por alguns F5… merece ser assistido, especialmente para os fãs do Footloose original… fica a dica! Até mais…


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Comentários

  1. Minha mãe chega a gostar mais de footloose do que eu, afinal, ela viveu isso, mas acho que vale a pena conferir =) ( e levar a minha mãe junto comigo )

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    1. Minha mãe também gosta, mas não mais do que eu (: é um daqueles filmes que eu amo desde sempre, não me lembro de uma época em que não tenha visto o filme, então --' mas assista ao remake sim, é interessante! Uma homenagem ao original... :P

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  2. Qual musica Ren dança no galpão ???

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    1. Eu tenho o CD com a trilha sonora em casa, tenho que dar uma olhadinha para você :S

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