Supernatural 15x16 – Drag Me Away (From You)

 

De volta a 1993…

Eu vou ser contra a maioria dos comentários que estou vendo sobre o episódio na internet e dizer: EU AMEI ESSE EPISÓDIO, DO COMEÇO AO FIM! É um dos meus episódios favoritos nos últimos tempos… é um filler, mas também já aprendemos, em 15 temporadas de “Supernatural”, que a série é basicamente feita de fillers – porque ela foi concebida em 2005, uma época em que as temporadas longas e os “casos semanais” ainda eram muito fortes e tudo o mais. Ao longo das temporadas, várias vezes eu reclamei de fillers, enquanto, em outras ocasiões, eu reclamei da trama da temporada, por vezes muito megalomaníaca e distante da proposta inicial de “Supernatural”. Com os anos, aprendi a esperar fillers carismáticos com os Irmãos Winchester, porque eu sabia que esse tipo de episódio viria, de qualquer maneira… então, que eles fossem bacanas.

E esse foi… esse foi incrível!

“Drag Me Away (From You)” é um daqueles episódios que nos levam de volta à infância/adolescência de Sam e Dean, enquanto enfrentamos um novo monstro, conhecemos um pouco mais da mitologia – que é como “Supernatural” nasceu e o que nos fascinou em um primeiro momento, de qualquer maneira. O episódio começa com uma morte em um quarto de hotel, de um homem atormentado por uma criança assustadora (criança em coisa de terror sempre é assustadora), tentando dizer que “ela não é real”, mas ele acaba morrendo – e toda a situação fica parecendo um suicídio. Logo em seguida, acompanhamos Dean e Sam partirem para o funeral desse homem, Travis, e descobrimos que ele é uma espécie de amigo dos meninos, mas alguém que eles não veem há 27 anos… assim, a série nos leva de volta a Janeiro de 1993.

Não sei listar tudo que me fez gostar do episódio, mas, basicamente, eu achei o roteiro carismático e me prendeu rapidamente – assisti empolgado, sorrindo, e feliz, algo que nem sempre acontece quando estou vendo “Supernatural”. A trama me envolveu, gostei de todo o mistério, de toda a ideia de ter que procurar informações sobre o “monstro da semana”, sendo que apenas uma facada ou um tiro não resolveria o problema. Sinto falta dessas coisas! Também temos um vislumbre rápido do pequeno Sam lendo a respeito de faculdades, porque “ter uma vida normal” sempre foi o seu sonho, e isso foi algo que ele nunca pôde realizar… e muitos fãs ainda o julgam pela vez em que ele tentou. Não eu, porque eu sempre fui a favor do Sam, e ele sempre foi o meu irmão Winchester preferido. Quem sabe, no fim, ele possa ter uma espécie de “vida normal”?

Gostei muito da apresentação da trama… no passado, conhecemos os jovens Sam e Dean, e então os vemos conhecer Caitlin e Travis no mesmo hotel em que Travis morreu, em 2020 – e quando o episódio nos mostra Travis, vemos que ele é o garotinho que apareceu no Quarto 214 para ele no presente, fazendo com que ele se matasse. A teoria de Caitlin, irmã de Travis, é de que “ela voltou”: seja lá o que eles enfrentaram em 1993. O episódio em 1993 é uma caçada bacana, protagonizada por um Dean durão com atitudes típicas da adolescência, e ele acaba se livrando do que quer que seja o monstro que está atormentando Travis… ou pelo menos ele pensa que realmente acabou com ele, mas a verdade é que o monstro, de alguma maneira, está de volta – seja lá o que eles enfrentaram em 1993, eles não o destruíram como eles acreditavam ter feito.

Em 2020, o monstro reaparece, e se para Travis ele apareceu como sua versão em 1993, ele também aparece para Dean como o pequeno Dean de 1993, e percebemos que é mesmo o mesmo monstro do passado, fazendo com que eles se matem, para se vingar ou qualquer coisa assim – talvez Dean tivesse mesmo se matado, se Sam não tivesse aparecido, e é só nesse momento que ele finalmente dá razão a Caitlin: ela está certa e Travis não se matou. Então, Sam se põe a pesquisar a respeito do monstro, numa daquelas sequências que eu adoro, e então descobrimos que se trata de Baba Yaga, e que o poder dessa bruxa está no anel que ela traz: um anel que, em 1993, foi cortado fora de sua mão por Dean (e a pedra, consequentemente, quebrada), e que depois foi guardada por Travis por ano, até que, recentemente, ele consertou a pedra.

Então, Baba Yaga está de volta.

Por fim, Baba Yaga aparece tanto para Caitlin quanto para Dean na forma do Travis adulto morto, e Sam e Dean precisam enfrentar o monstro e destruir o anel, para salvar a vida de todos eles. O episódio é muito gostoso de se assistir, soube equilibrar bem o passado e o presente, e ainda trouxe um caso digno das primeiras temporadas de “Supernatural”, antes de tudo ficar tão grande quanto se é agora. Há, ao longo do episódio, pequenas recordações a respeito da trama central da temporada, com Billy aparecendo para Dean para avisar que Chuck destruiu o último mundo além desse e que “a hora está chegando”, e o Sam finalmente descobrindo que, se eles seguirem o plano, Jack vai precisar morrer… e é claro que ele não gosta disso, e isso resulta em uma cena forte entre os irmãos dentro do Impala. Será, no entanto, que eles terão tempo de pensar em outra coisa?

 

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