Há 10 anos… MUSICAIS

 

“Bom dia, Baltimore!”

AI QUE DELÍCIA PODER FALAR DE MUSICAIS! E digamos que 2010 foi um ano bem importante para mim (puramente pessoal, mas vá lá, meio que é meu aniversário também!) no quesito “musicais”. Infelizmente, eu não assisti vários dos musicais que estrearam nos palcos em 2010, mas alguns deles eu conheço e amo – além de um, que não chegou à Broadway oficialmente até o ano seguinte, para conquistar público e crítica, mas que estava tendo suas primeiras adaptações e o roteiro ainda passando por ajustes… ah, e não vamos nos esquecer de uma controvérsia sequência de um dos maiores musicais da Broadway, que ainda divide opiniões até hoje!

 

Antes de entrarmos em premiações, dois musicais a serem comentados:

“Love Never Dies”. Esse é um musical composto por Andrew Lloyd Webber e que serve como sequência do grande “O Fantasma da Ópera” – e é o musical que eu estava comentando a respeito das opiniões divididas. Muitos fãs de musicais o detestam e o evitam a qualquer custo, vários inclusive ignoram a sua existência e quase não o reconhecem como uma sequência do clássico… acontece que ele está aí, ele existe, e eu vou dizer: ele não é tão ruim. MAS CALMA, NÃO PRECISA ME CRUCIFICAR, EU VOU EXPLICAR. Acontece que eu também acho que, como sequência, ele é péssimo. A história não faz sentido, os personagens são descaracterizados e ainda temos todo um problema com datas que me incomoda profundamente… e me incomoda a romantização de Christine e o Fantasma (mas isso desde o original), além do que fizeram com o Raoul (que eu amo). Apesar disso tudo, o visual é lindíssimo e as músicas também são de arrepiar.

“The Beauty Underneath” é, para mim, uma das melhores coisas do teatro musical.

 

Em segundo lugar, vou comentar “The Book of Mormon”, e antes que vocês venham me dizer “Mas, Jefferson, ‘The Book of Mormon’ só estreou na Broadway no ano seguinte”, vale lembrar que, sim, embora isso seja verdade, em 2010 a peça estava em seus workshops, o que é importantíssimo para um musical – um grande clássico do teatro musical estava nascendo. Atualmente, “The Book of Mormon” é um dos melhores e mais divertidos musicais em cartaz (inclusive, é um dos ingressos mais disputados na Broadway, e eu tive o prazer de assistir ao vivo em 2015, com o Gavin Creel); nessa época, no entanto, tínhamos uma “outra versão” do musical que não tinha “All-American Prophet”, por exemplo, e essa parte do Elder Price e do Elder Cunningham era ao som de “The Bible is a Trilogy” – e vocês já ouviram? Eu acho curiosíssimo conhecer como as coisas eram (eu GOSTO da versão, embora seja tão diferente!), antes de se tornarem o que conhecemos hoje e ouvimos no álbum do OBC.

Inclusive, me faz pensar muito em “Smash” e todas as mudanças pelas quais “Bombshell” e “Hitlist” passaram durante a sua concepção.

Procure por “The Bible is a Trilogy” – é, no mínimo, curioso!

 

Vamos a premiações? Escolhi duas grandes premiações do teatro. Uma dos Estados Unidos, o TONY AWARDS. Nos principais prêmios, tivemos “Memphis” levando o prêmio de “Melhor Musical” e “La Cage aux Folles” levando o prêmio de “Melhor Revival de um Musical” e, infelizmente, eu não assisti nenhum dos dois. Outra premiação importante, na Inglaterra agora, é o OLIVIER AWARDS, e aqui quem levou o prêmio de “Melhor Musical” foi um dos meus favoritos: “Spring Awakening” (que estreara na Broadway há alguns anos, mas estreou no West End em 2009). O prêmio de “Melhor Revival de um Musical” ficou para “Hello, Dolly”.

 

Outros musicais que eu gostaria de comentar antes de encerrar o texto, porque os amo… “Billy Elliot”, certamente UM DOS MELHORES MUSICAIS QUE EU VI NA VIDA, que estreara no West End em 2005 e na Broadway em 2008, ganhava, em 2010, uma turnê pela América do Norte. Se vocês ainda não viram “Billy Elliot”, ele foi lançado em DVD (uma filmagem ao vivo com o Elliott Hanna dando um SHOW de interpretação como Billy Elliot) em 2014 e vale muito a pena – eu o vejo quantas vezes eu puder vê-lo. Também precisamos mencionar a maravilhosa produção de “The Addams Family”, que depois de apresentações em 2009 e muitas mudanças no roteiro (eu gostava tanto da versão original de “Crazier Than You”), estreou na Broadway em 2010 e conquistou o público. É um musical divertido e maravilhoso… o Brasil, inclusive, o produziu em 2012 (PERFEITO DEMAIS!), e foi o primeiro país a produzi-lo fora dos Estados Unidos!

 

Por fim, falando em Brasil, gostaria de comentar mais alguns musicais, que estavam em cartaz no Brasil em 2010. Em primeiro lugar, “Mamma Mia!”, que eu sempre vou dizer que é um dos musicais que eu mais amo! É animado, faz você sorrir, querer dançar, você sai do teatro se sentindo bem! No fim do ano, também estreou no Rio de Janeiro “Hair” (que eu fui assistir em 2012, em São Paulo), e esse musical sempre me toca de uma maneira muito especial… eu amo “Hair” de todo o coração. Embora não tenha estreado em 2010, ainda estava em cartaz nessa época “O Despertar da Primavera”, que é uma versão com o mesmo texto e música do original da Broadway de “Spring Awakening”, mas tinha cenários, figurinos e staging diferentes e ficou excelente. Por fim, “Hairspray”, que estava em suas últimas semanas no Rio de Janeiro em janeiro de 2010, e é importantíssimo para mim porque foi o primeiro musical que eu assisti ao vivo.

Sempre vai ter um lugar especial no meu coração!

 

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Comentários

  1. E imaginar que o fantástico universo dos musicais entrou na minha vida por sua causa. Que texto gostoso de ler, que vontade de assistir a mais musicais. Ainda terei essa oportunidade. E mesmo que eu tenha assistido apenas por vídeo, "Mamma Mia!" também é um dos meus musicais favoritos.

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