Star Trek: Discovery 3x02 – Far From Home

“We are introducing ourselves to the future”

Foi um episódio muito bacana – com bastante tom de introdução. É como os dois primeiros episódios de “Star Trek: Discovery”, lá na primeira temporada, que pareciam mais um prólogo do que qualquer outra coisa… na estreia da terceira temporada, vimos a chegada de Michael a um novo planeta, muitos anos no futuro, e celebramos os novos cenários e possibilidades, bem como a chance que a série estava tendo de finalmente poder explorar novas tecnologias sem ter que ficar, necessariamente, presa ao que a franquia já tinha feito anteriormente. Nesse episódio, algo que queríamos muito: o retorno do restante da tripulação da USS Discovery. Gostei da dinâmica dos dois episódios, um apresentando a jornada de Michael Burnham depois de passar pelo buraco de minhoca, e outro apresentando os desafios da USS Discovery ao segui-la…

E chegar aproximadamente um ano depois.

“Far From Home” tem a possibilidade de nos lembrar quem é que decidiu seguir Michael no fim da temporada passada e, consequentemente, quem é que acompanharemos agora – e eles são confrontados com algumas das mesmas informações com as quais Michael fora confrontada quando chegou, como o fato de a Federação já não existir. Não sabemos, na verdade, quanto da Federação realmente se foi, e é algo interessante de se acompanhar e novo para a franquia. Particularmente, eu devo dizer que Saru e Tilly sempre foram dois dos meus personagens favoritos em “Star Trek: Discovery”, e a dupla que eles formam quando descem da USS Discovery (depois de um pouso bastante conturbado e cheio de riscos) para fazer o “primeiro contato” é fenomenal – bem como o Saru explicando para a Tilly porque a escolheu: porque ela causa uma ótima primeira impressão.

Fiquei todo feliz junto com ela, sério!

O episódio traz um pouquinho de toda a equipe, o que é bem bacana… temos mais de Philippa Georgiou, sempre com seus métodos não-convencionais e tudo o mais – ao contrário de praticamente todo mundo que assiste a série, ela não é das minhas favoritas; temos Paul Stamets, que não está muito bem, mas é lindamente cuidado por Hugh, e é muito bom ver todo o romance entre eles; também estou adorando ver Stamets com Jett Reno, porque ela é uma personagem e tanto! Uma das coisas mais preocupantes, é claro, é o caso de Detmer, porque ela está bastante estranha desde que chegaram ao futuro, e no fim da temporada passada vimos algo acontecer com ela – será possível que algo do Control ainda tenha ficado nela? Será que aquela história toda ainda não chegou ao fim e será que se arriscar indo para o futuro não foi o suficiente?

A USS Discovery está sem comunicação, sem poder voar, sem saber em que planeta ou época estão – por isso, só lhes resta sair e investigar, e é aqui que vemos se formar a dupla de Saru e Tilly, e eles fazem o “primeiro contato” chegando a um bar no qual conhecemos um pouco a respeito daquele planeta, que os moradores chamam simplesmente de “A Colônia”, sem um nome propriamente dito… nesse planeta, mineiros são explorados há muito tempo por um homem chamado Zareh, que deve ser o vilão principal da temporada – ou um deles, pelo menos. Kal, que eu achei que se converteria em um personagem recorrente (ingenuidade minha), conta toda a história deles naquele planeta, todo o abuso de Zareh, e Saru pergunta se “a Federação não interveio”, e então Saru e Tilly descobrem que a Federação já não é mais o que costumava ser de onde eles vieram.

Não depois da Combustão.

Zareh faz uma boa entrada na temporada, também, embora ele seja detestável – ele prende o pessoal da Federação, ele mata Kal, bem quando eu estava começando a gostar dele, e ele fala sobre como a USS Discovery está sendo engolida pelo gelo parasítico do planeta, e como ela será tomada durante a noite, e todos que estiverem dentro dela morrerão… tudo o que Zareh quer é todo o dilítio que eles tiverem para oferecer. Saru é educadíssimo, tenta manter a calma e ser diplomático, mas Georgiou já chega atirando e, naquele momento, era o que eles precisavam. Saru pode dizer o que quiser, mas ela não tinha escolha – não que ela tenha feito por isso, claro, porque ela chegou atirando porque lhe encanta agir dessa maneira. Os tripulantes da USS Discovery e os seus novos aliados enfrentam Zareh e acabam o expulsando… mas o deixam vivo.

Eles deveriam saber que ele voltaria.

Anyway…

No fim do episódio, Saru, Tilly e Georgiou estão de volta na USS Discovery, tentando se livrar do gelo parasítico que se espalha muito rapidamente, até parecer que eles não vão conseguir escapar… mas uma luz cobre a nave e a “abduz”, e imediatamente sabemos que só pode ser uma pessoa: MICHAEL BURNHAM. Foi tão emocionante ver esses grupos se reunirem no final do episódio, mesmo que ainda não tenha rolado um abraço nem nada… mas só de saber que é Michael e que ela está ali, para ajudar: “Saru! I found you. I’ve been looking for so long”. Vemos Burnham em vídeo na USS Discovery, com o seu novo cabelo, uma emoção nos olhos e um grande sorriso nos lábios, contando para eles que os esteve procurando por muito tempo, e que está feliz em vê-los. Faz um ano que Michael Burnham chegou a esse futuro – certamente, ela tem muito a contar/mostrar.

Ansioso para ver para onde a série nos leva agora.

Como disse na outra review: há tanto para se explorar!

 

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