The Twilight Zone 2x06 – 8



“At the bottom of the world, a group of scientists is about to encounter an entity of vast intelligence. What they are about to learn will go further and deeper than anything they hoped to learn. Beyond science, beyond fear, beyond humanity... in The Twilight Zone

Com uma atmosfera meio H.P. Lovecraft, mas sem chegar aos horrores do desconhecido e inimaginável que são a marca do autor em contos como “O Chamado de Cthulhu”, esse episódio de “The Twilight Zone” traz arrepios e sequências que poderiam estar em um filme de horror, e novamente critica a espécie humana: até que ponto podemos chegar na nossa incansável busca pelo poder, pela imortalidade? A atmosfera do episódio é extremamente bem construída, porque se passa inteiramente em um submarino escuro e macabro, onde acompanhamos uma série de cientistas com suas próprias intenções, que nem sempre são compartilhadas com todo o grupo – todos eles, por motivos diferentes, estão estudando umas espécies novas de polvo… e eu devo dizer que isso me deixou o tempo todo desconfortável na cadeira.
Eu tenho certo pavor de polvo – então o episódio me causou angústia. É uma atmosfera sombria, e não tarda muito para que todos percebam que as coisas são bastante sérias… que os animais ali não estão para brincadeira. O episódio começa com um assassinato, e então vemos diferentes comportamentos em relação a tudo o que está acontecendo… qual é o interesse que cada um tem nos polvos que estão observando? Na sequência mais desesperadora do episódio, o polvo consegue usar o encanamento para entrar dentro do submarino, e então ele começa a atacar os humanos diretamente, em uma série de cenas bizarras e brutais, mas eu acho que o que tornou tudo mais angustiante de se assistir foi a representação dos movimentos do polvo, saindo do cano, se aproximando das pessoas, se enrolando em volta deles – eu não consegui ver tudo.
A proposta do episódio não era ruim, embora seja o que eu menos gostei até aqui na temporada – mas não é tão ruim quanto “The Traveler”, na primeira temporada. O clímax do episódio acontece quando dois dos cientistas decidem que podem matar o polvo, enquanto uma cientista quer mantê-lo vivo para experimentos, e descobrimos, eventualmente, que é um projeto para adquirir novas características dos polvos, coisas que vão ajudar os seres humanos em camuflagem, a viver em oceanos… coisas que a evolução não fez por nós. E, assim, uma nova espécie de ser humano nasceria. O problema é que o polvo por trás disso tudo é igualmente inteligente, e ele acaba virando o jogo a seu favor, o que é a única coisa no episódio que realmente grita para mim “The Twilight Zone”: quando o polvo usa o mesmo projeto para fazer o inverso:
Polvos vão usar características humanas que eles não têm para dominar o planeta.
Nós somos apenas um passo, uma ferramenta, na evolução deles.
Irônico, no mínimo.

“What if our role has always been not to rule this world, but to prime it? To lay the foundation for the true inheritors of the Earth? The reign of humankind has come to a close today, here in the dark, icy waters of The Twilight Zone


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