Sítio do Picapau Amarelo (2004) – A Estrada: Parte 2



“Você já viu bruxa em foto, Visconde?”
Todo o Sítio do Picapau Amarelo está sentindo falta da Tia Nastácia, que está presa na caverna da Cuca para cozinhar para ela, limpar o lugar e fazer suas unhas – “Vê se pode? Com essa idade, virar empregada da Cuca!” A Tia Nastácia até tenta escapar quando pega a vassoura da Cuca para varrer e se dá conta de que pode sair dali voando – “Gente, peraí. Isso aqui é uma vassoura de bruxa. Nastácia, vassoura de bruxa voa! E se você, é agora que eu vou embora dessa caverna, e voando, hein?” –, mas é óbvio que ela não sabe controlar a vassoura, e acaba caindo por ali mesmo, e em cima do Pesadelo. Além de estarem preocupados com a pobre Tia Nastácia, o pessoal do sítio ainda precisa enfrentar o terrível Coronel Timbó Jr., que é capaz das piores maldades para convencer a Dona Benta a vender suas terras para ele, além de descobrir qual é o segredo de Cléo.
Maria Cléo, a misteriosa garota que apareceu recentemente pelo Sítio, está se perguntando por que tá todo mundo estranho com ela, tipo o Pedrinho, que mal fala com ela, e Narizinho lhe explica que é porque ele acha que ela não confia nele. Narizinho ainda pergunta aquilo que todo mundo quer saber: de onde ela conhece o Coronel Timbó? Dona Benta chama Cléo para conversar, porque “já chega de invencionices”, mas é claro que a garota dá um jeito de escapar das perguntas da pobre Dona Benta, que só quer saber onde estão seus pais e por que ela está ali. Dona Benta ainda diz que “quer uma história que não seja maluca”, e Cléo argumenta bem, dizendo que ali tem boneca de pano e sabugo de milho que falam, então eles não deviam ser assim tão céticos… mas Dona Benta não vai se deixar enrolar dessa vez. Ou talvez vai.
Porque Cléo finge um desmaio e escapa pela janela.
Menininha terrível!
Timbó, por sua vez, manda homens do governo ao Sítio do Picapau Amarelo para medir as terras e saber quanto vale, e aquele é um momento bastante desesperador, porque o Coronel Timbó Jr. não desiste mesmo: “Aquelas terras do Sítio do Picapau Amarelo vão ser minhas!” Visconde, como advogado da proprietária, diz que aquela é uma propriedade privada e eles não podem entrar ali sem um mandato judicial ou pelo menos um convite de Dona Benta, mas o sabugo de milho não tem muito sucesso expulsando os medidores de terra… o Quindim e o Conselheiro, por sua vez, já são um pouco mais assustadores, e os caras dão no pé. Mas isso só piora tudo, porque o Coronel Timbó resolve chamar os seus jagunços para “dar um jeito nisso de uma vez por todas”, e ele decide ir pessoalmente ao sítio, para garante que “não vai sobrar ninguém de pé”.
“Aquela Dona Benta vai tomar uma lição!”
Ele é assustador. Felizmente, o Caipora faz com que eles se percam na mata.
Sofri tanto com a Dona Benta com a voz embargada, dizendo que aquele é seu lar e ela não pode perder aquele sítio… enquanto isso, Emília faz um acordo com o Caipora e com os sacis, dizendo que eles os ajudarão a encontrar o primo deles (aquele saci que o Coronel prendeu em uma garrafa), se eles a ajudarem a encontrar a Tia Nastácia, e o Saci já sabe responder a essa pergunta: ela está na caverna da Cuca. Então, Emília arma um plano com uma máquina fotográfica: ela pode tirar uma foto da jacaroa, e então fingir que ela prendeu a sua alma lá dentro, para que a Cuca fique nas suas mãos… bem, será que a Cuca acreditaria em algo assim? Eles não têm certeza disso, mas o Pesadelo sim com certeza cairia nessa armação da bonequinha de pano, então vai ter que servir. Eles invadem a caverna da Cuca e Emília tira as fotos que precisa.
Quando o Visconde revela as fotos, no entanto, eles veem que a Cuca não saiu na foto, e Emília se faz de entendida (como se o plano não tivesse sido dela desde o início), dizendo que “Bruxa não sai em foto. Você já viu bruxa em foto, Visconde?”, mas a foto do Pesadelo fica perfeita… agora, ela só precisa atrair o Pesadelo até o Sítio, e ela manda os seus besouros irem buscá-lo, dizendo que “tem comida no sítio”. Certeza que assim o Pesadelo vem. E ele vem. Quando o Pesadelo chega ao Sítio e Emília lhe mostra sua foto, dizendo que “está com a sua alma”, o Pesadelo começa a fazer tudo o que ela quer – afinal de contas, Emília ameaça fazê-lo ficar bonzinho, ou tomar banho todo dia, ou trancá-lo dentro de um armário, ou colocá-lo em uma galinha… morrendo de medo, Pesadelo resolve obedecer a Emília, e é ele quem vai levar para a caverna uns ovos especiais para uma omelete.
Ovos com soro de planta dormideira.
Outro plano da Emília.
O Caipora e os sacis, enquanto isso, descobrem que foi o Coronel Timbó Jr. que prendeu o primo deles na garrafa, mas quando eles o enfrentam, o Coronel mente que não foi ele quem fez isso, mas a “Dona Benta”, e os inocentes seres da mata acreditam nele. Então, eles vão até o Sítio do Picapau Amarelo atrás da Dona Benta, causando uma confusão no sítio, dando nó no rabo do Pangaré e azedando o leite do Tio Barnabé, por exemplo. Eles também acabam com a cozinha, e o Caipora cai do telhado no meio da sala de Dona Benta, e a confronta, a ameaça, para que ela solte o seu primo, e é cruel ver a Dona Benta sendo chamada de “velha malvada”: “A senhora vai soltar o saci por bem ou vai soltar por mal?” As crianças tentam defender a avó, mas a confusão só chega mesmo ao fim quando o Saci, nosso amigo, aprece dizendo que não foi a Dona Benta coisa nenhuma.
Ele ouviu o Timbó falar sobre isso.
Mas ele saberia, mesmo que não tivesse ouvido… a Dona Benta nunca faria isso!
“Solta a Dona Benta! Não foi ela que prendeu o primo na garrafa, não!”


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