O Diário da Princesa, Volume II – A Princesa Sob os Refletores


Em O Diário da Princesa, Mia, uma típica adolescente de Nova York, descobre de uma hora para outra que é a única herdeira do trono de Genovia e sua vida vira de cabeça para baixo. Agora, ela recebe outra notícia bombástica: sua mãe está grávida de seu professor de álgebra. Ainda em choque com a novidade, Mia nem imagina o que a espera pelos próximos dias…

Querendo ver Rocky Horror no Village, desesperadamente.
Acho que o segundo livro d’O Diário da Princesa é ainda mais envolvente do que o primeiro… agora que nós já estamos por dentro de tudo o que está acontecendo e conhecemos esses personagens, parece ainda mais interessante ler suas histórias, e sofrer com eles. Continuo admirando a maneira como Meg Cabot escreve, e como ao fazê-lo, ela consegue nos aproximar dos personagens. Parece que somos confidentes de Mia Thermopolis, seus melhores amigos. E nós amamos as mesmas pessoas que ela ama, pela maneira verdadeira como ela fala deles em seu diário… é uma proposta interessantíssima que nos deixa muito envolvidos!
O segundo livro da série, A Princesa Sob os Refletores, traz algumas histórias: inicialmente eu estava achando bem simples e direto, mas vamos lá. Temos aquele início com uma doença falsa para que ela não possa ir à entrevista do TwentyFour/Seven, que acaba acontecendo, e parte do livro é sobre as conseqüências disso. Também temos a novidade de que a mãe de Mia agora está grávida do Sr. Gianini, então eles estão para se casar – fora toda a história de que Grandmère quer preparar um super casamento real para ela! E, por fim, um dos sonhos de Mia está prestes a se realizar quando ela ganha um admirador secreto chamado JoCrox, que começa a mandar mensagens românticas para ela.
Como ela queria que fosse Michael Moscovitz.
Vamos à entrevista. Eu fiquei muito contente com a maneira como isso tudo aconteceu, e mesmo que Mia Thermopolis tenha ficado terrivelmente envergonhada com o que disse ao TwentyFour/Seven (e convenhamos que não foi uma ótima entrevista mesmo), tivemos boas repercussões. Como a reação de Tina Hakim Baba ao telefone, que foi uma das coisas mais fofas de todo o livro! E aquela entrevista “verdadeira” promovida por Lily no Lily Tells It Like It Is. O casamento da mãe gerou cenas excelentes como listas e todos os cuidados de Mia com ela (“Não tome a água do México!”), fora o desespero de Mia com o casamento organizado por Grandmère, que ela sabe que a mãe não vai gostar, de jeito nenhum.
Assim como seu antecessor, o livro está cheio de referências bacanas que me deixaram bem animado. Além do convencional, como as comparações de seu pai ao Capitão Picard em Jornada nas Estrelas: A Nova Geração, tivemos um pouquinho de Josie e as Gatinhas (isso vem diretamente do admirador secreto!), SOS Malibu e Dirty Dancing – em mais de uma cena! Também tivemos aquele comentário sobre como as alunas na escola não podem usar as pontas da camisa amarradas como a Britney Spears e “Eu sou o rei do mundo!” Fora a possibilidade de um encontro com Michael Moscovitz (não que ela se dê conta que é esse tipo de coisa acontecendo), na noite de Halloween, à meia-noite, no Village, para assistirem ao Rocky Horror.
Sério, eu quero ir. Alguém me leva!
Fora isso, e eu também deixei essa parte para outro parágrafo, TIVEMOS O MÁGICO DE OZ. Bem, talvez no blog vocês ainda não saibam o quanto eu sou fascinado pela história, e as pessoas ao meu redor não param de escutar sobre O Mágico de Oz e Wicked desde que eu escolhi isso como tema do meu TCC. Todo mundo que me conhece não pode ver nada do tema que já me mostra. Enfim. Mia Thermopolis prova o vestido para o suposto casamento da mãe, e se sente maravilhosa, se sente princesa pela primeira vez. Trata-se do vestido mais lindo que ela já viu na vida, exatamente como o da Glinda, a Bruxa Boa, talevz com menos brilho. E eu só posso imaginar o quanto ele deve ter ficado estonteante mesmo.
E, ainda, a seguinte descrição de um jogo criado por Michael Moscovitz:
“[…] um jogo de computador que ele inventou chamado Decapite o Backstreet Boy. Nele a gente precisa atirar facas e machados, coisas assim, nos componentes da banda Backstreet Boys. A pessoa que cortar a cabeça do maior número de Backstreet Boys passa para o nível seguinte, em que decapita os caras do 98 Degrees, depois do N’Sync, etc. O jogador que conseguir cortar mais cabeças pode gravar suas iniciais a ponta de faca no peito nu do Ricky Martin” (p. 194)
Cruel, eu sei. Mas eu ri. Talvez também por gostar tanto de Michael Moscovitz. O próximo livro se chama “A Princesa Apaixonada”, e eu sinto que muito disso terá relação com Kenny de Biologia, mas eu não posso deixar de esperar por mais Michael Moscovitz… os dois têm tanta química, e suas cenas são sempre tão lindas. E como Mia não nota o quanto Michael se importa com ela, o quanto gosta dela? Acho que todos nós somos assim na adolescência… eu achei todos os momentos dos dois apaixonantes (como o “tá legal, o Michael” duas vezes na mesma página, quando falando sobre querer que um garoto a chame de sua garota e coisas assim), e mesmo o final, quando ela descobre que o JoCrox é o Kenny (de Biologia), ela diz que ele não é tão ruim, mas ele não é o Michael Moscovitz.
Compreensível, huh?
Adorei o final do livro, muito mais do que eu gostei do final do primeiro. Sei lá, o primeiro acabou naquele clássico de um baile… o segundo acabou em uma versão trash de Rocky Horror no Village, à meia-noite, no Dia das Bruxas, com todos fantasiados, gritando respostas às falas dos personagens e jogando coisas na tela… é tão mais minha cara! Meu sonho, na verdade. E eu adoro como os sinais são tão eficazes e irrefutáveis! Como, ao ter o ombro envolvido pelo braço de Kenny, Mia percebe a reação de Michael, e eu fico triste por ele. Ou (e isso é uma das coisas que eu mais adoro!) como a Lily sabe tudo o que está acontecendo. Como olha para Kenny, depois para Mia, depois de volta para Kenny e por fim para Michael. E então levanta-se e tira todos dali. Mia termina o livro sonhando em ver o Michael sem camisa na manhã seguinte, já que vai dormir na casa da Lily.
E quem pode culpá-la?
Mas acho que um destaque maravilhoso está na maneira como Grandmère foi vencida nesse livro! Todo o casamento que ela organizava não deu em nada, como Helen e o Sr. Gianini fugiram para se casarem sozinhos em outro lugar. Ela foi vencida de maneira bela. Quanto aos pais de Helen, eu acho que eu esperava mais… as partes da Mãezinha e do Paizinho não foram assim tão interessantes, mas eles trouxeram com eles um dos maiores destaques do livro: HANK.
Ah, como eu adorei o personagem de Hank, toda sua transformação e como eu ri. Hank é um primo de Mia, super caipira, mas absolutamente bonito… então meio que irresistível às mulheres. E ele acaba desaparecendo (DUAS VEZES!) com Lily Moscovitz, e é hilária a maneira como Mia escreve! “Estou me sentindo culpada. Hank aparentemente é atraente demais para ficar solto por aí no meio dessa galera. Devia ter reconhecido isso. Devia ter reconhecido que a atração por um garoto do campo sem cultura mas absolutamente lindo seria mais forte do que a atração por um gênio musical sem tanto charme, vindo da Rússia” (p. 174) / “Imagino se ela vai achar que vale a pena ficar sentada na lanchonete por uma hora depois da aula com os outros delinqüentes juvenis para ter os momentos fugazes de volúpia adolescente que está tendo com o Hank” (p. 174). E as alternativas de lugares onde os dois possam estar juntos! “5. Transando como dois animais no cio no quarto dele no SoHo Grand. AI, MEU DEUS!” (p. 175). As expressões de Mia, parece que consigo escutar seu desespero, e seu discurso irônico guiado pela incredulidade! Aquele tom… é excelente.
Sim, NOVA REFERÊNCIA. Ele chega todo diferente, transformado por Lily, modelo contratado pela Ford Models como a nova cara das cuecas Calvin Klein (só eu que não consigo ver isso e não pensar em De Volta Para o Futuro?), e agora Hank está super parecido com Keany Reeves em The Matrix.
Vale lembrar que era um filme bem recente na época de escrita do livro.
Esperando mais de Michael Moscovitz no próximo livro! E, para finalizar, embora eu já tenha trazido algumas passagens do livro durante o texto, eu ainda quero deixar esse parágrafo, porque é algo que eu realmente adorei. Como eu disse, eu adoro aquela proposta do The Rocky Horror Picture Show no Village, à meia-noite no Halloween, e a maneira como Mia fala sobre a experiência. E agora nem tem nada a ver com ela presa entre Michael e Kenny, nem a revelação de quem era JoCrox, apenas sobre o livro mesmo, e um pouquinho de referência a um filme de que eu realmente gosto:
“O Rocky Horror, mesmo quando a gente mal pode esperar que ele acabe [para falar com Michael], é muito engraçado. Todos agem como lunáticos. As pessoas jogavam pão na tela, e abriam guarda-chuvas quando chovia no filme, e se requebravam. Realmente é um dos melhores filmes de todos os tempos. Quase destrona o Dirty Dancing como meu preferido, mas só que ele não tem o Patrick Swayze” (p. 242).

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