Xuxa Só Para Baixinhos (2000)

“Cinco patinhos foram passear…”

Lançado em 05 de outubro de 2000, o primeiro “Xuxa Só Para Baixinhos” deu início à coleção de maior sucesso da carreira de Xuxa Meneghel para o público infantil: álbuns de áudio e vídeo com canções para crianças pequenas, em uma estética colorida e animada, com toques educativos, que marcaram toda uma geração que cresceu ouvindo, cantando e dançando com a Xuxa. Diz-se que a ideia do “Xuxa Só Para Baixinhos” surgiu da própria apresentadora, graças ao nascimento de Sasha, e o projeto busca inspiração em projetos infantis de outros países, como o Hap Palmer ou o The Wiggles, traduzindo várias canções para o português para criar um álbum leve, clássico e nostálgico, em uma época em que esse tipo de projeto não era tão comum no Brasil.

E em uma época antes da difusão da internet!

Pode não parecer uma novidade tão grande assim se olharmos para “Xuxa Só Para Baixinhos” com os olhos de 2025, mas em uma época em que o YouTube não estava aí ainda (ele só seria criado 5 anos mais tarde)? Era um feito e tanto! E, naturalmente, foi um fenômeno merecido! O álbum, bem recebido pelo público e pela crítica, conquistou dois discos de ouro e um de platina, e esse era apenas o início desse grande sucesso – o álbum subsequente, “Xuxa Só Para Baixinhos 2”, venceria o Grammy Latino como Melhor Álbum Infantil. As músicas e os clipes remetem a brincadeiras, a algo lúdico e/ou a algo educativo, e esse primeiro álbum ainda tem uma cara meio “norte-americana”, que foi se tornando cada vez mais brasileira no decorrer dos próximos álbuns.

E quando cada XSPB tinha seu próprio tema?! Mas chegaremos lá.

Com um visual bem claro, onde predominam os fundos que remetem ao céu azul com nuvens brancas, o álbum de vídeo do primeiro “Xuxa Só Para Baixinhos” traz três garotas de roupas mais ou menos futurísticas, cada uma de uma cor – a X, a Y e a Z –, que ao lado da Xuxa introduzem cada uma das músicas. As músicas, que podem ser passos de dança (“Batatinha Bem Quentinha”), brincadeiras (“Trenzinho”) ou canções educativas (“Atravessar a Rua” e “Os Números”), trazem também outros personagens para se juntar a essa festa, como a Xuxinha e o Guto, que são personagens animados que já existiam antes do projeto, e o Teddy, o Polvo (talvez o personagem mais popular da coleção “Xuxa Só Para Baixinhos” só chegaria na próxima edição).

Quando pensamos no primeiro “Xuxa Só Para Baixinhos”, duas músicas foram o grande destaque desse álbum, lembradas até hoje: “Cabeça, Ombro, Joelho e Pé”, com a coreografia que foi replicada por todo o país; e “Cinco Patinhos”, o clássico desse primeiro álbum. Eu ainda destaco duas canções das quais gosto bastante, particularmente: “Shake Shake”, que tem uma referência gostosa a Elvis Presley; e “A Borboleta”, que é a canção que encerra o álbum em um tom mais lento e melancólico. “A Borboleta” é a única música que não é a versão brasileira de uma canção presente em projetos internacionais, porque foi composta especialmente para a afilhada de Xuxa Meneghel, que morrera de meningite alguns anos antes. Como adultos, entendemos o peso e a dor dessa canção.

“Xuxa Só Para Baixinhos” foi e é um fenômeno. A marca se tornou um nome forte no mercado brasileiro para crianças, rendendo 13 lançamentos entre 2000 e 2016, com um 14º XSPB, intitulado “Cores”, lançado agora em 2025. É parte do legado que a Rainha dos Baixinhos construiu para seu público, ao lado de programas que marcaram época, como o “Xou da Xuxa” e o “Xuxa Park”, ou filmes que fizeram parte de tantas infâncias, como “Xuxa e os Duendes” e “Super Xuxa contra Baixo Astral”. Retornar a “Xuxa Só Para Baixinhos” em parte me levou de volta à minha infância, e agora pretendo visitar os diferentes lançamentos da coleção, dentre eles a sequência incrível formada por “Circo” e “Festa”, que eu considero os melhores XSPB de todos.

Vai ser uma jornada e tanto!

 

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Comentários

  1. Ah, eu tinha a fita! De todos os volumes até o sexto. Mas meu favorito era o 2. Agora você desbloqueou memórias que eu nem sabia que tinha! Acho que esse daí foi umas das primeiras coisas que eu assisti quando era pequena, porque eu sou de 2000, então tinha 1 ou 2 anos quando foi lançado. Não tem jeito, eu era muito uma criança da Xuxa (embora também gostasse da Eliana).
    O clipe de Borboleta sempre me arrepiava. E minha mãe diz que eu gostava da música do Guto com o martelo kkkk.

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    1. O 2 é realmente muito bom e muito melhor do que o primeiro... eu já o reassisti e já escrevi um texto sobre ele, pretendo trazê-lo em breve para cá, acho que você vai gostar de ler! Desbloquear algumas outras memórias haha

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