Capitão América: Admirável Mundo Novo (Captain America: Brave New World, 2025)

“Steve gave them something to believe in, you give them something to aspire to”

Um novo Capitão América para um novo grupo de Vingadores e uma nova era do Universo Cinematográfico da Marvel. Sam Wilson é um personagem conhecido dos filmes do estúdio, que fez sua primeira aparição em “Capitão América: Soldado Invernal” e lutou ao lado dos outros heróis como o Falcão, além de protagonizar a série de 2021, “Falcão e o Soldado Invernal”. Com a “aposentadoria” de Steve Rogers e a necessidade de passar o seu escudo adiante, Sam Wilson foi escolhido como O PRÓXIMO CAPITÃO AMÉRICA, e “Capitão América: Admirável Mundo Novo”, lançado em 2025, é a estreia de Sam na tela de cinema com um novo uniforme e um novo nome, conforme ele dá seus primeiros passos como novo líder… e é uma boa construção do personagem!

Eu não acho que “Admirável Mundo Novo” figure dentre os melhores filmes da Marvel, mas tampouco figurará entre aqueles que consideramos ruins: é um filme competente dentro de sua proposta e que apresenta personagens que gostamos de acompanhar – gosto muito de Sam, e gosto muito de Joaquín. Aqui, o Capitão América está lidando com Thaddeus Ross, o presidente dos Estados Unidos que o quer trabalhando para o governo e começando um novo grupo de Vingadores, mais como propaganda política do que qualquer outra coisa, e o planeta pode estar à beira de uma guerra por causa do adamantium, um metal ainda mais poderoso do que o vibranium, que foi descoberto na “Ilha Celestial”, que é o Tiamut saído do oceano como vimos em “Eternos”.

As tensões se agravam quando, durante um evento, o presidente é atacado por Isaiah Bradley, um antigo amigo de Sam que foi mantido prisioneiro do governo durante 30 anos e que poderia estar buscando vingança… mas não está. Ciente da inocência de Isaiah, Sam precisa salvá-lo antes que uma sentença de morte seja decretada e, para isso, ele precisa descobrir quem está por trás do ataque, o que o leva a uma trama de controle da mente que nos reapresenta a Samuel Sterns, personagem introduzido em “O Incrível Hulk”, de 2008, e cuja inteligência super-humana vem da contaminação com o sangue de Bruce Banner… Sterns foi usado por Ross durante anos, e agora ele planeja vingança – e não se importa de causar uma guerra e destruir o mundo no caminho.

Em muitos sentidos, o filme é a jornada de Sam Wilson até que ELE se sinta, de verdade, o Capitão América. Ele tem esse título e o escudo lhe foi confiado pelo próprio Steve Rogers, mas ele ainda se pergunta se ele está à altura. Ele está, e precisa entender isso… acreditar nisso. Em “Admirável Mundo Novo”, Sam Wilson é convidado a conquistar sua independência como super-herói, defender as coisas nas quais acredita e confiar em si mesmo. Ele tem uma conversa muito interessante nesse sentido com o Buck, que tem um ar mais sério e sentimental, mas conclui com uma piada e um momento leve entre eles, mas a mensagem é clara: Steve Rogers o escolheu por quem ele é. E a sua batalha final contra o Hulk Vermelho diz muito sobre ele como Capitão América.

O filme também introduz dois novos personagens importantes nos filmes da Marvel. Primeiro, Joaquín Torres, que embora tenha aparecido em “Falcão e o Soldado Invernal”, faz sua estreia no cinema com “Admirável Mundo Novo”, e ele é um personagem extremamente carismático, que tem um bom timing de comédia, comentários interessantes e muito espaço para se desenvolver. Gradualmente se tornando o novo Falcão, Joaquín ainda tem muito a aprender, mas tem determinação o suficiente para já ser considerado um herói. Não vejo a hora de vê-lo com os Vingadores. Também conhecemos Ruth Bat-Seraph, uma ex-Viúva Negra que é contratada pelo Presidente Ross para cuidar sua segurança e se torna uma personagem cada vez mais importante no filme.

E falando em Presidente Ross… a vingança de Sterns, que passa por uma espécie de “envenenamento” do presidente, visa revelar para todo o mundo quem ele realmente é, e o filme brinca com uma quase transformação dele em um momento de tensão, mas o Presidente Ross se transforma mesmo no HULK VERMELHO durante um discurso que está sendo transmitido para todo o mundo. O Hulk Vermelho, maior e mais forte do que o Hulk Verde, é um desafio e tanto para Sam Wilson como Capitão América… um desafio que ele encara bravamente durante a sequência de ação do clímax do filme, mas que ele percebe que não poderá vencer de verdade – sua única alternativa é tentar trazê-lo de volta para a sua consciência de Ross.

E é o que ele faz.

Visualmente, eu gosto do filme… não pretendo parar para analisar CGI, tendo em vista que a Marvel está bem inconstante nesse sentido, mas penso principalmente em UNIFORMES. O visual de Sam Wilson como Capitão América é SIMPLESMENTE PERFEITO. Eu adoro a maneira como as cores são colocadas em seu uniforme, como o escudo combina com ele e como ele continua tendo asas, já que ele passou muitos anos lutando como Falcão e não teria motivo para diminuir sem poder de ataque se ele é tão bom com elas! Fica incrível esse uniforme de Capitão América com as asas que Wakanda fez para ele, e a parte de mim fã de histórias em quadrinhos vibra com esse visual. Também queria ter visto um uniforme novo para o Joaquín como Falcão.

Fica para “Doomsday”.

Talvez o principal problema de “Capitão América: Admirável Mundo Novo” seja algo que não se restringe a ele na atual fase do MCU: ele parece depender demais de outros filmes para fazer sentido, e durante os primeiros minutos, parte de mim não estava acompanhando, e a outra parte não se importava… é difícil depender excessivamente de outras narrativas para fazer sentido quando se depende de um filme de 17 anos arás e de uma série lançada há 4 anos e que muita gente que só acompanha os filmes não chegou a ver. Eu gosto, sim, da ideia de uma “grande história” sendo contada em vários capítulos e as peças se encaixando, mas eu também sou a favor de obras que se sustentam por si só. Mas, como disse, não é uma crítica a esse filme, mas em geral.

Caminho está sendo preparado para os próximos Vingadores.

 

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Comentários

  1. Concordo com o que você falou. São muitos filmes e séries. É legal quando eles fazem uma ou outra referência, mas quando o filme depende demais dos que vieram antes fica complicado acompanhar. Recentemente eu assisti Thunderbolts. Me falaram que seria bom ver Viúva Negra e a série Falcão e o Soldado Invernal pra acompanhar a história. Não assisti a série, mas consegui entender bem e gostei do filme.

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    1. Eu ainda não vi Thunderbolts, mas pretendo ver e comentar em breve! Vi comentários muito positivos sobre ele mesmo.

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