Memoir of Rati – Episódio 1

Romance proibido no início do Século XX.

Devo dizer que eu gosto bastante de uma narrativa de época… e é por isso que “Memoir of Rati” me chamou a atenção quando foi anunciada. Confesso que parte de mim teme o que será apresentado, porque mesmo que com séries excelentes como “Moonlight Chicken” e “1000 Stars” em sua história, a GMM não tem realmente entregado séries tão boas assim, mas eu estou dando um voto de confiança porque quero entender mais desse amor que surge entre dois homens no início do Século XX em Sião: uma época ainda mais conservadora do que agora, e ainda agravada por conflitos como a Primeira Guerra Mundial. Constrói-se um cenário interessante, e o primeiro episódio é uma boa conexão entre Rati e Thee – embora ainda existam verdades não ditas.

A introdução do episódio traz Rati e suas constantes escritas para Sião, junto a um grupo francês liderado pelo seu pai: embora sua mãe fosse do país, seu pai é francês e uma das primeiras coisas que ele diz ao filho, aqui, é que ele precisa se lembrar de quem ele é… ele está ali em uma missão política, trabalhando como intérprete. A tensão da Primeira Guerra Mundial promete ser constante durante “Memoir of Rati”, e Sião é um território que tentou se manter neutro no conflito até o momento, mas cujos arredores já foram tomados ou pela Inglaterra ou pela França… eles sabem o que os franceses querem ali. Há essa tensão não-dita, mas notável, e Rati está no meio de algo muito maior do que ele jamais imaginou… e com complicações que tampouco esperava.

Durante a sua primeira noite no país, Rati resolve sair, mesmo sem autorização, para ir à festa no templo, cujos fogos ele consegue ver de sua janela… dizem que as festas nos templos são incríveis! E Rati de fato tem uma noite interessante, na qual ele conhece Thee, um homem de quem ele tenta manter certa distância, inicialmente, porque ele foi advertido sobre ladrões em festas como essa e sobre ele ser um “alvo fácil” por ser claramente estrangeiro – mas os dois acabam construindo rapidamente uma relação de quase confiança. Quer dizer, o fato de Thee devolver a ele o seu saco de moedas bordado pela irmã, que ele derruba, e de depois correr atrás do ladrão que o tenta roubar mostra a Rati que ele não é um dos ladrões de quem precisa se proteger.

As conversas e as caminhadas de Thee e Rati são gostosas de se assistir, ainda que o problema de confiança seja algo forte: quando Rati retorna para casa e dá pela falta do medalhão de sua mãe em seu pescoço, ele vai atrás de Thee e o acusa de o ter pego, mas eventualmente percebe que ele deve ter deixado cair no lago, na luta contra o ladrão mais cedo… e Thee é um máximo entrando na água suja e escura durante a noite para tentar encontrar o medalhão de volta para Rati – sem sucesso, inicialmente, mas eles retornam no dia seguinte para entrar juntos na água e não desistir até que ele seja encontrado. Pouco me importava com o medalhão, para dizer a verdade, mas amei a série por colocar o Thee sem camisa durante tantos minutos já na estreia da série.

É um bom motivo para continuar aqui.

Assim, com o Thee ajudando o Rati a recuperar algo que é muito importante para ele, os dois talvez se tornem amigos. A primeira conversa deles, na noite anterior, trouxe o tema da “confiança” à tona, e se Rati ainda não podia confiar nele na época, talvez agora ele possa… a reta final do episódio, no entanto, nos revela que Thee não é quem Rati pensou que ele fosse, ou quem nos foi apresentado desde a sua primeira aparição: ele é um nobre, que estava praticamente “fantasiado” no meio do povo na festa do templo. Um nobre imediatamente apaixonada, se pensarmos em tudo o que ele fez por Rati naquela noite. Mas um nobre que não diz quem é, e que agora é colocado justamente para se aproximar de Rati, o “intérprete do embaixador francês que chegou ao país”.

A série promete algumas tensões políticas e um romance proibido.

Estou curioso.

 

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