Turma da Mônica Jovem (3ª Série, Edição Nº 11) – Tempestade
A Morte e a Ceifeira.
A Ceifeira
já deixou claro que alguém no Bairro do Limoeiro está prestes a morrer… uma luz
está prestes a se apagar. Em “Tempestade”, a quinta edição desse
arco da “Turma da Mônica Jovem”, uma
chuva pesada começa a cair sobre o bairro, prenunciando a morte de uma
personagem querida – e entendemos que a Ceifeira se afeiçoou a essas pessoas e,
por isso, tentou alertá-las, tendo avisá-las do perigo que estava por vir como
se, assim, elas pudessem “se preparar”. Foi um erro, naturalmente. Agora, os
jovens estão preocupados com o que pode acontecer, tentando encontrar uma
maneira de impedir que isso aconteça
e ninguém consegue “se preparar” para a perda de um ente querido. Mesmo sabendo
antes, a dor será igual…
Depois de “Uma Luz Que Se Apaga”, veremos a turma
lidar com o luto?
Faz tempo
que o arco assumiu um tom bastante melancólico que não nos deixa pensar que
isso tudo é “um alarme falso”. Nós sabemos que algo triste está prestes a
acontecer, cada novo capítulo deixa isso muito claro… a conversa da Ceifeira
com a própria Morte é um ponto importante dessa edição e dessa história. E
então, nessa incerteza de não saber de quem eles devem se despedir, os jovens
da turma tentam algo arriscado: oferecer a própria vida em troca de quem quer
que esteja para ser levado. É através de Cebola que vemos esse plano em ação, e
ele sabe exatamente como chamar a atenção da Ceifeira, mas embora a sua ameaça
de se jogar do alto do prédio onde o Cascão quase se machucou seja vã, a sua
coragem em seguida não é.
Fica claro
para a Ceifeira a coragem de Cebola e a sua determinação de se entregar para
garantir que a sua família e os seus amigos estejam em segurança… mas ele não é
o único a ter essa ideia: todos os seus melhores amigos também tiveram um
encontro similar com a Ceifeira, que admira a sua coragem e o amor que eles têm
uns pelos outros, mas explica a cada um deles que não é assim que funciona… não é ela quem escolhe quem vai ser
levado, mas também não são eles, e eles não podem oferecer a sua vida em troca
de outra. É durante essa tempestade, que chama a atenção da Magali em
específico, que ela se dá conta de quem é que vai ser levada… então ela corre
até o Jardim Botânico do Bairro do Limoeiro esperando que ainda dê tempo…
Tempo de salvar a Ramona.
Infelizmente,
eu sinto que com a construção dessa tensão pré-clímax, as histórias curtas da
edição acabam por perder consideravelmente o impacto… eu mesmo senti que eu não me importava o suficiente com as
outras histórias que estavam sendo contadas – e, ainda por cima, elas não são
histórias que entregam mesmo o protagonismo para personagens secundários, como
aconteceu outras vezes com a ideia de ter “histórias curtas” em cada edição. É
verdade que as coisas estão muito mais
concentradas aqui, mas ainda assim temos uma história que é protagonizada
por Cascão e a família, e outra que é protagonizada pelo Cebola e a família…
pensando bem, no entanto, vejam aí a temática em comum desse arco: a família.
Em “Raridade”, o Seu Antenor perde o
emprego depois de 10 anos trabalhando na mesma empresa, e então, naturalmente,
ele fica preocupado com o sustento da casa. Como ele tem os seus direitos para
receber, a esposa tenta tranquilizá-lo dizendo que eles vão dar conta até ele
achar outro emprego, e Antenor realmente tenta se divertir e o faz por algum
tempo, aproveitando o seu tempo livre, mas quando as dívidas começam a
acumular, ele começa a se preocupar… e é aí que o Cascão entra em ação para
ajudar o pai, tentando vender alguns gibis da sua coleção, e descobrindo que
colecionadores pagariam bastante por algumas
edições raras, o que o leva até uma pequena e inusitada aventura através
das coleções na casa do seu Tio Feitoso.
Por fim,
temos “Os Cebolas Saem de Férias”,
uma história que sabemos exatamente para
onde vai nos levar assim que começamos a lê-la. A ideia é que o Seu Cebola quer
levar a família para uma viagem boa de verdade, com direito a passagens de
avião e um resort 5 estrelas, mas nada sai como planejado – primeiro, porque
ele não ganha o bônus que estava esperando e as passagens de avião são caras;
depois, porque ele acha que está sendo perseguido por um caminhão, sai da
pista, quase causa um acidente e, ao chegar ao resort, se dá conta de que a mala
vermelha na qual estava o recibo da reserva não está com ele… mas isso tudo é
para mostrar que eles não precisavam de todo aquele luxo para se divertir e
curtir bons momentos em família.
Mas voltemos
à trama principal agora… e a Ramona?
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