Turma da Mônica Jovem (2ª Fase, Edição Nº 6) – Cebola na Austrália


“Como vive? O que faz? O que come? O que sente?”
Cebolinha está voltando de seu intercâmbio na Austrália, seis meses depois de partir. Confesso que uma edição focada em Cebola e com a Mônica com ciúmes por causa da Irene, que voltou a aparecer, não me empolgou em nada. Enrolei um pouco a leitura por isso. Ah, a Irene? É aquela garota “De que planeta personagem secundário você saiu?” da edição #5 da primeira fase, lembra? Mas surpreendentemente a história não é sobre ciúmes da Mônica e tudo o mais… temos uma edição bacana, leve e que rende… os traços estão lindos, especialmente os da contra-capa (que, não pela primeira vez, está mais bonita que a capa oficial), que estão apaixonantemente BELÍSSIMOS. Dividida em muitos capítulos, a edição do “Cebola na Austrália” finaliza a ausência de um dos personagens principais da Turma da Mônica Jovem.
Agora vamos ver o que o espera no Brasil, depois desse intercâmbio!
Não estava animado pra edição, mas gostei do modo. Gostei da narração do Cebola, bem despreocupada, conversando com a Mônica que supostamente está no passado… uns recursos de ficção bem loucos que funcionam bem para a Turma da Mônica! E piadas como aquele “Será que ele vive no meio de coalas e cangurus? Será que fica pegando onda o dia inteiro? Como vive? O que faz? O que come? O que sente? Ficou curioso? Então, veja a seguir…” Sim, GLOBO REPÓRTER! Genial, em se tratando de falar sobre a Austrália… então começamos um tour pela história do Cebola, começando pela explicação do intercâmbio, da casa na qual ficou, com uma piadinha com um tal de “Hugo Jackman”, “aquele ator de cinema famoso”… sim, temos um Wolverine Australiano na edição, mas que não dura nada, porque era só uma fantasia do Cebola.
O Mr. Hugo era totalmente diferente. Bonachão, divertido, extrovertido. Adorei o toque especial da apresentação da família. Não, não por Mrs. Emily, a esposa do Mr. Hugo. Não! Porque eles têm uma cacatua que se chama “Jimmy Five”! [O nome do Cebolinha na edição em inglês da revista… é até o mesmo corte de cabelo!] E como o nome dele (Cebola) é difícil para ser dito em inglês, e ele “parecia” a cacatua, esse ficou sendo seu apelido na Austrália… Jimmy Five. ESSE é o tipo de coisa de que gosto na Turma da Mônica Jovem, animado ou não para a edição! É um tour bem educativo sobre a Austrália. O “futebol australiano”, as cores do país, as comidas típicas (como carne de canguru!), os vários lugares, a capital planejada, a hora de dormir, o ônibus, com um surfista e um executivo, os carrinhos de supermercado que você leva para casa…
Tudo.
Nos deixa com vontade de ser um intercambista!
Mas e isso de “Eles não matam aranhas, baratas e outros insetos! E ainda dão nomes!” Algumas coisas meio bizarras mesmo… mas eu gostei de conhecer mais sobre a Austrália. Na maior parte do tempo, não me senti muito lendo uma revista da Turma da Mônica Jovem, me senti fazendo um tour e foi gostoso… coisas como voto feminino permitido a partir de 1902, e o fato de que, até esse ano, era proibido tomar banho de mar durante o dia! Quem diria! E 85% da população australiana vive a menos de 50km do mar… a maior população costeira do mundo! Casamentos ao ar livre são comuns, existem mais cangurus e ovelhas do que pessoas, várias ruas têm o mesmo nome, e muita gente anda descalça! O que estava encucando a Mônica era o fato de a Irene estar lá, e ela estar aparecendo em todas as fotos, sorridente, ao lado do Cebola.
Assim, voltamos à Mônica. A princípio, a Mônica não era o foco da história, até que era novamente. E vocês SABEM que o casal Mônica e Cebola não são o meu forte em se tratando de Turma da Mônica Jovem. No geral, eles me cansam bastante. Mas a edição foi curiosa. Diferente. Não parecia real, com o Cebola fazendo toda uma narração onipresente, enquanto a Mônica reagia, e eles até conversavam! Quer dizer, a narração e a Mônica. Como o lance do pote de sorvete (ela xingando ele foi um dos momentos mais icônicos da TMJ!), e aquele hilário “Em vez de ceder ao ódio inconsequente e imaturo, ela decidiu fazer Yoga…”, com a Mônica fazendo uma pequena escultura de Yoda, e o Cê falando: “Eu disse Yoga, Mô!”, então ela solta tudo com um divertido “Ah!” e vai fazer yoga de fato… esses detalhes me divertiram à beça.
Cuidadoso, bacana, diferente.
Agora devo dizer: o que é essa descrição de fotos que fala de “lugares que são cartões postais… segurando cartões postais!”, e ele completa com um Inception feelings! Uou! Arrepiou aqui!” GENTE, EU AMO INCEPTION! Ali eu perdi um pouco o controle, mas já estou de volta. A edição brinca com os ciúmes naturais da Mônica, há tanto tempo distante do namorado, vendo fotos dele com uma “amiga” no “Facelook”… e ela fica meio brava, atormentada por uma Mônica Diabinha e uma Mônica Anjinha, na clássica versão dos dois lados… foi bonitinho. E então o Cebola está de volta! O intercâmbio na Austrália chegou ao fim, uma edição antes do que eu achei que chegaria, mas ele está de volta, e sua família e a turma estão no aeroporto para buscá-lo, menos a Mônica… porque ela está brava. Mas ele estava esperando por isso.
Por isso fez um vídeo.
Um vídeo brega e meloso, tudo o que não gosto no casal, parecido com o blá blá blá da Edição #1 da nova fase, mas a verdade? É que foi fofo! E eu teria gostado se fosse para mim… porque o Cebola aparece declarando o seu amor pela Mônica pela Austrália inteira. Um “plano infalível” que ele começou assim que ele chegou no país… nada pensado de última hora para se desculpar. E foi FOFO como eles até recriaram (Cê, Mr. Hugo e Mrs. Emily) uma cena dos Beatles, na rua, com um “All we need is love! Love! Love!”, que é a parte MAIS FOFA do vídeo… tem até uma fotinha deles crianças, deles adolescentes se beijando, e um coração com as iniciais deles. E mais, a banda favorita deles cantando a SUA MÚSICA dedicada especialmente para a Mônica, porque a Mrs. Emily o colocou nos bastidores do show… isso não é demais? É sim!
Eu também estaria derretido.
Assim, por fim, foi uma edição fofinha. Não é minha edição favorita entre as 6 edições novas, nem nada disso, mas ela já é bem melhor do que a primeira, que segue o mesmo estilo… eu só acho que a Turma da Mônica Jovem tem muito mais a oferecer que isso, mas o relacionamento de Mônica e Cebola é algo importante, inegavelmente, e sempre estará presente, de um modo ou de outro… ainda sinto falta da audácia na divisão dos quadrinhos, de cenas de ação e explosão, de um estilo mangá mais elaborado e mais descolado, mas a edição me prendeu e me convenceu. Dou meu selo de aprovação. Não com nada máximo, mas com uma nota boa, para ser recordada com algum tipo de carinho. Esperamos agora para ver que tipo de confusão nos espera nas próximas edições… a Turma da Mônica Jovem está só recomeçando.
Eu ainda quero ver o Alef de volta, só queria registrar isso!


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