Vale o Piloto? – Beyond 1x01


“No more holding back. Do it now”
A série é bem próxima do que eu tinha antecipado, mas sem cair na mesmice que me faz não gostar – o Piloto é instigante e apresenta muito potencial para se desenvolver, e eu confesso que fiquei bastante envolvido. Beyond é a história de Holden Matthews, um jovem (interpretado por Burkely Duffield) que ficou 12 anos em coma e agora, ao acordar, precisa lidar com o novo mundo que ele encontra – as novidades estão ao seu redor e nele mesmo, porque ele não está preparado para ter a idade que aparentemente tem… além de poderes sobrenaturais que vão aos poucos se revelando. O episódio é bem construído, o roteiro bem escrito e te envolve… você quer entender mais, quer ver essa grande trama que gira ao redor de Holden, e espera vê-lo crescer. Gostei demais, essa é a verdade. Mas ainda é incerto o quão vocês verão de Beyond no blog nessa temporada, mas se não for agora, que seja no meio do ano, enquanto as séries estão em hiatus.
Porque Beyond merece!
Beyond começa com uma introdução de uns 10 minutos antes que o tempo passe. Conhecemos Holden, ainda mais novo, e seu amigo Kev, e o começo do episódio conta com a informação de uma chuva de meteoros, a maior do século, e uma paixão de Holden por essas coisas que têm a ver com espaço. Então ele sai com o amigo para ver a chuva de meteoros, mas ambos acabam interrompidos por uma gangue formada pelo irmão mais velho de Kev, e Holden foge em sua motinha para o meio da floresta, onde um acidente o joga ao chão e depois, mais misteriosamente, ele presencia coisas das quais não se lembrará por muito tempo. Um pouco da perda de gravidade, coisas flutuando ao seu redor, como o seu radinho, e então a luz… e então o que sabemos dele é que ele foi parar no hospital onde passou 12 anos em coma.
Então, subitamente, ELE ACORDA.
Claro que é um choque, mas um choque bom. Ninguém entende o que aconteceu, mas sua família parece bastante contente que ele esteja bem. Seu corpo está respondendo muito bem, seus exames apresentam resultados melhores do que o esperado até de alguém que NÃO tenha passado tanto tempo em “coma”. A surpresa causa certo receio, mas Holden é liberado. Com o corpo forte, situação saudável, eu devo dizer que Holden Matthews acordou absolutamente LINDO! E até ele precisa ainda se adaptar a esse novo corpo e essa nova realidade. Gosto da cena, simples e rápida, em que ele está só de toalha se olhando no espelho do banheiro, se adaptando ao novo rosto, à realidade de agora ter barba… é tudo cheio de novidade para ele, e isso tudo vem logo depois da cena da floresta em que ele encontra seu rádio de volta.
Além de Holden parecer mais fofinho e mais gatinho a cada cena, ele tem momentos muito importantes, claro. Com o Luke, seu irmão mais novo, ele tem ótimas cenas e ele vai ser de grande ajuda para que ele se adapte a seu “novo mundo”. Apresentando a Wikipédia, por exemplo, que o ajudará a entender expressões como “Apple Store”, que não é uma loja inteiramente destinada a vender maçãs. Quanto a dirigir… não tão cedo. Adorei a cena da loja de roupas, dele e Luke. Ele vai conversar com uma garota e NÃO TEM IDEIA de como agir. Mas é lindinho porque é inocente, bobo, fofo. E aquele sorriso dele, aquela carinha… ganharia quase qualquer garota. Além de ser lindo, há o plus de toda a sua fofura da insegurança de quem nunca fez isso antes. E isso o torna ainda mais atraente. DE VERDADE. Muito. E aquele braço todo marcado na camiseta preta?
Enfim, isso não importa. Importa?
De todo modo, importa que ela puxou seu braço e colocou um recado ali, onde ele achou que ela estivesse colocando seu telefone: “YOU’RE IN DANGER. TRUST NO ONE”. E tudo vai se desvelando de forma emblemática ainda, investindo em um tom de mistério que eu ADORO. Como aqueles sonhos que ele tem, com falas e muito fogo, sempre antes de acordar no meio da floresta. Ou então aquela conversa com Kevin, que poderia ter sido normal, mas não era, e não só pela diferença de idade que agora eles podiam apresentar, mas porque ele sabe de alguma coisa. E há toda uma teoria da conspiração que envolve Holden e mostra que há muito mais do que se imagina em um primeiro momento. Como quando ele é levado para fazer uns exames e então começa a adormecer, o fogo e a voz retornam, todos os computadores dão pane…
[Devo dizer que Holden acordando suadinho é jogo baixo!]
O tal do “poder sobrenatural” é muito mais uma sugestão que algo concreto nessa estreia da série, e eu adoraria ver isso se desenrolar mais para frente. Ele aparece em uma cena impactante em que ele salva a vida de Kev, embaixo da chuva, com o punho cerrado no chão e determinação no olhar. Ele nega em seguida, salvo por Willa, mas o poder se revela novamente em “I said ‘STOP THE CAR’!”, quando ele faz com que o carro pare, de todo modo. A proposta fica ainda mais interessante quando Willa diz que ele não se lembra dos últimos 12 anos, mas ela o viu crescer nesse tempo; enquanto seu corpo estava no hospital, em “coma”, sua consciência estava em outro lugar, vivendo uma vida, uma vida da qual ele ainda não se lembra. ISSO QUER DIZER QUE HÁ MUITO POTENCIAL PARA OS PRÓXIMOS 9 EPISÓDIOS! O final é meio instigante também…
Willa conversando com Arthur, e é uma “conversa” bizarra.
E aqueles sonhos e “poder” de Holden enquanto ele dorme…

Para mais Pilotos de série, Vale o Piloto.


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