When It Rains, It Pours – Episódio 1

Relacionamentos falidos.

UMA ESTREIA EXTREMAMENTE PROMISSORA! Protagonizado por Ito Asahi (que eu conheço de “Lupinranger VS Patranger”) e por Muto Jun, “When It Rains, It Pours” é um BL japonês que estreou no dia 10 de janeiro de 2025 e que vai contar com 7 episódios – e tem tudo para se tornar um dos meus BLs favoritos no ano! Eu acho que o Japão costuma entregar séries muito boas no sentido de “primeiro amor” que aquecem o nosso coração e nos fazem sorrir, mas eu amo quando as produções saem dessa caixinha para temas mais maduros, como é o caso de “When It Rains, It Pours”, que já no primeiro episódio nos apresenta à premissa de dois relacionamentos adultos falidos que geram instabilidade emocional, frustração, carência e, quiçá, desespero.

Hagiwara Kazuaki está em um relacionamento com uma mulher, mas aparentemente eles não têm um contato íntimo há muito tempo. Gosto de como isso é representado visualmente, ainda que não de maneira discreta, através da simbologia das camas, que foram se afastando ao longo do tempo até que coubesse uma mesa entre elas. E toda tentativa de Kazuaki de iniciar alguma relação com a namorada falha em atingir seu objetivo, e talvez seja justamente na “sutileza” com que ela escapa com desculpas que resida a crueldade de tudo isso, porque tudo é muito escondido, muito mascarado. Sem que o desgaste dessa relação seja encarado de frente, ela se mantém por pura comodidade e nos perguntamos por quanto tempo ela pode ser empurrada dessa maneira, sem felicidade.

Nakarai Sei, por sua vez, expressa uma dor similar de uma maneira diferente, a meu ver… me parece que, de alguma maneira, a frustração de Kazuaki é muito mais guardada para si, enquanto a de Nakarai pode ser vista com mais facilidade. Inicialmente, inclusive, quando o vemos se masturbar na cama, eu pensei que sua história se tratasse de uma projeção, e fiquei me perguntando qual era a relação que ele tinha com o homem com quem divide uma casa, mas aparentemente eles são mesmo namorados – embora Nakarai não receba do namorado a atenção de que gostaria… de que precisa. Essa visibilidade de sua dor, que parece torná-lo vulnerável, apertou o meu coração e fez com que eu me afeiçoasse depressa a Nakarai; e eu meio que sei que vou sofrer.

A vida de ambos começa a mudar por causa de um e-mail enviado errado que os aproxima. Kazuaki envia um e-mail para a conta errada, e isso o coloca em contato com Nakarai, que responde ao e-mail, sem que um saiba quem é o outro – ainda que eles já se conheçam pessoalmente, porque trabalham na mesma empresa. É naqueles e-mails que ambos se agarram, porque eles recebem dali, através de uma tela de celular, um mínimo de atenção que eles gostariam de receber de seus respectivos companheiros, mas não recebem… é uma premissa dolorosa, que flerta com algo “fofo” na maneira como eles conversam, se divertem e começam a se conectar, mas é profundamente triste como essa “conexão” só é significativa porque a que eles têm em casa não é.

São suas experiências e suas carências que dão tanta importância àqueles e-mails.

E, assim, começa uma história que, como eu disse, é muito promissora.

 

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