Glee 2x15 – Sexy
“Do you
wanna touch?”
Exibido
originalmente em 08 de março de 2011, “Sexy”
é o décimo quinto episódio da segunda temporada de “Glee” e surge a partir de um desespero compreensível: os jovens não estão bem informados a
respeito de sexualidade. Tudo começa de uma maneira razoavelmente
divertida, na verdade… Brittany acaba contando que “está grávida”, a notícia se
espalha depressa e chega no Artie, que se pergunta “o que vai fazer da sua
vida”, porque “não está preparado para ser pai”, mas tudo não passa de um
alarme falso – ela acha que está “esperando um bebê” porque uma cegonha fez um
ninho do lado de fora da sua janela. Embora isso seja típico da Brittany, no entanto, os outros jovens também estão precisando de informação.
Informação é
essencial! A necessidade de educação sexual nas escolas é eminente para que os
jovens saibam como se proteger contra doenças e aprendam sobre métodos
contraceptivos, e eu gosto de como esse episódio de “Glee” lida com isso de maneira quase irônica, mostrando dois
extremos: de um lado, temos Emma conduzindo um Clube de Celibato, que é uma das
coisas mais conservadoras e mais utópicas do mundo; de outro, temos o retorno
de Holly Holliday com uma visual muito mais realista sobre a juventude… querer
“proibir” o sexo e ter medo de falar sobre isso é justamente o que causa problemas. É necessário saber que muitos
jovens estarão, sim, transando, e é importante que se fale sobre isso para
garantir que eles o façam de forma segura.
E eu não vou
negar: parte de mim acha um máximo
que o Clube de Celibato acabe se tornando quase uma chacota durante o episódio.
Até o Puck se une a eles (O PUCK!) por causa daquela história de ele e Lauren
terem pensado em gravar uma sextape e
terem sido aconselhados por Holly a não fazê-lo, e a Quinn não está muito longe
de transar com o Finn agora que o Sam terminou com ela… de todo modo, a
principal piada é quando eles são convidados a cantar no glee club e Emma escolhe a
pior música possível para o Clube de Celibato. “Afternoon Delight” é MARAVILHOSA, mas é justamente sobre “escapar
no meio da tarde para transar se você estiver com vontade, ao invés de esperar
até o meio da noite”, e o fato de a Emma não entender isso é absurdo…
Cômico… mas
absurdo.
CADÊ A
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO, EMMA?!
Holly, por
sua vez, retorna ao glee club, e o
seu retorno triunfal já vem com uma música DE TIRAR O FÔLEGO: eu amo “Do You Wanna Touch Me (Oh Yeah)” e eu
amo a mensagem do Will de “Too much?”,
com aquela carinha dele… posso dizer que o Will está, inclusive, extremamente sexy durante essa música,
tipo quando ele está se abanando ou virando a cabeça para trás? Mas faz todo
sentido, bem de acordo com o tema do episódio! Mas se vamos falar de “Will
Schuester GOSTOSO”, precisamos falar sobre ele na versão em tango de “Kiss”, do Prince… AQUILO ALI É
MARAVILHOSO DEMAIS! Me admira a força de Holly de dançar coladinha com ele
daquela maneira, ganhar um beijo e, bem… não
aceitar o seu convite depois.
Esse
episódio, inclusive, é o início de uma trama romântica para Holly e Will.
Depois do beijo ao fim de “Kiss” e
de Will mostrar seu interesse, Holly diz que é uma pessoa “quebrada” e que ela
só o faria sofrer… no fim, depois de todos os eventos do episódio e de ela ser
chamada para ajudar Santana com seus sentimentos por Brittany (!), Holly
percebe que ela também tem se fechado para o romance, e então ela diz a Will
que “ela sabe muito sobre sexo, mas pouco sobre romance”, e então ele vai
ajudá-la.
Ai que inveja de Holly quando Will a pega daquela maneira no fim
do episódio e a beija daquele jeito! Mas, ironicamente ou não, quem vai
sofrer é a própria Holly, né? Afinal de contas, o casamento de Emma e de Carl
está em crise, e teve aquela mensagem no episódio anterior…
É só uma
questão de tempo!
Mas falemos
sobre Santana e Brittany, e eu estou muito
feliz que ESSA HISTÓRIA TENHA COMEÇADO OFICIALMENTE. Alguma coisa acontece
entre Brittany e Santana desde o começo
da série, mas elas nunca falam
sobre isso – Santana não gosta de falar sobre sentimentos, mais porque ela tem medo de pensar sobre eles do que de falar realmente. Agora, no entanto, ela
chegou a um ponto em que não pode continuar negando as coisas, e as duas vão
juntas conversar com Holly quando Brittany sugere que elas conversem com um adulto
sobre isso. A conversa com Holly é bacana, e “Landslide” é uma música extremamente emotiva e bonita, que faz com
que a Santana não só reconheça para si mesmo o que sente… mas também para a
Brittany.
A conclusão
de Santana é muito importante: ela diz a Brittany que entendeu por que ela é
tão “má” o tempo todo: porque ela está brava o tempo inteiro, brava porque ela
tem sentimentos por Brittany e tem medo de lidar com as consequências… ela viu
como o Kurt foi tratado naquela escola por ser gay, e embora ela tenha
respostas na ponta da língua para qualquer um que lhe disser qualquer coisa,
ela tem medo do que as pessoas vão dizer
nas suas costas. É interessante verbalizar o sentimento por Brittany, e o
medo do preconceito expresso é uma vulnerabilidade que antes desconhecíamos.
Santana diz que quer estar com Brittany,
que a ama, e Brittany diz que se ela
e o Artie terminarem um dia e ela tiver a sorte de Santana ainda estar
solteira, ela é sua…
Santana não
gosta da “rejeição”.
Por fim,
temos um pouquinho dos Warblers e sua tentativa de ser sexy com “Animal”. Eu
acho a performance boa, mas eu não acho que tenha nenhuma grande novidade,
tampouco é realmente sexy… de todo
modo, essa é apenas uma introdução para a verdadeira trama, que é o fato de o
Kurt não saber ser sexy porque ele não
sabe nada a respeito de sexo – e o Blaine tenta ajudar, mas o Kurt não quer
ouvir, na verdade. Acho muito fofa a cena em que o Blaine, preocupado, vai
falar com o Burt sobre como ele deveria conversar com o Kurt a respeito de sexo,
e como ele deve aproveitar essa boa relação que eles têm e que ele mesmo não
tem com o pai e teve que descobrir tudo na internet… a diferença é que ele foi atrás dessa informação, mas o
Kurt não vai.
Então, mesmo
talvez achando que o Blaine passou um pouquinho dos limites, Burt segue o seu
conselho, e eu preciso dizer mais uma vez: O BURT É UM PAIZÃO MARAVILHOSO! Não
é fácil, para ele, falar sobre sexo gay com o seu filho, até porque é algo
sobre o que ele tampouco entende muito, mas ele faz o seu melhor, trazendo
panfletos, falando sobre sentimentos e conexão, e fazendo com que o Kurt
escute, mesmo quando ele “coloca as mãos nos ouvidos e sai cantando”, como o
Blaine diz que ele faz. A conversa de Kurt e Burt sobre sexo é mais uma cena lindíssima de pai e filho,
como esses dois vivem entregando em “Glee”.
Que bom que, com tudo o que o Kurt sofreu na escola, ele tem um pai maravilhoso
que não o faz sofrer em casa.
Muito fofo!
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