The On1y One, Ep. 12 – New beginning: Pain is necessary for rebirth

Medo.

Eu estou DE CORAÇÃO PARTIDO. Foi uma delícia acompanhar Sheng Wang e Jiang Tian até agora, mas a história é interrompida em um ponto em que ainda há tanto para acontecer. Durante essa primeira temporada de “The On1y One”, acompanhamos Sheng Wang e Jiang Tian partirem de completos desconhecidos a pessoas de tamanha importância um na vida do outro que é como se um fizesse com que o outro se sentisse “em casa”. Foi um processo gradual que foi materializando os sentimentos de ambos, e no fim do episódio anterior e nesse, Wang entende o que ele sente por Tian de uma vez por todas – e, agora, ele não sabe como agir em relação a isso. É um episódio final que começa divertidíssimo, mas termina nos deixando sofrendo.

A primeira parte do episódio me arrancou boas e sinceras risadas! No episódio anterior, quando viu os dois professores se beijando, Wang começou a despertar conscientemente para o que estava sentindo por Tian, lembrando dos próprios “beijos” que eles compartilharam, e que ambos tentaram fingir que não era nada além de “quatro lábios se tocando”. Agora, no auge da adolescência, esse despertar de Wang se torna cada vez mais palpável, e cada vez mais imaginativo… em uma cena excelente, Wang olha para trás na sala de aula e vê Tian bebendo água, e o que parece uma ação tão simples desperta todo tipo de coisas em Wang, enquanto ele observa o pescoço suado e o movimento do pomo de adão de Tian… e então ele sente.

Não há outra maneira de dizer o que acontece dali em diante: Wang está explodindo de desejo por Tian. Eu me diverti com a imagem de Tian bebendo água voltando à mente de Wang, ou com a maneira como, no momento em que Tian entra para tomar um banho, Sheng Wang não consegue deixar de imaginar Tian sob o chuveiro. É sensual e bonito, mas também é divertido – e nós conseguimos nos identificar com os sentimentos de Wang. Gosto de como o episódio faz pequenas “piadas” e referências simbólicas, como quando os colegas de quarto chamam Wang para assistir pornô com eles (!) enquanto Tian está no banheiro, ou como aquele creme vaza de maneira tão sugestiva depois de Tian sair do banheiro… naquela noite, Wang não consegue dormir.

Afinal de contas, Tian não saía de sua mente.

Parte do episódio, então, é sobre a racionalização do sentimento de Wang. Não é um sentimento novo, mas é um sentimento que agora, pela primeira vez, ele reconhece como verdadeiro. Em uma conversa muito interessante com Shi Yu, que está apaixonado por uma garota da escola, Wang faz perguntas sobre como ele sabe que está apaixonado, e enquanto Shi Yu responde como ele se sente ou como ele vê a garota dos seus olhos, Sheng Wang não deixa de pensar em Tian… ele percebe que tudo se encaixa na maneira como ele mesmo se sente. Finalmente, Wang sabe o que sente – e ele sabe que sabe. O problema é que isso o apavora… isso o assusta de uma maneira tão séria que ele não sabe como agir, e então ele foge, se esconde, se fecha…

E tenta afastar Tian.

Dali em diante, toda a parte “divertida” do episódio chega ao fim. Eu fiquei muito, muito mau por Tian, porque ele não entende o que está acontecendo, ainda mais de maneira tão abrupta depois de ele e Wang terem se aproximado tanto, mas é lógico que algo está acontecendo… Wang não fala sobre isso, e ele apenas age de maneira fria e distante com Tian, se recusando a olhar nos seus olhos quando eles conversam, por exemplo. E, a mim, isso beira a crueldade. E, na ânsia de escapar de suas angústias, Wang vai mal propositalmente em um teste importante que definiria quem continua na Classe A e quem é transferido para a Classe B – suas respostas são milimetricamente calculadas para que ele tire nota para ficar além da 30ª posição da turma…

No fundo, todos sabem.

Principalmente: Tian sabe.

Fico extremamente dividido aqui. Em parte, eu entendo o Wang, eu sei que ele está apavorado, que ele é um adolescente, e que ele está tentando escapar; ao mesmo tempo, é tão triste ver o Tian sofrer que eu acho completamente injusto. A atitude de Wang é baseada no medo e na imaturidade, mas sua covardia faz com que Tian sofra sem que ele precisasse sofrer, e isso me dói muito. Me dói ainda mais o fato de Tian estar implorando para entender o que está acontecendo: aquela conversa durante o almoço, sobre as pulseiras e sobre as mentiras que Wang está contando porque Tian sabe que ele foi mal de propósito na prova, é uma das mais intensas, dramáticas e tristes de “The On1y One”. Paradoxalmente, existe tanta sinceridade nas coisas não ditas.

Wang mente o tempo todo. Mas a sinceridade dos sentimentos, da atuação, da entrega…

Eu queria proteger o Jiang Tian, eu queria que ele não precisasse passar por isso, e eu sofri com ele o tempo todo. A maneira como os seus olhos se enchem de lágrimas durante aquela conversa traz materialidade à sua dor, a externa de forma concreta. Depois, mesmo que Wang se recuse a contar a verdade a Tian sobre os motivos que o levaram a querer mudar de sala, Tian o ajuda na “mudança”, carregando parte de seus materiais até a Classe B – e esse é um momento no qual, eu não vou mentir, eu fiquei com raiva de Wang. Eu sempre gostei muitíssimo de Wang e o achei fofo, mas naquele momento, com aquela cara fechada e se recusando a levantar o rosto para olhar para Tian, a crueldade de sua covardia fez com que eu ficasse com raiva.

Para acentuar isso, vemos um pouco dos efeitos de sua atitude sobre Tian… depois de ajudar na mudança de Wang, a cena de Tian parado na escada do lado de fora da sala é FORTÍSSIMA. Os olhos dele, a cabeça baixa, o soco que ele dá na parede, e o grito cheio de dor! E é válido lembrar que Tian não é uma pessoa que costumava demonstrar tantos sentimentos, então aquela exteriorização de sua dor expressa o quanto ela é insuportável, o quanto ele está preenchido por ela. É forte demais, e eu fiquei destroçado. Eu termino o episódio triste e reflexivo, ainda que exista um quê de esperança final… uma promessa silenciosa de Tian de que ele esperará pelo retorno de Wang… mais cedo ou mais tarde, quando estiver pronto, Wang retornará…

 

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