Crazy Ex-Girlfriend 3x05 – I Never Want to See Josh Again

“I need help”

Preciso dizer que essa temporada de “Crazy Ex-Girlfriend” tem sido uma grande surpresa. A série não deixou de ser uma comédia – e eu dei boas risadas com a Cornelia no escritório, para “substituir” a Rebecca –, mas ela também se debruça, agora, com muita sinceridade sobre os problemas de Rebecca Bunch, porque não é uma “piada”, no fim das contas. Em “I Never Want to See Josh Again”, o quinto episódio dessa temporada, Rebecca retorna para Nova York depois de Paula pedir ajuda a Naomi, a mãe de Rebecca, e a vemos atingir o fundo do poço de maneira perigosa, inclusive com ideações suicidas. Toda a sequência final, desde que Rebecca descobre que está sendo “enganada” pela mãe (ou interpreta assim) até a cena do avião é FORTÍSSIMA.

De volta em Nova York, Rebecca fica remoendo tudo o que dissera aos amigos e isso vai pesando cada vez mais sobre ela, mas não de uma maneira que apenas a deixe deitada e sem vontade de fazer nada… a sua cabeça está um turbilhão e Naomi se preocupa de verdade quando vê o tipo de coisas que ela está pesquisando. O seu “Becky, no!” é sincero, e mesmo que Naomi tenha vários defeitos e sua parcela de culpa nos problemas de Rebecca (!), ela realmente estava tentando naquele momento, e foi fofa, preparando milk-shake, pedindo ajuda em palavras-cruzadas, chamando a Becca para jogar Twister… e Rebecca fica meio confusa, meio sem entender de onde veio aquela mãe “legal”, mas ela gosta da atenção e do carinho.

A primeira música do episódio, “Maybe She’s Not Such a Heinous Bitch After All”, vem dessa premissa, e é uma clara referência a “Hairspray”. Além de usar sample de “Good Morning, Baltimore”, visualmente a música remete ao musical, graças aos penteados, à coreografia e à própria formação em trio tal qual as Dinamites. Rebecca só começa a “desconfiar” da mãe quando Audra Levine, uma colega, aparece e estranha essa “relação” dela com Naomi – “Rebecca, she’s up to something and if you don’t know what it is, it’s working”. Então, Rebecca começa a investigar o que a mãe pode estar fazendo, até descobrir que ela está colocando remédios para ansiedade e depressão no milk-shake que está oferecendo para ela… Rebecca se diz enganada.

No fundo, do jeito dela, Naomi estava, sim, tentando ajudar.

Enquanto isso, o pessoal do trabalho sente a falta de Rebecca Bunch… Paula, que era a sua melhor amiga, talvez esteja sentindo mais do que todos os outros, tanto que ela se recusa a levantar da cama para i r trabalhar, e o marido e os filhos decidem tentar ajudá-la de alguma maneira – nem que, para isso, eles precisem jogar com ela um jogo de fadas que ELA ADORA, mas que eles nunca querem jogar… achei extremamente fofa a cena dos quatro sentados em torno da mesa, especialmente porque ELES DE FATO SE DIVERTIRAM. Pode até ter sido algo que eles foram “forçados” a fazer para dar força à mãe, mas é muito bonitinha a maneira como eles se envolvem, e eu gosto de ver a Paula começando, talvez, a se reconectar com a sua família.

Nathaniel, por sua vez, está todo carente, agarrado ao jacaré de pelúcia que é como se fosse uma recordação de Rebecca, e eu fico extremamente dividido, porque eu gosto do Nathaniel durão e maldoso, mas eu também estou meio apaixonado por essa faceta meio fofa dele e tudo o mais… além dele, Darryl, Maya e Jim estão lidando com a ausência de Rebecca e quem paga o pato é Cornelia, a mulher contratada por Nathaniel para cobrir o fato de eles estarem com uma advogada a menos, e Cornelia é extremamente séria, profissional e competente, o que torna o caos daquele escritório ainda mais evidente – e, consequentemente, as piadas muito, muito melhores! Dei boas risadas com cada um deles, mas também meio que fiquei com dó da Cornelia…

Quem aguenta?!

Maya estava incrível e tem mais destaque do que jamais teve (eu GOSTO da Maya!).

Tentando escapar de todos os absurdos e as “perseguições” do escritório, Cornelia aceita o convite de Nathaniel para fazer algo relacionado a um trabalho – qualquer desculpa é boa para sair daquele lugar… então, Cornelia não entende como ela termina de um maiô dentro da piscina de um resort, ao lado de Nathaniel de sunga, mas lá está ela. E ela está trabalhando, o problema é que Nathaniel começa a chorar e a desabafar e Cornelia percebe depressa que não conseguiu escapar da loucura do escritório. Tanto é que não demora muito para que Darryl, Maya e Jim também apareçam por ali, e aquilo se torna uma confusão tremenda, com direito a Cornelia ganhando uma música a la brasileira, “I Feel Like This Isn’t About Me”, antes de ir embora.

Gostei bastante da Cornelia!

Por fim, retornamos a Rebecca Bunch e, depois de sua discussão com Naomi, porque não consegue enxergar que, à sua maneira, ela estava tentando ajudar, ela pega um avião, mas a verdade é que ela não tem um plano… é forte a cena de Rebecca conversando com a comissária de bordo, e então ela aceita um copo de bebida – que ela usa para tomar todo o frasco de remédios que roubara da mãe, em uma tentativa de tirar a própria vida… enquanto está ali, passando mal, e sua visão embaçada lhe dá sinais de “ajuda” e de “esperança”, ela chama a mesma comissária de bordo para dizer que precisa de ajuda. OUVIR Rebecca dizendo “Eu preciso de ajuda” é importantíssimo, porque vai muito além daquela cena do avião… e é um passo importante.

Acho que a série terá uma nova virada agora!

 

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