Aquaman (2018)



“Home is calling”
UM FILME MARAVILHOSO DO AQUAMAN! Eu gosto de como o gênero dos super-heróis cresceu nos cinemas nos últimos anos – agora, podemos ver adaptações de personagens que não eram levados muito a sério fora dos quadrinhos, e não apenas as grandes adaptações de personagens como “Superman” ou “Batman”, mas também personagens como o “Aquaman”, que tem um potencial IMENSO e provou isso brilhantemente no mais novo filme da DC… sinceramente, eu não tenho acompanhado o universo cinematográfico da DC, e o único que eu vi da nova “franquia” foi “O Homem de Aço”, de 2013, que iniciou todo esse universo. Também, dos que não assisti, o único que realmente tenho muita vontade de ver é “Mulher-Maravilha”, de 2017. Mas talvez agora eu dê numa chance ao universo com esse excelente “Aquaman” e os vindouros “Shazam!” e “The Flash”.
“Aquaman” não é fácil de adaptar, mas a DC fez um trabalho muito bacana, embora tenha parecido forçado em um ou outro momento, às vezes teatral demais – a introdução já nos conquista, mostrando Atlanna vindo à superfície, conhecendo e se apaixonando por Thomas, quando ele a resgata na beira do mar… a situação toda é cômica, porque ela desconhece tudo o que é da superfície, por ter passado sua vida inteira em Atlântida, mas o amor floresce e, dele, Arthur – afinal de contas, não existe nome MELHOR para um rei, não é? E ainda antes do título do filme, conhecemos Arthur na infância, naquela sequência que tinha uma partezinha no trailer, na qual ele sofre bullying durante um passeio ao aquário, mas toda a vida marinha está ao seu lado… todo o poder do AQUAMAN em seus olhos brilhantes… aquilo já nos deixou no hype.
O filme se sai muito bem em tudo o que poderia estar contra ele – ADOREI os efeitos, muito realistas, e AMEI as construções dos cenários… o resultado final é uma fotografia lindíssima para ninguém colocar defeito. Estava curioso para explorar Atlântida, mas fico feliz em ver que os demais Reinos subaquáticos também são explorados, e cada um com a sua peculiaridade… em parceria a isso, também tivemos cenários do mundo real que foram lindamente utilizados, como o Deserto do Saara e Sicília, na Itália, que produziram duas das melhores sequências do filme, com cores vibrantes e belas, para deixar de lado as críticas que os filmes da DC sofreram no passado… por fim, e devo dizer que EU ME APAIXONEI POR ISSO, o Mar Oculto, que tem uma pegada Júlio Verne sempre apaixonante, e que poderia ter sido mais explorada.
Mas visualmente? DE CAIR O QUEIXO!
Arthur é, portanto, “filho de dois mundos”, mas vive na superfície com o pai e nunca esteve em Atlântida – ele sabe, também, que a mãe foi executada por ter se apaixonado por Thomas e ter tido um filho na superfície, e isso faz com que ele nem queira conhecer o “outro mundo”. Mesmo assim, ele acaba se envolvendo em uma ou outra coisa, afinal de contas ele foi treinado para isso (gostei de como os flashbacks foram distribuídos ao longo do filme, mostrando o crescimento de Arthur até o homem que conhecemos), e ele tem o senso de herói, além dos poderes, é claro. Na primeira vez em que o vemos adulto, ele está tirando um submarino do fundo do mar (com as próprias mãos), para impedir um ataque de piratas e salvar prisioneiros… é nesse ataque ele conhece David Kane e, ao deixar o seu pai morrer, ele ganha um inimigo.
Mais tarde, então, Arthur acaba no meio de um confronto nascendo entre a superfície e o mar. Orm, seu meio-irmão, está atacando a superfície com a intensão de declarar guerra, porque não acredita que ambos os mundos podem coexistir – isso é alto que Atlanna já sabia, bem como outros: que a superfície e o mar são partes de um mesmo mundo, e eles podem e devem existir em harmonia… aparentemente, Arthur, filho dos dois mundos, é quem pode fazer essa ligação. Então, quando Orm ataca a superfície devolvendo do mar décadas de poluição e navios de guerra naufragados, o mundo é parcialmente destruído e Mera arrasta Arthur para o meio do confronto: é ele quem deve deter o irmão, indo com ela em busca do “Tridente Sagrado”, que pertencera a Atlan, o PRIMEIRO REI DOS MARES, e então desafiando Orm a um duelo pelo trono.
Afobado, no entanto, Arthur acaba fazendo as coisas fora de ordem. É assim que conhecemos o LINDÍSSIMO CENÁRIO DE ATLÂNTIDA, e Orm e Arthur duelam ferozmente em uma arena, e isso é o mais interessante do filme, provavelmente: a forma como ele reimagina cenários completos e cenas de ação em uma realidade subaquática. Adoro a forma como eles se movem, como as vozes soam diferentes… a proposta é deveras interessante. Assim como a ideia dos próprios atlantes, moradores de Atlântida: não apenas eles podem respirar e falar embaixo da água, mas também têm corpos que resistem à pressão e às temperaturas baixíssimas, bem como olhos que se adaptam a ver no escuro, o que deixa tudo com um tom mais psicodélico, como naquela sequência emocionante e desesperadora de “As Aventuras de Pi”.
Quando percebe que Arthur estava para ser executado, Mera o ajuda a escapar, e acaba tachada como “traidora” – depois de forjarem a própria morte, ambos partem em busca do TRIDENTE SAGRADO, uma jornada que os leva até O DESERTO DO SAARA, e confesso que a sequência me surpreendeu. Eu estava preparado para o azul e para as águas, mas não para o Saara no filme, e é uma sequência peculiar que mostra a amplitude de que o filme foi capaz! Tem um quê aventuresco de “Sessão da Tarde”, no melhor estilo “Os Goonies” e “Indiana Jones”, além de uns momentos descontraídos como o Arthur chamando Mera de “exibida” e dizendo que “podia ter feito xixi no negócio”… ali, onde o Tridente fora forjado, eles descobrem o seu próximo destino, enquanto Orm se prepara para atiçar uma GUERRA, e David Kane se transforma no Arraia Negra.
Para mim, uma das sequências MAIS LINDAS do filme (e aqui eu quero dizer em termos visuais mesmo) é a que se passa na Itália… apaixonado pelo cenário meio “Mamma Mia!” (que eu sei que é na Grécia, relaxem!), as cores ficaram incríveis, e foi uma bela sequência de ação sobre os telhados das casas (destruídas, coitadas), além de ser a estreia do Arraia Negra contra o Aquaman – além disso, também foi nessa sequência que Arthur e Mera começaram a se envolver romanticamente, de um modo ou de outro, e que eles descobriram o seu próximo destino, o que os coloca em um barco no meio do mar, em alta tempestade, até serem atacados pelas terríveis criaturas do fosso, que me fizeram pensar nos Inferi de “Harry Potter e o Enigma do Príncipe”. E é assim que chegamos ao apavorante Reino do Fosso, aqueles que viraram selvagens quando Atlântida foi submersa.
Ah, destaque para o flashback de Atlântida em seu AUGE! <3
Do Fosso (AH, E COMO EU AMO ISSO!), Arthur e Mera passam por um Portal que os leva até O MAR OCULTO, no Núcleo da Terra, na melhor pegada “Viagem ao Centro da Terra”, de Júlio Verne, possível. Tem até os dinossauros andando por ali, e é UMA PENA que nós não tenhamos podido passar mais tempo explorando toda aquela beleza e as possibilidades infinitas do lugar… ali, descobrimos que Atlanna não morreu, como anteriormente pensávamos, e é ela quem motiva o filho a seguir em frente em busca do Tridente Sagrado, porque apenas “um verdadeiro rei” pode consegui-lo. E eu gosto muito de como o filme fala em “Único e Verdadeiro Rei”, bem no estilo REI ARTHUR mesmo. Então, Arthur passa pela cachoeira em busca do Tridente e, para consegui-lo, precisa passar por uma criatura apavorante e retirar o Tridente de Atlan.
Assim como o Rei Arthur precisou tirar a Excalibur da pedra.
Sendo bem-sucedido, Arthur se transforma oficialmente, então, no AQUAMAN, e eu devo APLAUDIR toda essa sequência! É estranho pensar no uniforme clássico do Aquaman nos quadrinhos (que sempre me faz pensar no Homem-Sereia do “Bob Esponja”), e perceber que o filme o ADAPTOU PERFEITAMENTE. Ele é exatamente como o dos quadrinhos, mas ficou realístico e imponente o suficiente para ser respeitado e ser lindo de vê-lo em ação… assumindo a sua posição como REI e reconhecido como tal, Arthur tem um duelo final contra Orm, encerrado por Atlanna, que não permite que mais mortes aconteçam… Orm, então, é feito prisioneiro, enquanto Arthur assume a sua posição como REI DE ATLÂNTIDA, porque seus súditos o esperam. Enquanto isso, o Aquaman se torna um sucesso também “na superfície”, e parece que sua história está apenas começando
E eu estou ansioso por mais.
LINDÍSSIMA a última cena, a pose final do Aquaman… super fim de gibi. ADOREI.


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