Forever 1x18e19 – Dead Men Tell Long Tales / Punk is Dead

Parece que a série está beirando o cancelamento.

E eu me sinto um pouco confuso ao perceber que eu não lamento tanto isso quanto eu deveria: eu gosto demais da série, é verdade, mas não sei se eu realmente sentiria sua falta caso a segunda temporada nunca aconteça. Temos episódios divertidos e alguns inteligentes, temos esse entretenimento por 40 minutos, mas não é algo que me intriga durante o restante da semana… talvez algumas histórias mais abrangentes não estejam sendo trabalhadas como poderiam ser. A verdade é que eles poderiam fechar bem a história em uma temporada, sem toda a precisão e complexidade de shows de uma temporada que foram maravilhosos, como Awake.

Dead Men Tell Long Tales teve um caso mais ou menos simples e fraquinho, que nos chamou mais a atenção pelo passado. Temos toda uma vibe meio pirata, mapa, caça ao tesouro, e muito dinheiro encontrado em um navio. O que interessava, de verdade, era o fato de o navio ser o Imperatriz da África, o navio no qual Henry morreu pela primeira vez, em 1814. Eu não entendi toda sua preocupação, afinal seu segredo não seria exposto por causa de nada daquilo, mas eu gostei de como isso nos levou de volta à sua primeira morte, e como isso chamou Adam para o episódio – e tivemos ótimas cenas entre os dois, conversas reveladoras e um tom de mistério que realmente nos intriga. E uma possibilidade.

Será que a arma que matou Henry originalmente poderia matá-lo de verdade agora?

Adoro a maneira como a série é meticulosa em alguns pontos, e sensível: como o pequeno detalhe do relógio no fim do episódio. Excelente. E aquela verdade sobre o navio de 200 anos atrás: como ao morrer, ele derrubou a chave, e os escravos presos no navio conseguiram tomar conta do navio e viver em liberdade… ele conseguiu fazer o que queria ter feito, justamente por ocasião de sua morte. Mas acho que explicar isso foi a única utilidade de Isaac Monroe – detestei o personagem. Não gostei de nenhuma cena dele com Jo Martinez. Seja nesse episódio ou no segundo, Punk is Dead. Por sinal, o caso dessa segunda semana foi mais interessante…

De certo modo.

A morte de Lucy Templeton, 35 anos atrás, me intrigou mais do que qualquer outra coisa ou qualquer resolução do caso – encontrá-la morta, escondida mumificada na parede de uma boate foi meio assustador. Tivemos o seu namorado preso pelo assassinato que nunca cometeu, prestes a conseguir liberdade mas determinado a descobrir quem é o real culpado, e uma confusão em questão de idades que me deixou meio louco… se ela morreu 35 anos atrás, como o seu filho parece ter acabado de sair da adolescência? E Eddie não devia estar bem mais velho? Enfim, estamos um show que se chama Forever e nosso protagonista não pode morrer, então do que eu estou reclamando?

Fiquei meio surpreso em descobrir o destino de Abigail: abandonando a família. Mas ainda mais surpreso por aquele galpão de Abe guardado em segredo de Henry para investigar o desaparecimento da mãe. Melhores cenas do episódio? LUCAS. Começa quando ele tem medo e diz que “detesta” essas reencenações da ocasião da morte das vítimas, e depois tivemos ele e Henry indo a uma boate… E AQUILO FOI IMPAGÁVEL. Os comentários de Lucas, suas expressões, a primeira vez em que eles foram expulsos, depois eles dançando novamente e a segunda vez em que foram expulsos. Aquela ali valeu por qualquer coisa: “Take it out on me. Don’t hurt him”. Foi tão fofo, agora me diz: tem como não gostar de um personagem desse jeito?

“BEST NIGHT EVER!”

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