Blade Runner e Black Tiger


Hã? Qual a relação?
Blade Runner é uma das melhores ficções científicas já lançadas até hoje. Claro que a base de tudo tinha que ter vindo daquela mente brilhante e comprovada esquizofrênica de Philip K. Dick – Blade Runner: O Caçador de Andróides é baseado no livro Do Androids Dream of Electric Sheep? E o filme foi lançado em 1982, eita década boa para lançamento de filmes épicos, huh? O filme traz Harrison Ford no papel protagonista, em um dos pontos mais altos de sua carreira.
Eu amo o filme, sou totalmente apaixonado por ele. Por razões diversas! Mas o futuro distópico de 2019 repleto de Replicantes deve ser um dos meus favoritos. Tudo tem uma cara de futuro, mas o filme foge do clichê cheia de cores coloridas ou tecnologia exagerada. Ainda assim você consegue olhar e saber que aquilo ali é o futuro e não tem como negar isso. Com um futuro meio sem cor, meio morto e com um jeito bem sombrio, o futuro de Blade Runner é um dos mais bonitos que eu já vi.
Mas o que mais me encanta no filme pode ser representado pela icônica figura do unicórnio de origami. Porque como eu sempre ressalto, filme bom é aquele que te faz pensar, e mesmo há meses desde a última vez em que vi o filme, essa é uma pergunta que eu ainda me faço constantemente e de vez em quando me pego pensando no assunto: Deckard é humano ou Replicante? Eu até escrevi um super texto para o blog repleto de evidências que provam meu ponto de vista: de que Deckard é um Replicante. Você pode ler clicando aqui.
Mas isso é o mais interessante! Enquanto eu vejo o filme acreditando em uma coisa e consigo achar provas para isso, certamente quem acredita que Deckard seja humano e defende essa idéia também consegue encontrar suas evidências. Portanto é uma pergunta para a qual nunca encontraremos uma resposta, e isso é o mais importante do filme. Essa possibilidade de questionar a realidade (isso é a chave de qualquer composição de Philip K. Dick) e não ter certeza de nada, apenas teorias bem elaboradas…
O filme é um ícone para mim. Se eu tivesse que escolher uma ficção científica eu estaria realmente encrencado, porque seria muito difícil. Blade Runner e The Matrix estariam no topo da lista, acredito eu, por como me fizeram pensar e questionar. E qualquer filme de ficção científica eu acabo de uma maneira ou de outra comparando a Blade Runner, esperando que ele seja mais parecido com ele, que tenha esses questionamentos deliciosos, e que proporcione essa sensação gostosa. Para mim, a perfeição em distopia.
E Black Tiger (Jefferson perdeu a coerência total) é um jogo de plataforma criado em 1987 e curiosamente era conhecido como Black Dragon no Japão, onde foi criado. Vai entender? Infelizmente eu não tenho tanto assim para comentar a respeito dele, afinal nunca o joguei na vida, não que eu me lembre, mas vendo fotos do jogo, rapidamente podemos fazer associações à nossa infância. O jogo de plataforma segue os mesmos padrões e mesmos estilos de jogos como Super Mario ou Sonic, então de certa maneira também está conectado à minha infância.
E esses são os dois principais elementos que se ligam no Segundo Portão da Caçada de Halliday, em Jogador Número 1. Não vou entrar em detalhes a respeito de toda a caçada ou todo o livro novamente, porque já fiz isso exaustivamente no blog, mas preciso comentar sobre esses dois elementos. A localização do Segundo Portão foi mantido em segredo durante bastante tempo, enquanto o Desembeste fazendo o teste não parecia fazer sentido nenhum. Não foi um Flicksyncs como o de Jogos de Guerra no Primeiro Portão, mas foi algo tão grandioso quanto – porque Ernest Cline homenageou Blade Runner de maneira espetacular ligando o papel que envolvia a Chave de Jade ao origami de unicórnio icônico do filme; também relacionou o “teste” ao Voight-Kampff e recriou com perfeição um dos prédios onde Deckard trabalha…
E ao passar pelo portão, pudemos ver uma versão em 3D de Black Tiger e eu só posso ficar imaginando em minha cabeça como é estar no lugar de Parzival. Porque acreditem se quiser, eu sempre tive vontade de jogar Super Mario em uma versão de imersão, mas exatamente como eu jogava no meu Super Nintendo… ou seja, aquelas mesmas fases, mas tendo que correr, que pular sobre as tartarugas, montando o Yoshi, batendo nas caixas com “?” para descobrir o que tinha lá dentro… eu literalmente SONHEI com isso várias vezes na minha vida!
Com um jogo diferente, mas no mesmo estilo, podemos dizer que Ernest Cline permitiu que Parzival realizasse meu sonho. Quem sabe um dia eu poderei ver isso em filme e então parte do meu sonho estará completa. Mas ainda tomarei o lugar do Mario em uma das fases, pelo menos uma vez, para poder jogar sendo ele, em 3D imersivo, e não apenas sentado aqui no meu quarto com o controle na mão… por enquanto eu vou treinando, não é? Melhor do que nada! Até mais…

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