“A Família Addams, o Musical” no Rio!

Me diverti como nunca. O único musical que eu tinha assistido mais de uma vez ao vivo era “Hair”, e costumo dizer que é maravilhoso você ver mais de uma vez e perceber o quanto as interpretações são diferentes. Mesmo com os mesmos atores. Vi “A Família Addams, o Musical” pela primeira vez em São Paulo, em Abril – e agora novamente no Rio de Janeiro, nesse mês. E me pareceu outra coisa totalmente nova, uma experiência fantástica! Me diverti como se nunca tivesse visto (embora eu tenha cantado a maioria das músicas! kk), aplaudi, fiquei nervoso…

Nossa, como eu fiquei nervoso! Quando aquele tema clássico da Família Addams começa é sempre espetacular. E o entusiasmo da plateia com as duas palminhas que acompanham o tema é épico! Simplesmente perfeito! E o que dizer então de ouvir aquela orquestração inicial do prelúdio? Impecável! Aquilo já me deixou num ânimo tão grande, como eu não imaginei que ocorreria. A peça, como eu já comentei no outro post em Abril, é espetacular e maravilhosa, mas parece que dessa vez eu achei ainda MELHOR!

Nunca poderei reclamar de animação e diversão em Família Addams. Porque você ri o tempo todo! É uma piada boa atrás da outra, e como isso tudo é bem pensado é chocante. Porque são tiradas exclusivamente nossas (várias delas não existiam na versão original da Broadway) e são tão perfeitas que me fazem rir ainda agora. Vide a maravilhosa entrada do Tio Fester ao som de Oppa Addams Style… eu ri demais demais demais naquele momento! Em abril era “Para noooooooossa alegria!”, mas Addams Style ficou incrivelmente mais divertido. Ainda mais com aquela dançinha da qual a Vovó e o Feioso também participaram! Simplesmente perfeito.

Sabe o que eu notei? O blog está me deixando mais sociável! kk Talvez. Mas antigamente nunca que eu conversaria num teatro ou lugares assim. Porque eu viajo sozinho (geralmente) para ver essas produções, mas parece que eu tenho a necessidade de conversar com alguém! Hehe. E me soltei a falar e falar loucamente com algumas pessoas do Mato Grosso do Sul, na bilheteria logo atrás de mim (foram eles que tiraram as minhas fotos para mim) e depois com uma família do Rio de Janeiro mesmo, extremamente simpáticos e divertidos. Pude compartilhar minhas emoções já no momento, e vocês sabem como eu não consigo segurar essas coisas. E depois uma terceira família, na saída do teatro!

Quem diria?

Com a mesma história maravilhosa, o musical ainda me pareceu surpreendente. Porque tinha cenas inteiras das quais não me lembrava, e vários e vários momentos que foram incorporados mais tarde. Como o já mencionado Addams Style e é claro que eu lembraria de uma fala tão célebre quanto “Seu projetozinho de Harry Potter”, então isso não existia antes! AMEI! As mais clássicas piadas permanecem, o surpreendente e vindo do nada “Relaxa, Lucas. Aguenta o tranco! Papai e mamãe também trepam!”, que arranca risadas sem tamanho! Eu achei realmente melhor. Mais ágil, mais divertido, com um timing bem mais calculado. E dava para sentir a sintonia em que o elenco estava.

Brilhante!

Eu me arriscaria a dizer que temos uma versão melhor do que a original dos Estados Unidos. Me desculpem se vocês discordam, mas produções tão impecáveis brasileiras merecem ser valorizadas. E Família Addams é uma obra-prima de nosso país. Com todas as características do original, sem se desviar da história, personagens ou músicas, o elenco brasileiro consegue ainda dar um ar de “foi feito no Brasil” sem nunca descaracterizar ninguém. E fomos o primeiro país a fazer uma adaptação off-Broadway do musical, e estamos de parabéns. Há muito tempo em cartaz, temos certamente uma obra-prima que entrará para a história do país!

Eu amo o cenário, eu amo o figurino. Gente, o cenário precisa ser comentado nesse post. Mesmo já conhecendo, meus olhos brilharam quando as cortinas se levantaram e vemos aquele cenário. É de tirar o fôlego! E todos são muito detalhados, perfeitos. Mas no segundo ato, quando vemos um deprimido Gomez, temos talvez o cenário mais bonito de todo o musical (mesmo lugar onde acontecem Feliz Triste e Mais Louco que Você). São meus dois cenários preferidos. Eu preciso dizer o quanto o cenário parece real – é muito muito repleto de detalhes, e vivacidade, e parecem fotografias. Fotografias épicas!

E os figurinos são ótimos! Porque não poderíamos olhar para Marisa Orth e simplesmente ver Morticia. Ou para Rogério Guedes e ver o Tropeço. Mas que caracterização é aquela? Figurino e maquiagem de parabéns! Porque olhamos para cada um daqueles atores e enxergamos mesmo os membros da Família Addams! O Tropeço é um máximo, a Wandinha é linda, a Vovó é engraçadíssima e o Tio Fester é exatamente como nos filmes e desenhos. Perfeito! E mesmo personagens não existentes fora do musical, como é o caso de Lucas Beineke, ele apresenta um figurino tão lindo… mais uma vez eu vou ter que dizer o quanto eu admiro o figurino de Lucas! Na versão que temos no Brasil (a mesma da Tour, não da Broadway), que tem todas aquelas camadas da camiseta vermelha, a camisa branca, a gravata, o moletom e a jaqueta! Eu acho aquilo tudo tão lindo que eu juro que eu queria ter as mesmas roupas e sair nas ruas vestido de Lucas Beineke.

E o Beto Sargentelli é o Beto Sargentelli!

Gente, lá vou eu novamente. Estou terminando esse texto porque já não está a coisa mais curta do mundo, mas eu voltarei para mais, porque eu ainda tenho muita coisa para escrever, estou com o musical na cabeça, e tenho pelo menos mais dois textos prontos aqui dentro. Volto para elogiar os atores, um a um e para falar dessas músicas tão espetaculares, e tão bem traduzidas. A Família Addams no Brasil está de parabéns, e é um dos melhores musicais que eu pude ver ao vivo! E eu ainda estou louco cantando Mais Louco que Você aqui… acho que eu devia parar.

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