A trilogia Jogos Vorazes


Vamos conhecer um pouco da trilogia. Jogos Vorazes foi lançado pela primeira vez em 2008, escrito por Suzanne Collins. O livro trouxe uma narrativa inovadora, interessante e que prendeu muitos leitores… aprovado pela crítica em geral, logo foi publicado em vários países e lido por milhões de pessoas. Com a divulgação da adaptação para o cinema, ficou mais conhecida, com muita gente lendo por isso.
Eu li no começo desse ano. Pelo menos posso dizer que eu consegui ler antes de ver o filme. Os três livros, e vou poder ter minha opinião. E minha visão de Jogos Vorazes já está formada e não vai ser influenciada pelo filme… vou falar disso mais tarde, mas é como Peeta… Josh não é o Peeta que eu vejo na minha cabeça quando ouço esse nome e penso nesse personagem, mas whatever.
A narrativa de Collins é surpreendente. A trilogia como um todo traz uma história intensa e muito bem contada, com elementos que te deixam surpreso, diálogos bem escritos, situações bastante reais e chocantes, outras exageradas, mas perfeitas para uma metáfora brilhante. Collins não tem medo na hora de escrever, e de contar sua história. Parece que ela escreve para si mesmo, o que ela quer contar e não o que o leitor quer ler. E isso faz com que nós nos apaixonemos cada vez mais pelos livros ao lê-los.
A história pode ser divertida, romântica e bela em alguns momentos. E cruel, chocante e difícil em outros. A narrativa é bem balanceada, e essas jogadas de Collins intercalando a “felicidade” e o sofrimento são geniais – torna o livro parecido com a vida real, aproxima o leitor. O livro adquire um tom quase verídico, essencial para o cunho revolucionário que ela propõe. A trilogia toda é um grito por ajuda, por liberdade – é um convite para que as pessoas abram os olhos. Com personagens fantásticos em uma história verossímil, Collins passa sua mensagem falando sobre a pobreza, fome, crueldade, opressão, guerra. E tudo é tão preciso que não tem como não entrar nesse clima.
Se passando em um futuro próximo em que os Estados Unidos não existem mais, o cenário estabelecido em Jogos Vorazes é um país pobre, dividido em 12 distritos, controlado opressivamente pela rica Capital. Todo ano, dois tributos de cada distrito (um menino e uma menina na idade entre 12 e 18 anos) são oferecidos para lutarem em uma arena uns contra os outros até que apenas um sobreviva, nos Jogos Vorazes. Quando Katniss se oferece como voluntária para salvar Prim, sua irmã de apenas 12 anos, Panem (o país) vê uma esperança começando a se formar…
A trilogia traz uma discussão bem legal. O primeiro livro é uma grande introdução. É genial, mas nos serve mais para apresentar o local e os personagens. Onde estamos? Quem somos? Pelo o que passamos? Quando a esperança começa a crescer e o tordo adquire o significado todo de revolução, já entramos no segundo e terceiro livro. A narrativa se desenvolve com firmeza – conta a história, choca e emociona. Uma história de se tirar o chapéu. Uma ficção como há muito não se via… além de todos os elementos fantásticos de toda literatura infanto-juvenil, tem um quê revolucionário que nos incentiva a pensar e agir. A trilogia toda é recomendada (e não se engane, tendo lido o primeiro, será impossível parar). Para quem ainda não conhece, agora é o momento! Simplesmente brilhante! Até mais…

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