Capitão América: Guerra Civil (2016)


Um belíssimo início para a Fase 3. Queremos mais Homem-Aranha \o/
O tempo passa muito depressa enquanto você assiste Guerra Civil. E as coisas acontecendo rápido demais, ou a quantidade imensa de informações, e você está sempre tentando acompanhar ou então apreensivo porque você sabe que a qualquer momento vai acontecer cenas que você está extremamente ansioso para ver, como a primeira aparição de Tom Holland como o Homem-Aranha, ou a ótima participação rápida de Paul Rudd reprisando seu papel de Homem-Formiga. O filme estava repleto de expectativa e, felizmente, a experiência é mesma fantástica. Chris Evans, como um ótimo Capitão América, ajuda a guiar o filme de forma exemplar, e você se impressiona com a seriedade do roteiro, com o teor político presente, e mesmo assim com os momentos de diversão Marvel ao qual estamos acostumados. É, certamente, um dos melhores filmes que a Marvel já fez, e mantém o clima mais sério que os filmes do Capitão América costumam apresentar – é uma excelente introdução da Fase 3 da Marvel, que se inicia agora e deve terminar dentro de alguns anos com a Guerra Infinita.
Há muita coisa acontecendo em Capitão América: Guerra Civil. Muita coisa. Então nós começamos o filme acompanhando aquela formação dos Vingadores que o Capitão América reuniu no fim da Era de Ultron, e nós temos excelentes cenas de ação bem filmadas em Lagos, que nos mostram o imenso poder de Wanda, por exemplo. Mas depois o filme se expande. Há muitas histórias acontecendo em muitos lugares ao mesmo tempo, em um quadro imenso de personagens. Ainda não são os 70 mil personagens dos quadrinhos, mas ainda assim parece muita gente. O filme se alterna entre lugares como Berlim e Queens, e vai construindo uma história densa e complexa. Começam a nos exigir uma atenção redobrada para que possamos de fato acompanhar um filme da Marvel atualmente, com o Universo Cinematográfico tão amplo e interconectado. Alguns dos personagens já conhecemos, só precisamos revisitá-los, outros estão sendo apresentados agora para a posterioridade, enquanto outros ainda são apenas essenciais para a história que está sendo contada nesse filme em específico. Mas há muitas sub-tramas escondidas no meio da abundância de personagens e de lugares que aparecem no filme.
Depois que a última missão dos Vingadores, em Lagos, causa mais uma catástrofe e muita destruição, entram em vigor os Acordos da Sokovia. Eles querem limitar os heróis, fazê-los se registrar e, pior de tudo, controlar todos seus passos. O Homem de Ferro parece rapidamente disposto a simplesmente trabalhar com o governo e seu ego vê uma oportunidade de assumir uma posição de liderança e mandar, de vez, nos “amigos”, como sempre quis ou achou que fizesse. Por outro lado, o Capitão América percebe a maneira como esse acordo supostamente para defender os civis é uma espécie de manipulação que fere os seus direitos de liberdade, além de poder, futuramente, privá-los de fazer algo que de fato precisem fazer para salvar vidas. Ser fantoches do governo não parece adequado para o Capitão América. É assim que, perante a lei, ele se torna um criminoso. E é claro que o Homem de Ferro está adorando isso tudo. O filme vai girar, a partir de então, em torno do Homem de Ferro caçando o Capitão América, com o único objetivo de fazê-lo assinar os Acordos, enquanto o Capitão América se preocupa com algo maior, que são as pessoas controlando a mente de Bucky e os demais Soldados Invernais que ninguém sabe onde estão.
Por isso os nervos de adrenalina estão a mil!
Em meio a toda a luta por poder e ego, há também muita diversão quando ambos Homem de Ferro como Capitão América tentam recrutar pessoas para o seu time. O Homem de Ferro já tem a Viúva Negra, o Visão e o Pantera Negra, por exemplo. Capitão América já tem o Falcão, a Feiticeira Escarlate… mas o recrutamento é uma das melhores partes. O Homem de Ferro vai atrás de quem? DO HOMEM-ARANHA! É a primeira vez que vemos o Peter Parker de Tom Holland, e eu adorei! Desde o começo… o garoto ficou fofo no papel, e ele tem alguma coisa de Peter Parker que eu gostei bastante, como aqueles momentos “I can’t go to Germany. I have homework!” Ele é um estudante jovem, que tem seus poderes de Homem-Aranha há 6 meses. Nós já percebemos que o ator tem tudo para ser um verdadeiro sucesso no seu papel desde o começo e a interação com Tony Stark, escondendo o uniforme, por exemplo, explicando o mecanismo de soltar teia e prendendo Stark na porta do quarto… ótimo! Mas achei a Tia May jovem DEMAIS, mesmo que o Peter também seja um Peter bem jovem. No lado do Capitão América, ele recruta o divertido e competente Homem-Formiga de Paul Rudd…
Então nós temos a cena do aeroporto, que é MUITO MELHOR DO QUE EU ESTAVA ESPERANDO. E por todo mundo! Foi o momento mais leve e divertido do filme, com diálogos muito engraçados, e uma luta verdadeiramente envolvente. Mas a crítica nesse momento está na maneira como eles perderam completamente o foco, e enquanto lutam uns contra os outros, os planos dos demais vão se desenrolando sem impedimento. Mas que luta divertida! Todos estavam ótimos. O Capitão América e o Homem de Ferro fazem tudo com mais seriedade. O Gavião Arqueiro contra a Viúva Negra estava ótimo. A Feiticeira Escarlate é sensacional! O Homem-Formiga atirado de uma flecha para dentro da armadura do Homem de Ferro foi ótimo. E as falas todas do Homem-Aranha, claro! Tipo ele pegando o escudo do Capitão América e depois o cumprimentando, dizendo que é seu fã… ou ele surpreso com o braço de ferro de Bucky, tão entusiasmado com tudo que ficava repetindo coisas como “Awesome!” da forma mais fofa e divertida possível! No fim, tivemos um Homem-Formiga gigante e uma boa participação do Homem-Aranha ajudando a derrubá-lo, sendo vitorioso e depois caindo daquele jeito.
Já estou adorando ter o Homem-Aranha na Marvel.
Muito ansioso por seu filme solo! \o/
O filme me pareceu, no entanto, um pouco menos intenso do que eu esperava. Havia, e talvez incitado pelos leitores dos quadrinhos, toda uma rivalidade entre Homem de Ferro e Capitão América, que não é tão forte no filme quanto se fez acreditar. De fato, nas histórias em quadrinho (e no livro), a rivalidade entre os dois é latente, e parece que eles realmente se detestam mais que tudo, defendendo suas opiniões com unhas e dentes. Há uma intensidade, uma separação clara. Enquanto o filme é muito mais maleável nesse sentido, e eu vejo a possibilidade de uma reunião da equipe a qualquer momento, como deve acontecer. É um pouco mais sutil, inclusive nas motivações, já que o Capitão América está defendendo o Bucky, seu amigo desde sempre, enquanto o Homem de Ferro está se sentindo culpado por causa do que aquela mulher disse no começo do filme, na porta do elevador, e depois está com raiva porque Bucky matou seus pais. O que pode ser entendido. Mesmo assim, nós temos alguma rivalidade presente entre eles, e aquele final provava isso, com uma luta intensa entre os dois, que o Capitão América vence de forma lindíssima, e quando as pessoas prenderam a respiração achando que ele mataria o Stark, eu só pensava: o Capitão América nunca seria capaz disso.
O Homem de Ferro seria.
E então ele deixa o escudo para trás, o que é altamente simbólico!
Toda a finalização do filme é fantástica, verdadeiramente fantástica. A astúcia do plano do vilão do filme é admirável, com uma proposta inteligente: querendo vingar-se pela morte da família em Sokovia, ele sabia que ele não era capaz de destruir os Vingadores, então ele precisava que eles se destruíssem entre eles. E foi o que ele conseguiu! A ruptura podia ser séria demais para ser consertada, embora eu não ache que seja o caso. Eu passei a gostar MUITO mais do Pantera Negra na finalização do filme, quando ele demonstra toda aquela humanidade, refletindo sobre como continuar sempre vingando não vai levar ninguém a lugar algum. E o Capitão América, para terminar mesmo, ainda mandou uma carta para Tony Stark, uma ótima carta, falando sobre como ele esperava que eles tivessem concordado em relação aos Acordos, mas que, de qualquer maneira, ele sempre estará ali caso ele precise. E então não tem mais ninguém preso para terminar o filme. Nem Bucky, nem o Homem-Formiga, nem o Falcão. E Chris Evans vem, lindo que só, para a câmera com um sorrisinho extremamente atraente quando diz que ele sempre estará ali.
Ah, esqueci de comentar: o que foi aquela cena dele segurando o helicóptero para o Bucky não fugir? Quer dizer, foi só uma desculpinha para mostrar os brações do Chris Evans, mas quem se importa?! QUE CENA!

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P.S.: Cena pós-créditos 1 – uma pena que o Bucky tenha decidido se congelar novamente, mas até que faz todo o sentido, e é uma atitude sensata se ele não sabe quando pode ser controlado pela HYDRA e as coisas que pode fazer sob seu controle. Foi humano e foi bonito. Mas o Bucky é uma figura importante das histórias do Capitão América, e estamos bastante acostumados a sempre tê-lo por perto… de todo modo, tchau Bucky!

P.P.S.: Cena pós-créditos 2 – QUE MARAVILHA VER O HOMEM-ARANHA NOVAMENTE. Temos o Peter Parker de Tom Holland em casa, depois da luta, com dor de cabeça e tudo o mais, dizendo para a Tia May que o outro cara era imenso. E não era mesmo? Ele estava fofíssimo no papel, e foi bom vê-lo uma última vez, ver o seu símbolo no teto, e nós estávamos tão encantados com isso tudo quanto ele, certamente. Esperando pelo seu retorno. O filme fez questão de afirmar: Spider-Man will return. QUE BOM! \o/ Esperando 2017 para vermos mais de Peter Parker e Homem-Aranha!

Comentários

  1. A única coisa que senti falta foi de um Zemo como líder da Hydra, quer dizer, a Hydra tá toda desmantelada, praticamente inexistente até em MAOS seria bom uma nova cabeça surgir pra justificar o corte uma cabeça e duas crescem no lugar.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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